100 mil cristãos são mortos todos os anos
Falta de liberdade religiosa tem provocado mortes, migrações forçadas e destruição de locais de culto, denuncia a Santa Sé
Arcebispo Silvano Tomasi - representante da Santa Sé na ONU |
“Pesquisas credíveis chegaram à conclusão chocante de que mais de 100 mil cristãos são mortos violentamente todos os anos por causa da sua fé”, disse esta segunda-feira o arcebispo Silvano Tomasi em Genebra, Suíça, na 23.ª sessão do referido conselho, intervenção enviada hoje à Agência ECCLESIA.
O observador permanente da Santa Sé lembrou os cristãos e crentes de outras religiões “sujeitos a migrações forçadas, à destruição dos seus locais de culto, violações e sequestros dos seus líderes”, como aconteceu a 22 de abril na cidade síria de Alepo, com os bispos ortodoxos Yohanna Ibrahim e Boulos Yaziji [veja foto abaixo].
Bispos ortodoxos sírios raptados neste ano |
D. Silvano Tomasi destacou os ataques no Oriente Médio, África e Ásia que resultam da “intolerância, terrorismo e algumas leis discriminatórias”.
O arcebispo italiano criticou ainda a “tendência para marginalizar o Cristianismo na vida pública” em países ocidentais, ignorando os contributos “históricos e sociais” da tradição cristã.
O Vaticano publicou hoje, por outro lado, a intervenção do bispo Mario Toso, secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, numa conferência sobre tolerância e não discriminação promovida pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
O prelado disse que “os episódios de intolerância e discriminação contra os cristãos” em vários Estados da OSCE “não só não diminuíram como aumentaram, apesar de numerosas reuniões e conferências sobre o tema”.
Fonte: Agência ECCLESIA - Agência de Notícias da Igreja Católica em Portugal - Genebra (Suíça), 28 de maio de 2013 - Internet: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=95683
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