«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Governo discute alternativa ao etanol

Gustavo Porto

Combustível pode ser trocado por mistura com derivado de petróleo de menor qualidade
Broto de cana-de-açúcar em laboratório

Exemplo na produção e consumo de etanol hidratado em larga escala e ambientalmente correto, o Brasil corre o risco de reverter esse ganho caso o governo aceite a proposta de substituir o combustível feito 100% com cana-de-açúcar pelo chamado E85. Em vez de álcool puro, o E85 é uma mistura de 85% de etanol anidro e 15% de correntes intermediárias de gasolina, ou seja, um derivado de petróleo de menor qualidade.

A proposta é discutida na "Sala do Etanol" do Ministério de Minas e Energia por representantes do governo, distribuidoras e Petrobrás, que defendem a nova mistura, e pelos produtores de etanol, contrários ao E85. A ideia é padronizar a produção do etanol em anidro, que hoje já é misturado à gasolina em 25%. Assim, o abastecimento dos carros seria dividido entre o novo E85, em lugar do etanol hidratado, e a manutenção da gasolina C, mistura de gasolina A (pura) com 25% de etanol anidro.

"A posição do governo é fomentar o debate. Cada um que coloca o ponto de vista tem motivos e preocupações. Não tem definição ou prazo para decisão, que será tomada se tiver mais prós do que contras", disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles. Indagado se a medida não geraria críticas pelas perdas ambientais, ele foi irônico: "Há alguma coisa que o governo faz que não tem crítica?"

Aval

Um documento obtido pela reportagem mostra que a questão principal para a Petrobrás é financeira. Com um rombo nos cofres após disparada na importação de gasolina A, que deve atingir o recorde de US$ 10 bilhões em 2013, a estatal deu aval ao novo combustível. O documento justifica que uso do E85 elevaria em 15% o consumo de etanol e também geraria economia no uso da gasolina pura.

Com isso, a importação de gasolina de baixa octanagem reduziria a compra de gasolina pura e aliviaria o caixa da empresa. "O uso do E85 com correntes intermediárias permitiria uma redução de importações de gasolina A. O ganho está no diferencial de custo entre a importação desses dois produtos", diz a Petrobrás no relatório.

Com base inicial em 2014, a companhia estima que as importações de gasolina, mantido o cenário atual, crescerão 3% em 2015, 41% em 2017 e 58% em 2020. A previsão considera ainda que o teor da mistura de 25% do anidro à gasolina deve ser mantido. "Se houver a redução do teor de anidro na gasolina C, os volumes importados serão ainda maiores, na medida em que o volume de produção interna se reduz em cerca de 10%."

Segundo fontes do setor, a mudança evitaria também problemas logísticos à estatal, diante da estimativa de alta na importação de gasolina pura. Procurada, a Petrobrás disse que não comentaria o assunto.

Principal prejudicada, a indústria sucroalcooleira informou, via União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que o assunto "não está mais em pauta, que a proposta foi descartada e a posição fechada pela entidade" é contrária à mudança. Outra proposta, de aumentar a mistura do anidro à gasolina de 25% para 30%, também teria sido descartada.

Já o Sindicato das distribuidoras de combustíveis (Sindicom) avalia, em estudo, que o E85 traria menor volatilidade entre os preços da gasolina e o etanol, maior previsibilidade de demanda e maior segurança no abastecimento. Mas o sindicato alerta para a necessidade de revisão tributária com o surgimento do novo combustível.

Fonte: O Estado de S. Paulo - Economia - Terça-feira, 19 de novembro de 2013 - Pg. B4 - Internet: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,governo-discute--alternativa-ao-etanol-,1098233,0.htm

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