«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

SEXTA-FEIRA SANTA – PAIXÃO DO SENHOR

Evangelho: João 18,1 – 19,42

Para ler o texto do Evangelho, clique aqui.

JOSÉ ANTONIO PAGOLA
 
"Crucifixão" (1457-59) - pintura de Andrea Mantegna - Museu do Louvre (Paris)
DIANTE DE JESUS CRUCIFICADO

Seguindo uma antiquíssima tradição romana, na Sexta-feira Santa não se celebra a Eucaristia, mas uma solene liturgia que tem como centro a Paixão e Morte do Senhor.

Sempre me impressionou, dentro dessa celebração, a liturgia sóbria e profunda da adoração da Cruz, de inspiração provavelmente oriental.

Em primeiro lugar, o descobrimento progressivo do Crucificado e o repetido convite à adoração. Depois, a procissão de todos os fiéis até a Cruz, enquanto se canta um admirável hino: “Crux fidelis”. Finalmente, o beijo emocionado de cada crente no Cristo morto.

Não é um momento de tristeza. Para aqueles que creem, é momento de profundo recolhimento onde se mesclam, de maneira difícil de expressar, o agradecimento, a adoração, o arrependimento.

Esse grande teólogo e grande crente que foi Karl Rahner nos desvelou sua alma orante neste precioso livro que leva o título de “Orações de vida”. Talvez sua oração possa nos ajudar, também, a aproximar-nos do Deus crucificado, nessa tarde da Sexta-feira Santa:

«Aonde poderia eu me refugiar com minha debilidade, com minha preguiça, com minhas ambiguidades e inseguranças... senão em Ti, Deus dos pecadores comuns, cotidianos, covardes, correntes?

Olha-me, Senhor, vê minha miséria. Para quem poderia eu fugir senão a Ti?

Como poderia suportar-me a mim mesmo se não soubesse que Tu me suportas, se não tivesse a experiência de que Tu és bom comigo?

Meu pecado não é grandioso, é tão cotidiano, tão comum, tão corrente que, inclusive, pode passar inadvertido... Porém que nojo suscita minha miséria, minha apatia, a horrível mediocridade de minha boa consciência.

Somente Tu podes suportar tal coração.
Somente Tu tens, ainda, para comigo um amor paciente.
Somente Tu és maior que meu pobre coração.

Deus santo, Deus justo, Deus que sois a Verdade, a Fidelidade, a Sinceridade, a Justiça, a Bondade... tem compaixão de mim... Sou um pecador, porém tenho um desejo humilde de tua misericórdia gratuita.

Tu não te cansas em tua paciência para comigo. Tu vens em minha ajuda. Tu me dás a força para começar sempre de novo, de esperar contra toda esperança, de crer na vitória, em tua vitória em mim em todas as derrotas, que são as minhas.»

Este ano, talvez o nosso beijo no Crucificado possa ser um pouco mais sincero e profundo!

Tradução do espanhol por Telmo José Amaral de Figueiredo.


Fonte: MUSICALITURGICA.COM – Homilías de José A. Pagola – Segunda-feira, 14 de abril de 2014 – 10h48 – Internet: clique aqui.

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