«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

CRESCE NÚMERO DE JOVENS QUE JÁ USARAM DROGAS

[Impressionante retrato dos adolescentes brasileiros!!!]

LUCIANA NUNES LEAL E VINICIUS NEDER

Cresceu o uso de drogas ilícitas por adolescentes de 2009 para 2012, sobretudo entre as meninas. É o que mostra pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira, 19. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), em 2012, chegou a 9,9% a proporção de adolescentes que vivem nas capitais que já experimentaram drogas ilícitas, o que equivale a pouco mais de 312 mil jovens. Em 2009, quando foi feita a primeira pesquisa desse tipo, o porcentual foi de 8,7%.

Para garantir que o levantamento refletisse ao máximo a realidade, a pesquisa foi feita com entrega de equipamentos eletrônicos aos próprios adolescentes, que responderam com privacidade sobre hábitos e comportamento. Nas capitais, em 2009, 6,9% das meninas disseram ter usado alguma droga, índice que subiu para 9,2% em 2012. O consumo entre os meninos ficou praticamente estável, oscilando de 10,6% para 10,7%. Em 2012 a pesquisa foi feita no País inteiro e o resultado foi de 7,3% de adolescentes com alguma experiência de uso de drogas. O levantamento anterior havia sido feito apenas nas capitais.

Foram entrevistados 109.104 alunos do 9° ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas em todo País, a grande maioria (86%) com idades de 13 a 15 anos. Os resultados foram projetados para o universo de 3,1 milhões de adolescentes que estudam no 9º ano. Embora a proporção pareça pequena, os técnicos do IBGE se espantaram com a revelação de que 0,5% dos adolescentes usou crack no período de 30 dias que antecederam a pesquisa, pois, em números absolutos, são 15 mil estudantes no País inteiro que já experimentaram a droga, que tem o maior potencial de dependência.

No caso das drogas lícitas, nada menos que sete em cada dez adolescentes já experimentaram alguma bebida alcoólica, proporção que teve pequena redução em relação a 2009, passando de 71,4% para 70,5%. No entanto, 50,3% informaram já ter tomado pelo menos uma dose, o que equivale a, no mínimo, uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de cachaça ou uísque. Esta pergunta não foi feita em 2009.

Solidão e bullying

Embora a pesquisa não tenha investigado as razões que levaram os adolescentes ao uso de bebidas alcoólicas e drogas e os efeitos causados, 16,5% dos jovens entrevistados disseram terem se sentido sozinhos nos 12 meses que antecederam a pesquisa. O sentimento de solidão é muito maior entre as meninas (21,7%) que entre os meninos (10,7%). As meninas também são mais suscetíveis à insônia em decorrência de preocupações: 12,85% delas disseram já ter perdido o sono, enquanto entre os meninos são apenas 6,3%.

Um quinto (20,8%) dos adolescentes pratica bullying, também revela a pesquisa do IBGE. De outro lado, 35,4% disseram ter sofrido agressão, humilhação e hostilidade por parte dos colegas, sendo que 7,2% disseram que a prática é frequente e 28,2% afirmaram que acontece raramente ou às vezes. Pela primeira vez os adolescentes foram questionados se participam de ataques aos colegas, por isso não há comparação com 2009.

Maior do que a proporção de adolescentes que sofrem bullying sempre ou quase sempre, no entanto, é a de jovens que são agredidos por adultos da própria família. Pouco mais de 10% dos entrevistados disseram terem sido agredidos nos 30 dias anteriores à pesquisa. As meninas são mais vulneráveis (11,5% delas sofreram agressões) que os meninos (9,6%).

Os dados também revelam que é crescente a proporção de adolescentes que se envolvem em brigas com armas brancas (passou de 6,1% para 7,3%) e com armas de fogo (de 4% em 2009 para 6,4%).

Trabalho

Embora o trabalho de crianças e adolescentes até 13 anos não seja permitido pela lei brasileira, 8,6% dos alunos do 9º ano no País trabalham, mostram os dados do IBGE. A região Sul tem a maior proporção, com 11,9% de estudantes trabalhadores. O menor índice está no Sudeste, com 7,5%. Além disso, os adolescentes brasileiros se alimentam mal, veem TV demais e se exercitam de menos, mostra a pesquisa do IBGE. Guloseimas como doces, balas e chocolates estão em terceiro lugar no consumo dos estudantes, atrás apenas do feijão e do leite e à frente de frutas e hortaliças.

Quatro em cada dez adolescentes comem guloseimas cinco dias ou mais por semana e apenas três em cada dez comem frutas com a mesma frequência. Os técnicos do IBGE se surpreenderam com a informação de que apenas 22,8% dos alunos das escolas públicas comem os alimentos oferecidos nas escolas, apesar de 98% terem acesso a refeições oferecidas pela rede de ensino.

Em relação aos exercícios físicos, apenas três em cada dez adolescentes são considerados ativos (fazem 300 minutos ou mais de exercício por semana, o que equivale a uma hora de atividade física, cinco dias por semana). Quase oito (78%) em cada dez adolescentes veem televisão durante pelo menos duas horas por dia, tempo considerado excessivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sexo

A PeNSE mostra ainda uma ligeira queda entre os adolescentes que já tiveram relação sexual e um aumento do uso de preservativos. Em 2012, 28,7% dos adolescentes já tinham tido relação sexual, proporção um pouco inferior aos 30,5% de 2009. Dos que têm experiência sexual, 79,5% dos adolescentes usaram camisinha na última relação, índice maior que os 75,9% de 2008. 

Fonte: ESTADÃO.COM.BR - 19 de junho de 2013 - 11h05 - Internet: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ibge-cresce-o-uso-de-drogas-ilicitas-por-adolescentes,1044304,0.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.