«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

SUJEITO INCÔMODO


ENTREVISTA
Slavoj Zizek

VIVIAN WHITEMAN

Acrise de 2008 foi planejada?




"EM QUE ESPÉCIE de mundo estamos quando Hollywood precisa retirar o sexo dos filmes?", pergunta Slavoj Zizek [foto ao lado], ao comentar a súbita frigidez de James Bond no último episódio da saga, "Quantum of Solace", um sinal da "economia do medo" que, segundo ele, rege as relações humanas contemporâneas.

Provocador nato e defensor ousado de uma nova encarnação do comunismo, Zizek vem ao Brasil nesta semana para divulgar seus últimos livros lançados no país: "Em Defesa das Causas Perdidas" e "Primeiro como Tragédia, Depois como Farsa".Em São Paulo, no dia 21, participa do Projeto Revoluções (inscrições em revolucoes.org.br), organizado pela editora Boitempo. No dia 24, fala no Cine Odeon, no Rio, para as mais de 2.000 pessoas que se inscreveram para vê-lo.

Em entrevista à Folha, por telefone, ele apontou sua metralhadora teórica na direção de assuntos como levantes populares, bullying e falsa liberdade.

Folha - No livro "Em Defesa das Causas Perdidas", o sr. defende a "hipótese comunista", uma alternativa ao capitalismo, e fala em ditadura do proletariado. Essa terminologia não gera resistência?


Slavoj Zizek - Quero deixar claro que o comunismo do século 20 está morto e que não sou um ingênuo que acredita num grande retorno do Partido Comunista. O stalinismo foi a materialização do horror. Defendo o uso desses termos porque qualquer conservador moderno de direita sai por aí dizendo que precisamos de mais solidariedade. Por outro lado, são termos que se referem à memória coletiva da humanidade e remetem a momentos em que existiram explosões populares igualitárias verdadeiras. Não se trata de repetir o modelo fracassado, mas de preservar o momento em que foi possível ter a liberdade de pensar e agir segundo a idéia de que o capitalismo não é um fato dado.

Um de seus argumentos para defender o comunismo é a questão da propriedade intelectual. Por que diz que o conceito de conhecimento é comunista?

O conhecimento é naturalmente comunista,o que quer dizer que já inclui a ideia de algo feito para ser compartilhado. E isso não pode ser transformado numa "commodity" de mercado. Vamos pensar em apenas dois exemplos importantes: a propriedade do patrimônio biogenético e ecológico, incluindo aí todas as recentes descobertas científicas, o genoma etc.
Estamos falando do controle privado da nossa substância genética e do ambiente em que vivemos.
O conhecimento é nossa substância simbólica e pertence a todos, não pode ser de grupos privados. Outro dia, um grupo de estudantes me pediu originais de um livro meu para "pirateá-lo" entre os colegas. Atendi imediatamente.

Em "Primeiro como Tragédia, Depois como Farsa", o sr. fala que a crise de 2008 foi um embuste que revelou novas formas de colonialismo. Que formas são essas?

A crise de 2008 foi uma farsa no sentido de que foi um reflexo esperado das medidas tomadas nos EUA em 2001 - redirecionar o foco das empresas de internet que estavam falindo para o mercado imobiliário. É claro que a bomba estourou, mas a novidade é que essa crise planejada afetou os países muito seletivamente.

O Brasil passou bem pela crise...

Lula entendeu algo muito importante, que a esmagadora maioria da esquerda mundial não entende: o capitalismo de hoje não é um sistema hegemônico. Está cheio de inconsistências e divisões internas. A crise de 2008 foi uma crise do capitalismo global, mas, ao mesmo tempo,nos mostrou que estamos entrando numa era multicêntrica. Antes, se as economias norte-americana e dos principais países europeus iam bem, tudo ia bem. Agora, as coisas mudaram.
Isso pode ser bom por um lado, pois podemos pensar que o imperialismo norte-americano não é mais tão poderoso. Mas também traz um novo perigo: já podemos falar da emergência do colonialismo econômico chinês. A China patrocina governos corruptos locais para poder explorar recursos minerais, por exemplo, e manter seu lugar de destaque no mercado.
Aqui, queria fazer um parêntese e uma crítica a Lula. Talvez para mostrar que o Brasil não é mais dependente dos EUA, ele apoiou Mahmoud Ahmadinejad quando as eleições foram contestadas no Irã. Para mim, foi um erro terrível.

A seu ver, Lula deveria ter apoiado o outro lado?

Sim! Mir Hossein Mousavi, o candidato que foi roubado nas eleições, não era mais um liberal pró-ocidental oportunista. Na verdade, representava a verdadeira alternativa democrática: veio da revolução liderada por Khomeini [levante islamista que derrubou a monarquia no Irã em 1979].
Mousavi estava no caminho dos levantes que começaram recentemente no Egito e na Tunísia, fenômenos nos quais tenho alguma esperança. Ninguém esperava isso: que exatamente nos países árabes tivéssemos movimentos democráticos emancipatórios desse tipo.

Por que países como a França e a Inglaterra ficaram tão reticentes quanto ao levante no Egito?

O discurso norte-americano e da Europa Ocidental foi sempre o seguinte: as intervenções nos países árabes acontecem no sentido de evitar levantes fundamentalistas e estimular a liberdade, a luta pela democracia etc. Muito bem: é exatamente isso o que aconteceu no Egito, e eles não ficaram contentes, mudaram o discurso. Mas de fato há razões para que eles fiquem assustados.
O que está acontecendo no Egito não é simples. Não se trata apenas de um" queremos ser uma democracia liberal". As pessoas no Egito estão lutando por algo diferente, por algo novo.
O importante é o que acontece no que chamo de "o dia seguinte", ou seja, como as reivindicações são institucionalizadas em uma nova ordem.

E como lê a situação da Líbia?

O episódio Gaddafi não traz nada de novo. É a repetição da fórmula que inclui intervenção militar, envio de ajuda humanitária etc.Ou seja, é um episódio que pode ser lido dentro da lógica da guerra ao terror americana. A Líbia não vive nada realmente novo, ao contrário do Egito.

O sr. estabelece uma relação direta entre capitalismo e bullying. Por que esse último se transformou numa espécie de paranoia mundial?

O paradoxo é o seguinte: de um lado, temos a permissividade capitalista, e do outro, uma sociedade mais regulada do que nunca. Ou seja, em princípio, não há regras rígidas a serem seguidas, mas, ao mesmo tempo, tudo o que você disser ou fizer pode ser apontado como ofensa ou ameaça.
O cerne da questão trata do velho problema cristão de "amar o próximo". Cada vez mais, nosso próximo é percebido como ameaça em potencial. Isso tem ligação direta com a política do medo pós-11 de Setembro. Com a desculpa de proteger a população de possíveis novos atentados, os níveis de vigilância chegaram a patamares absurdos, liberdades foram cassadas e o clima de pânico, instaurado. A verdade é que, apesar de todo o discurso liberal, vivemos numa das sociedades mais controladas de todos os tempos.
Existe algo muito errado com essa subjetividade ultranarcisista que está surgindo desse cenário. Temos de falar de um exemplo muito importante: o ato sexual apaixonado está sendo abandonado. O último filme de "James Bond", por exemplo, "Quantum of Solace" (2008),é o primeiro da série em que não existe uma cena de sexo entre Bond e a "Bond girl". Em "O Código da Vinci" também não há sexo, embora o ato sexual exista nos romances que deram origem ao filme.
A indústria do cinema sempre teve o papel de acrescentar sexo aos roteiros para torná-los mais atraentes. Então, em que espécie de mundo estamos quando Hollywood precisa retirar o sexo dos filmes? Estamos falando de uma economia de relações baseada no medo.

O sr. tem batido muito na tecla da "farsa ecológica" alimentada pela culpa das elites. Não existe de fato uma ameaça ecológica?

Existem problemas graves, é óbvio, mas as soluções para eles não estão nas "ecobags" ou noutra idiotice desse tipo. Entre as classes média e alta, é chique dizer que você é "consciente", que recicla lixo e se preocupa com o ambiente. Isso é imbecilidade, me desculpe.
É praticamente uma superstição, algo que tira a sua culpa e faz você se sentir bem. Os ecologistas radicais são os maiores críticos desse tipo de ritual da elite, eles chamam isso de "lifestyle" ecologista e pesquisas provam que o impacto positivo desse tipo de atitude no cenário global é irrelevante.

Nos livros" Em Defesa..." e "A Visão em Paralaxe", o sr. aponta as favelas como foco potencial de ideias de organização revolucionárias. Não há também uma idealização dos favelados? 

Sim,é claro. Não se trata de idealizar os pobres como vítimas boazinhas. Meus amigos intelectuais do Rio queriam me levar num desses passeios turísticos pelas favelas cariocas, uma coisa horrível. O que penso é que nas favelas há a organização dos que foram ou ainda são excluídos pelo poder público. É claro, há o tráfico e as igrejas que suprem essa falta, mas isso pode mudar. As favelas não precisam de caridade, precisam de alianças.

Fonte: Folha de S. Paulo - Supl. Ilustríssima - Pg. 8 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/il1505201109.htm

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CRÍTICA

Radical pop

O ecletismo previsível de Slavoj Zizek

Por JOAQUIM TOLEDO JR.*

SLAVOJ ZIZEK É, hoje, a figura mais pública entre os intelecuais ligados à "esquerda radical". O entusiasmo em torno de seus livros e de suas aparições ao vivo lhe rendeu o apelido, a princípio irônico mas -numa torção de sentido bem a seu gosto - hoje assumido, de "Elvis Presley da crítica cultural".

Zizek (pronuncia-se "jijék") recolocou a filosofia e a crítica social marxista na atenção do público e da mídia -e parte desse sucesso pode ser atribuída, como em todo popstar, a seu carisma, mas também à sua insistência em provocar seus interlocutores independentemente do lugar que ocupem no espectro político. Sua incrível capacidade de dar respostas às questões mais atuais e urgentes -dos filmes mais recentes de Hollywood à crise econômica mundial, passando pelos fatos e factoides que enchem os jornais- colocou-o no centro das atenções de um público ávido por explicações que desvelem a intricada natureza do capitalismo global.
Para Zizek, tudo sob o sol é, segundo a expressão de Claude Lévi-Strauss, "matière à penser" - tudo é material para o pensamento e tudo esconde (e revela, para o bom observador) as contradições da modernidade capitalista.

MARX E LACAN 
Zizek pôs em circulação uma abordagem crítica que combina marxismo filosófico e psicanálise lacaniana.
Essas perspectivas teóricas o habilitam a questionar discursos e realidades da sociedade capitalista como apenas uma parte de uma história mal contada: as promessas de liberdade e igualdade, inscritas na imagem que a sociedade burguesa construiu de si mesma desde a Revolução Francesa, são antes uma promessa jamais cumprida ou uma dádiva distribuída desigualmente entre exploradores e explorados.
Da mesma forma, democracia liberal e Estado de direito são antes formas de bloquear as energias utópicas liberadas pela revolução de 1789 e por outros "Eventos" (segundo a expressão de Alain Badiou empregada por Zizek) revolucionários do que sua realização institucional. A história da sociedade moderna é, assim, uma história de usurpação de potenciais de emancipação, e cada volta no parafuso significa mais uma vitória do capitalismo.

A HIPÓTESE COMUNISTA
É por isso que, para Zizek, a derrota histórica do comunismo não é a prova definitiva de que seu conteúdo utópico estivesse equivocado. Seu fracasso é antes sinal de que a ideia de comunismo carregasse consigo o potencial emancipador definitivo.
Assim, a "hipótese comunista" (expressão de Badiou) é atual: numa época em que a natureza, o código genético da espécie humana e as energias criativas dos indivíduos estão sob ameaça de apropriação pelo Capital (na forma de catástrofes ecológicas, da biotecnologia e da propriedade intelectual), é necessário recuperar a ideia dos "comuns", a cuja privatização devemos resistir a todo custo.
O preço de abandonar a hipótese comunista à lata de lixo da história, defende Zizek na coletânea de ensaios "Em Defesa das Causas Perdidas" [trad. Maria Beatriz de Medina, Boitempo, 477 págs. R$ 69], é transformar em realidade a profecia de Francis Fukuyama, para quem a derrota do bloco comunista sinalizou a vitória definitiva do capitalismo.

TERROR REVOLUCIONÁRIO 
Assim como a hipótese comunista precisa, para Zizek, ser recuperada, também a ideia de "terror revolucionário anti-humanista" precisa ser salva de seus detratores modernos. Historiadores conservadores como Edmund Burke viram na Revolução Francesa uma erupção de violência inumana. Essa imagem contaminou a própria ideia de revolução, colocando-a fora do espaço da política -legitimando a "democracia liberal" como única forma possível de ação na esfera política.
Mas é nesse "lado de fora" da política que o "terror" precisa se manter. A convergência completa de interesses entre o sistema político moderno -na forma atual das democracias liberais de massa- e o sistema econômico neutraliza o potencial transformador da democracia.
O terror, para Zizek, é a imposição "violenta" da vontade do povo sobre as esferas sociais que se autonomizaram e renovam eternamente as relações de dominação (em especial, a esfera econômica). Sem esse momento de imposição radical da vontade não há terror; sem terror não existe revolução e, sem revolução, não há emancipação.
A capacidade do sistema capitalista de reinventar-se, de domesticar energias utópicas e eternizar-se faz com que suas crises sejam apenas mais uma forma de se fortalecer, assim como o personagem Jason da série de terror "Sexta-Feira 13", que é sempre (aparentemente) morto ao final dos filmes, para alívio dos personagens que escaparam da carnificina, apenas para retornar com sede de violência redobrada.

CRISE 
A perspectiva de recusa radical, no entanto - a desconfiança total das instituições do mundo moderno -, prejudica o alcance e o interesse da própria crítica.
Em seu breve comentário da crise de 2008, recém-lançado no Brasil, "Primeiro como Tragédia, Depois como Farsa" [Boitempo, trad. Maria Beatriz de Medina, 136 págs., R$ 39], Zizek ironiza as propostas ("liberais") de reformar as instituições de regulação da economia a fim de evitar que crises como essa se repitam.
Para ele, crises econômicas são manifestações das contradições estruturais do capitalismo e nem a indignação moralista (a denúncia da "ganância" de Wall Street) nem as boas intenções liberais (maior regulação dos mercados financeiros) são capazes de evitar que voltem a acontecer. O fato, no entanto, de o sistema capitalista ainda estar sujeito a essas instabilidades mostra que, mais uma vez, as profecias e celebrações sobre o "fim da história" estavam equivocadas.

LIMITAÇÕES 
Mas a repetição parece dar-se também em outro nível, no interior da própria crítica. O entusiasmo, o ecletismo e o vigor intelectual de Zizek nem sempre compensam as limitações de uma perspectiva crítica que parece cada vez mais autorreferente.
Como nos exemplos mais pedestres do universo do pop, Zizek adquiriu o hábito de dar à sua audiência exatamente o que ela quer: uma repetição dos motivos (elaborados, na maioria das vezes, num jargão marxista pouco original) pelos quais devemos adotar a recusa radical e exigir nada menos do que a revolução total.
O caráter "totalizante" da crítica resulta em uma perspectiva que nivela tudo: a relação de Heidegger com o nazismo é redimível quando consideramos que ele estava impressionado com a radicalidade da recusa ao mundo moderno que parecia ser, ao menos a ele, Heidegger, o centro da agenda do partido nacional-socialista alemão. Para Zizek, ele andou certo, mas na direção errada, ao entusiasmar-se com a promessa de um "Evento" revolucionário -que, por ironia da história, se revelou assombrosamente o oposto.
Como muitos ídolos pop, Zizek sabe colocar diante de si uma imensa máquina de promoção que coloca em segundo plano o que deveria ser o centro de seu espetáculo: suas intervenções são infelizmente cada vez mais previsíveis, quando não superficiais (em seu livro, há pouca ou nenhuma novidade que ajude a compreender e enfrentar a crise de 2008).

VISÃO SOMBRIA
Acima de tudo, a crítica da democracia e a defesa do "terror" colocam Zizek no campo oposto àquele em que se esperaria encontrá-lo. Não é de hoje que a esquerda radical flerta com teorias de poder conservadoras que, de Thomas Hobbes (1588-1679) a Carl Schmitt (1888-1985), dispensam noções de legitimidade, participação e autonomia em nome de uma visão sombria do poder político como uma força que emana de si mesma e que opera não a partir de processos intersubjetivos racionais, mas segundo a imposição de uma vontade soberana.
Não é à toa que Zizek encerra "Em Defesa das Causas Perdidas" elencando as exigências igualmente sombrias que se impõem a nós se quisermos evitar a catástrofe ecológica. Além da justiça igualitária, que deverá exigir sacrifícios de todos, e de um "voluntarismo" que confere legitimidade a "decisões coletivas em grande escala", devemos recuperar as figuras do "terror", na forma da "punição impiedosa" dos que violarem as medidas impostas (com "controle tecnológico dos que desrespeitarem as leis", se necessário), e da "confiança no povo" -cuja manifestação, segundo Zizek, é a reativação de "uma das figuras do terror igualitário-revolucionário": o informante.

É irônico, para não dizer decepcionante, que as energias críticas do pensamento radical estejam voltadas à defesa da agenda totalitária e policialesca da delação e da punição violenta. O fantasma de Carl Schmitt parece rondar a esquerda radical, e não necessariamente na forma de assombração.

* Mestre pelo departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, membro do Núcleo Direito e Democracia do Cebrap.

Fonte: Folha de S. Paulo - Supl. Ilustríssima - Pg. 7 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/il1505201108.htm

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