«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Infraestrutura teve só 2,32% do PIB em 10 anos [Esta é a realidade!]

Alexandre Rodrigues / RIO

Porcentual fica abaixo do mínimo necessário (3%) para evitar deterioração e é muito inferior ao que os principais concorrentes do País investem no setor

O Brasil investe tão pouco em transportes que, na prática, está reduzindo sua malha logística em vez de ampliá-la

Um estudo do economista Claudio Frischtak, da InterB Consultoria, mostrou que o País investiu pouco mais de meio trilhão de reais em infraestrutura nos últimos dez anos. Isso representou apenas 2,32% do PIB, abaixo dos 3% necessários somente para evitar a deterioração da estrutura.

Além de baixo, o investimento em infraestrutura no Brasil é muito desigual e negligencia os transportes. A análise dos R$ 543,3 bilhões aportados em infraestrutura entre 2001 e 2010, na estimativa do economista, revela que quase 57% desse total foi aplicado em geração de energia e em telecomunicações. Outros 12,5% foram para saneamento, também insuficiente.

Assim, os transportes receberam no período apenas R$ 166 bilhões, menos de 10% do total, um montante que não alcança 1% do PIB acumulado na década. A já pequena fatia destinada ao setor ainda apresenta mais uma distorção. A maior parte dos recursos, quase R$ 114 bilhões, foram investidos apenas em rodovias, deixando para os outros modais (ferrovias, metrô, aeroportos, portos e hidrovias) apenas 31% das já insuficientes inversões do País em transportes.

"Hoje temos um país rodoviário e, mesmo com a concentração dos recursos, as estradas estão mal, as ferrovias são limitadas e o investimento em hidrovias é residual", diz Frischtak.

Segundo ele, embora o governo venha tentando ampliar os investimentos no setor com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a infraestrutura está se deteriorando em termos relativos, sobretudo a de transportes. Diante do crescimento recente da economia e da demanda, é como se tivéssemos hoje menos aeroportos, ferrovias ou estações de metrô. "Avaliamos em relação ao PIB porque ele expressa o tamanho, a complexidade e as demandas da economia e da população. Estamos caminhando para trás."

Para Frischtak, a promessa da presidente Dilma Rousseff de despolitizar o Ministério dos Transportes após denúncias de corrupção que derrubaram seu titular é uma oportunidade única para o governo avançar num setor que está, quase silenciosamente, minando a competitividade da economia brasileira.

Há uma correlação entre a infraestrutura e o custo de um produto que sai da fábrica. 

Mesmo nos setores em que o Brasil investe bem, energia elétrica e telecomunicações, os efeitos não são os ideias para a produção. O alto custo das tarifas de energia elétrica e de telefonia, em boa parte elevado por impostos, afeta os custos das empresas.

Se a energia é cara, faltam alternativas de escoamento mais baratas do que o transporte rodoviário, um executivo falta a uma reunião de negócios sem conseguir tomar um avião ou um navio não consegue atracar no porto, tudo isso termina no preço final de um produto, o que dificulta a exportar e concorrer com importados no mercado interno.

Enquanto isso, Frischtak alerta que os principais competidores do Brasil no cenário econômico mundial mostram-se cada vez mais atentos a isso, sobretudo os emergentes asiáticos.

Segundo ele, a China ampliou de 7,3% para 13,4% do PIB o investimento em infraestrutura entre 2003 e o ano passado. 
A Índia se aproxima de 6%. 
A Tailândia já põe mais de 15% do PIB em logística há oito anos. 
O Vietnã superou 11% em 2005. 
Na América Latina, o Chile já investia 6,2% há uma década e hoje está entre as economias mais competitivas.

"Nossos competidores se reposicionam continuamente. Estão investindo mais não só em infraestrutura, mas em educação e tecnologia e nós não estamos acompanhando", adverte. "Para alcançar os níveis atuais dos asiáticos, temos de investir entre 4% e 6% do PIB em infraestrutura durante 20 anos. Isso para chegar onde estão hoje e não onde estarão quando chegarmos lá. Para convergir com eles, precisamos de 5% a 7%."

Fonte: O Estado de S. Paulo - Economia - Terça-feira, 2 de agosto de 2011 - Pg. B11 - Internet: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110802/not_imp752957,0.php

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