«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Este assunto choca: SUICÍDIO!

“E FORAM DEIXADOS PARA TRÁS
Uma reflexão sobre o fenômeno do suicídio”

Guilherme Loureiro

Filho de um suicida, Padre Licio aborda o assunto a partir de sua experiência pessoal e pastoral, somada a uma cuidadosa pesquisa e depoimentos que fazem do livro
um instrumento de apoio para a compreensão desse tema pouco falado e que,
por essa razão, tornou-se um verdadeiro tabu.

“A ideia de escrever estas páginas nasceu exatamente do desejo de contribuir para lançar luzes sobre o problema do suicídio, colaborar para que se fale mais a respeito da questão, aumentar a conscientização, partilhar como filho a experiência vivida pela minha família, cooperar com a superação do tabu em relação ao tema, defender a vida e divulgar a prevenção”, diz o autor na apresentação.

Logo no primeiro capítulo, ele apresenta números alarmantes que estão escondidos por trás do silêncio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo.

Dados da ONU, de 2012, mais de 800 mil pessoas, no mundo, morrem por suicídio todos os anos, sendo ele a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Diante desses números assustadores é que foi instituído desde esse ano o “Setembro Amarelo”, com o intuito de falar sobre o assunto para a prevenção do suicídio. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior ao das vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer.

O prefácio traz a assinatura de uma das maiores autoridades brasileiras sobre o assunto, o psiquiatra Neury José Botega, professor titular da Universidade Estadual de Campinas, fundador da Associação Brasileira de Estudos de Prevenção do Suicídio (ABEPS) e assessor científico do Centro de Valorização da Vida (CVV). “A dor causada por um suicídio é silenciada na vida das pessoas e ocultada na história das famílias. Então, sobre o que não se conversa, podemos ter a impressão de que não aconteceu e não acontece”, diz o doutor Botega, e acrescenta “O processo do luto por um suicídio é bem mais difícil, justamente pelos sentimentos e pelo constrangimento que esse tipo de morte desperta.”

Prevenção do suicídio não quer dizer evitar todos os suicídios, e sim evitar uma boa parcela dessas mortes. Para isso doutor Botega sugere que memorizemos o acrônimo ROC:
* Risco, primeiro passo é a suspeita de que uma pessoa venha a se matar;
* Ouvir, segundo passo é ouvir com atenção e respeito, sem julgar e por fim,
* Conduzir, o potencial suicida até um profissional de saúde mental, ou seja não ficar de braços cruzados, paralisado.

Padre Licio aborda com clareza a dor dos que ficam, dos que foram deixados para trás; a visão de diversas religiões sobre o assunto – catolicismo, protestantismo, protestantismo pentecostal, neopentecostal, judaísmo, islamismo, budismo, espiritismo, umbandismo e candomblé. Também discorre sobre um assunto que dificilmente nos é apresentado, o suicídio de líderes religiosos. Fala da retomada da vida depois do luto e dedica um capítulo inteiro para indicar onde é possível procurar ajuda.

Enfim, o objetivo da obra é trazer informações técnicas importantes sobre o tema, dados atuais e, como padre, o autor não poderia deixar de lado a sua fé. Abordar o assunto é extremamente importante para que as perguntas não sejam empecilhos, ao contrário, tornem-se caminhos para a compreensão desse tema e, quem sabe, salvação para aqueles que, no momento de desespero, veem o suicídio como única alternativa e não conseguem encontrar espaço para falar sobre isso sem serem tachados de loucos. Nessa hora, a INFORMAÇÃO, a ESCUTA qualificada e a AUSÊNCIA DE JULGAMENTOS podem salvar vidas.
Pe. Licio de Araujo Vale - autor do livro

Sobre o autor:

Padre Licio de Araujo Vale é bacharel em Filosofia pela PUC-SP e em Teologia pela Faculdade de Teologia Nossa Senhora de Assunção. É padre diocesano desde 1983, incardinado na Diocese de São Miguel Paulista – SP. Foi secretário executivo da Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) de 1996 a 2003. Atualmente é pároco da Paróquia Sagrada Família, na Diocese de São Miguel Paulista, São Paulo, SP.

O Livro

Título: E FORAM DEIXADOS PARA TRÁS
Subtítulo: Uma reflexão sobre o fenômeno do suicídio
Autor: Padre Licio de Araujo Vale
Prefácio: Dr. Neury José Botega (Unicamp)
Editora: Edições Loyola
Páginas / Preço: 136 / R$ 29,90
Público alvo: público em geral, religiosos, profissionais que atuam nas áreas de psicologia, saúde mental, serviço social entre outros

Fonte: Guilherme Loureiro – G. L. Assessoria de Imprensa - Imprensa / Editorial / Agente Literário – São Paulo (SP) – e-mail: guilhermeloureiro.imprensa@gmail.com.

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