«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 4 de junho de 2013

"Inferno" de Dan Brown: manifesto anticatólico pela cultura da morte


Para o sociólogo italiano Massimo Introvigne, o livro parece promover o aborto, a esterilização forçada e a eutanásia

"O Vaticano me odeia", afirma em certa parte de "Inferno", o novo livro de Dan Brown, a Dra. Elizabeth Sinskey, diretora da Organização Mundial da Saúde e santa leiga do relato. "A você também? Pensei que eu era o único", responde Robert Langdon, professor de simbologia de Harvard, protagonista dos outros livros de Brown.

A aversão pelo Vaticano, ou seja, pela Igreja Católica, é o fio condutor de todos os romances de Dan Brown, denuncia o sociólogo italiano Massimo Introvigne, diretor do CESNUR (Centro de Estudos sobre as Novas Religiões) e autor de três livros críticos sobre as últimas obras do escritor americano.

Em "Inferno", explica Introvigne, o núcleo do enredo é a ideia – que todos os protagonistas aceitam – de que a humanidade estaria perto do colapso pelo crescimento demográfico. Como explica outra cientista a Langdon, "o final da nossa espécie está à porta. Não será causado pelo fogo nem pelo enxofre, pelo apocalipse ou por uma guerra nuclear... O colapso global será provocado pelo número de habitantes do planeta. A matemática não é uma opinião".

Introvigne cita também o epílogo do romance, no qual Langdon reflete sobre o fato de que o "pecado" existe, mas não como a Igreja o entende. É a "negação" (denial), uma "pandemia global" que faz que não pensemos na bomba-relógio da superpopulação mundial, que continua com seu tic-tac e que certamente destruirá a humanidade, distraindo-nos e dirigindo a nossa atenção a outros problemas, na verdade, menos urgentes.

Introvigne afirma que, "para Dan Brown, a Igreja Católica é a principal responsável por este 'pecado' universal. Ela se opõe à esterilização massiva – da qual o vírus mencionado no romance é uma metáfora óbvia –, ao aborto, à contracepção, à eutanásia".

"É paradoxal – continua o sociólogo – que Brown relance velhos mitos e exageros desacreditados sobre a superpopulação que vai destruir a humanidade, precisamente no momento em que grande parte do mundo sofre justamente pelo contrário da superpopulação."
 
MASSIMO INTROVIGNE - sociólogo italiano

"A Europa e a Rússia têm poucos nascimentos, e os jovens já são escassos demais para manter níveis adequados de produção, de consumo e de contribuição para o sistema de pensões a favor de quem já não trabalha. O Banco Mundial prevê que a China terá o mesmo problema em breve. A própria África, da qual tanto se fala no livro, poderia manter uma população muito superior à atual, com uma distribuição melhor e mais racional dos recursos."

"É preciso perguntar-se então – diz Introvigne – se não existe uma razão precisa para esta volta a mitos demográficos desacreditados. O vírus Inferno obviamente é só uma invenção novelesca. Mas, dado que a 'negação' e o não querer pensar no inevitável e relativamente iminente – cem anos, no máximo – final da humanidade, devido à superpopulação, é o único e verdadeiro 'pecado', está claro que o romance – no qual não falta a típica nota de Dan Brown para precisar que não é 'só' um romance – incita a fazer algo, com alusões claras ao aborto, à esterilização forçada e à eutanásia."

Assim, conclui o sociólogo, o livro se torna um manifesto a favor da cultura da morte, sobre a qual já alertou o Beato João Paulo II, Bento XVI e o Papa Francisco.

Fonte: Aleteia - 16 de maio de 2013 - Internet: http://www.aleteia.org/pt/ciencia-meio-ambiente/noticias/inferno-de-dan-brown-manifesto-anticatolico-pela-cultura-da-morte-1438001

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