MANIFESTE-SE CONTRA A REFORMA!!!
Por que sou contra a reforma da Previdência?
Eric Gil
Economista
formado pela Universidade Federal da Paraíba, mestre e doutorando em
Ciência
Política pela Universidade Federal do Paraná
O governo Temer, a imprensa e boa
parte do empresariado
ligado ao setor financeiro,
sobretudo, estão
m e n t i n d o
descaradamente ao povo brasileiro!!!
Saiba o porquê
Em
qualquer grande jornal que você for ler ou assistir, hoje, verá o discurso
estampado: a reforma da Previdência é
urgente, se não o fizer o país quebrará. Este tem sido também o discurso do
governo Temer, e em certa medida também do governo Dilma anteriormente (este
com um pouco mais de resistência).
No
entanto, apesar de tanto alarmismo, o
governo e os grandes jornais se utilizam de um discurso falso para justificar a
reforma da Previdência, o de que existe um déficit nas contas deste órgão,
o famoso “Rombo da Previdência”. Mas
por que isto é mentira?
Quando
falamos sobre Previdência Social temos que contextualizá-la em um sistema
maior, a qual está inclusa, a da Seguridade
Social. A Constituição Federal define em seu artigo 194 que “a Seguridade
Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social”, e é formada pela Previdência Social, Saúde
Pública e Assistência Social.
Para assegurar o
funcionamento desta área, algumas receitas públicas são vinculadas diretamente
à Seguridade.
Este não é o caso apenas da arrecadação previdenciária, entre patrões e empregados, mas também pelo Estado
(a partir de mais fontes de receita), formando um sistema tripartite.
De
onde vem o dinheiro para a Seguridade Social que inclui a Previdência?
1º)
Além das arrecadações diretamente
previdenciárias (tanto urbana quanto rural) também constam como fonte de
receita
2º)
a Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS),
3º)
a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL),
4º)
o Programa de Integração Social
(PIS) e
5º)
o Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PASEP) e
6º)
receitas provenientes dos concursos
prognósticos (que são sorteios do tipo loteria),
7º)
além de recursos das próprias entidades.
Como
podemos ver no gráfico acima, o sistema da
Seguridade Social manteve-se no azul em todo o período exibido de 2008 a 2014
(dois trabalhos famosos por fazerem o recálculo das contas da Seguridade Social
são a tese da professora do Instituto de Economia da UFRJ, Denise Gentil, e as publicações anuais da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil
– a qual optamos por reproduzir aqui por ter números mais atualizados, até
2014), variando entre superávits de R$ 32,89 bilhões em 2009 e R$ 82,7 bilhões
em 2012.
O cálculo correto (utilizando todas as
fontes de receita constitucionalmente definidas para financiar Previdência,
Saúde e Assistência Social) desautoriza
os ideólogos da reforma previdenciária a dizer que existe o “rombo da
Previdência”. Na verdade, o sistema que está inserido o órgão responsável
pelo pagamento das aposentadorias, pensões, auxílios e outros benefícios recebe
mais do que gasta, ou seja, a Seguridade
Social goza sim de superávit ao menos até 2014, último cálculo feito pela ANFIP.
Mas por que a mídia e o governo insistem em dizer
que existe um rombo?
Eles desconsideram que
existem contribuições sociais que servem justamente para o financiamento disto,
e contam apenas com as receitas provenientes do pagamento por parte do
trabalhador e do empregador.
No
entanto, quando uma receita se torna vinculada, ela necessariamente deve ser
gasta na área. Por exemplo, o dinheiro que se arrecada com a CSLL deve ir
necessariamente para gastos da Seguridade, e não para financiar pagamento com
juros da dívida pública. O objetivo
desta mistificação é ludibriar a população para acreditarem que a Previdência
deve ser “reformada” e mesmo substituída pelos fundos privados, indo
inclusive contra a Constituição que prevê a existência de uma contabilidade
exclusiva para a Seguridade Social, que mostraria não haver déficit algum –
para enganar os trabalhadores e
convencê-los que suas aposentadorias são o problema vale até ser contrário ao
que está na lei.
Junto
à isto a Desvinculação das Receitas da
União (DRU), que esteve em vigor de
1994 até dezembro de 2015 e voltou há poucos meses, permite desvincular 30% (até
ano passado o valor era de 20%) destas
receitas para gastar com o que quiserem. Isto é o que possibilita o Governo pegar dinheiro que necessariamente financiaria a
Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde Pública e jogar na conta de
pagamento de juros da dívida. Logo, além de superavitária, ainda tem seu
dinheiro desviado para jorrar nas gordas contas dos banqueiros. [São os bancos e o sistema financeiro os maiores interessados
na reforma da Previdência!!! Eles financiam a grande imprensa que vive falando
a favor dessa reforma e fazendo terrorismo e alarmismo caso ela não aconteça!]
Por
fim, o Governo Federal ignora que aumentou
em 136% as desonerações da Previdência Social, principalmente a partir do Plano
Brasil Maior, que permitiu o não pagamento da contribuição previdenciária
patronal para diversos setores. Como
esperar que o Governo Federal abra mão de mais de 44 bilhões de reais (a
diferença das desonerações dadas antes do início da implementação da política
de desonerações da Dilma, em 2010, até o seu ápice, em 2015 – o que pode ser
visualizado no gráfico) e não ter efeito
algum no dinheiro destinado à aposentadoria dos trabalhadores?
Além
de tudo isto, a Previdência Social
brasileira é uma forte política de DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, tanto na cidade
quanto no campo. Caso consigam o desmonte desta conquista da população,
viveremos um grande retrocesso social, com uma maior concentração de renda e
empobrecimento ainda maior dos que mais precisam. Por isto que eu digo, sim, é
urgente o combate à esta reforma previdenciária.
Fonte: Pragmatismo Político – Economia – 23/09/2016 – 09h40 (Horário de Brasília – DF) –
Internet: clique aqui.
10 motivos para lutar contra Reforma
da Previdência (PEC 287/2016)
Sindjus-DF com
edição do Sinjufego
1- A idade mínima de aposentadoria passará para
65 anos de idade, para homens e 60 anos para as mulheres.
2- O prazo mínimo de contribuição para a
Previdência Social será elevado de 15 anos para 25 anos.
3- O tempo de contribuição para aposentadoria integral, que corresponde
a 100% do benefício de direito de cada trabalhador (atualmente esse teto é de R$
5.531,31), será de 49 anos. [Quem conseguirá receber esse teto máximo???]
4- Com a nova regra, o tempo para ter direito à
aposentaria integral aumentará em quase 20 anos.
5- Para se aposentar integralmente na idade
mínima de 65 anos, o trabalhador terá que ter começado a trabalhar, formalmente
[com carteira assinada e tudo], aos 16 anos. [Isso
mesmo!!!]
6- Já aqueles que, devido às altas taxas de
desemprego, ficaram longos períodos sem trabalho formal, só poderão receber a
aposentadoria integral se trabalharem até os 80 anos de idade ou mais. [É justo, não é
mesmo???!!!]
7- A proposta prevê um mecanismo automático de
ajuste da idade mínima. Esse gatilho depende da evolução demográfica. Assim, a
cada vez que os dados do IBGE mostrarem aumento de um ano na expectativa de
sobrevida do brasileiro a partir dos 65 anos, a idade mínima de aposentadoria
subirá um ano.
8- A regra também valerá para o trabalhador
rural, que normalmente tem jornadas mais extenuantes e pesadas que o
trabalhador urbano. [Por enquanto, o Governo Federal
está deixando de fora o trabalhador rural, mas isso é uma tática para facilitar
a aprovação de, ao menos, a parte central da reforma!]
9- A nova regra, ao igualar o tempo de
aposentadoria para homens e mulheres, desconsidera a realidade das
trabalhadoras brasileiras, que geralmente assumem as tarefas de casa logo cedo,
ainda na adolescência, e acumulam duplas ou triplas jornadas de trabalho. [O Governo parece ter voltado atrás nessa proposta. Mas não é
impossível que ela seja reapresentada mais adiante. O “monstro” da reforma está
sendo fatiado para ser menos indigesto ao Congresso!!!]
10- Nas pensões por morte, o valor pago à viúva
ou ao viúvo passará a ser de 50% do valor do benefício recebido pelo
contribuinte que morreu, com um adicional de 10% para cada dependente do casal.
As pensões também não serão mais vinculadas ao salário mínimo.
Fonte: Jusbrasil – Sexta-feira, 27 de janeiro de 2017 – 08h36 (Horário de Brasília –
DF) – Internet: clique aqui.
Você sabia que...
Mário
Gaudêncio
1) ... com a reforma
da previdência a aposentadoria rural, muitas vezes a única fonte de renda do
homem do campo estará comprometida?
2) ... com a reforma
da previdência as pensões serão fragilizadas?
3) ... com a reforma
da previdência você terá profundas dificuldades para se aposentar?
4) ... com a reforma
da previdência você irá trabalhar mais para manter as grandes corporações?
5) ... só haverá
reforma da previdência porque grande parte as empresas dão calote no governo
federal não depositando o INSS? [E, pasmem vocês, o
governo não recupera nem 1% dessa dívida!!! Tudo fica de graça, mesmo!!!]
6) ... só haverá
reforma da previdência no setor público para os grupos de menor rendimento ou
de inferior poder de influência?
7) ... a reforma da
previdência deixará de fora os políticos, os juízes e os militares? [Pelo menos até o presente momento]
8) ... a reforma da
previdência irá criar uma bolha econômica e provocará um desastre na renda do
trabalhador?
9) ... com a reforma
da previdência as aposentadorias por invalidez serão limitadas e direcionadas a
um pequeno grupo de pessoas?
10) ... com a reforma
da previdência haverá um aprofundamento
das desigualdades sociais em virtude dos beneficiários serem limitados?
11) ... com a reforma
da previdência a juventude que ascendeu à população econômica ativa [está
trabalhando], além do adulto que se encontra no mercado, terão dificuldades de
se aposentar por terem os seus regidos por contratos temporários?
12) ... com a reforma
da previdência irá ocorrer uma limitação de recursos no mercado local?
13) ... com a reforma
da previdência serão ampliadas as barreiras para reprovar pessoas em exames
periciais que sofreram acidentes de trabalho?
14) ... a reforma da previdência é o aprofundamento
da retirada de direitos fundamentais como o direito à educação, saúde, bem
estar social, emprego, ou seja, é aquela que negará as cláusulas pétreas em
favor da sociedade, especialmente daquela mais injustiçada?
15) ... a reforma da
previdência negará ao trabalhador o direito de recompensa ao trabalho prestado
à nação por toda sua vida, desconhecendo que os grandes e verdadeiros heróis da
nação são os trabalhadores, sejam eles do campo, da cidade, da periferia, das
comunidades quilombolas, das aldeias indígenas, dos caiçaras, etc.?
Escreva ao seu Deputado Federal,
manifestando-se contra
a reforma da Previdência
Não há pessoa neste país que possa dormir sossegada com
aquilo que
está exposto e explicado acima!!!
Todos seremos afetados direta ou indiretamente!!!
Por isso mesmo, convido você
a enviar, agora mesmo, e-mails aos DEPUTADOS FEDERAIS da sua região, de seu
Estado e de seu país.
Para facilitar um pouco as
coisas para você e tornar essa atitude mais rápida, pois o GOVERNO FEDERAL está
querendo aprovar essas medidas nestas próximas duas semanas, explico abaixo como encontrar o endereço de e-mail dos
Deputados Federais:
1. Clique aqui;
2. onde estiver escrito
“Deputado” e, abaixo, “Selecione”, clique sobre a setinha e
selecione o nome do Deputado Federal que você conhece, votou ou para o qual
deseja escrever;
3. depois clique sobre “Buscar”;
4. aparecerá os dados
sobre aquele deputado, bem como, a indicação de seu e-mail.
5. É só clicar sobre o endereço de e-mail que
se abrirá automaticamente o seu navegador para escrever a sua mensagem.
6. Pode escrever para
quantos Deputados Federais você desejar!
Eis
um modelo de mensagem (e-mail) a ser
enviado aos Deputados Federais:
Assunto: VOTE CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Exmo. Sr. Deputado Federal (Nome do deputado) OU
Exma. Sra. Deputada Federal (Nome da deputada)
Exma. Sra. Deputada Federal (Nome da deputada)
Venho por meio desta,
manifestar a V. Exa. meu repúdio à Reforma da Previdência Social proposta pelo
Governo do Presidente Michel Temer.
Se V. Exa. representa, de
fato, o povo brasileiro, VOTARÁ CONTRA essa reforma.
Eu, minha família e amigos
estaremos acompanhando a atuação de V. Exa. nesse delicado e importante momento
da história de nosso país.
Atenciosamente,
(Seu nome
completo, cidade e Estado)
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