«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Vergonhoso!

A ONU alerta que a covid-19 acelerará a transferência do poder econômico e político para as elites ricas

El Salto

Estima-se que a pandemia some 70 milhões de pessoas
aos números atuais de extrema pobreza.
Mais de 250 milhões de pessoas correm o risco de fome aguda,
observa o relatório
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“O mundo está em uma encruzilhada existencial que envolve:
* uma pandemia,
* uma profunda crise econômica,
* mudança climática devastadora,
* desigualdade extrema e
* um movimento que desafia a prevalência do racismo em muitos países”.
Com estas palavras, o relator especial sobre pobreza extrema da ONU, Philip Alston, destaca o seu relatório “O lamentável estado da erradicação da pobreza”.

Alston, que nos próximos dias apresenta em Genebra suas conclusões e seu relatório sobre a Espanha, fala sobre o descaso de longa data na abordagem da pobreza por governos, economistas e defensores dos direitos humanos. E destaca a “escandalosa falta de ambição” para erradicar a pobreza.

Para Alston, a autocomplacência das instituições internacionais, especialmente acentuada pelas fórmulas do Banco Mundial para medir a redução da pobreza, levou a uma década perdida, já antes da covid-19, na luta contra a desigualdade. O resultado nítido, sugere Alston, é que a redução da pobreza nominal se deve apenas à diminuição das carências materiais em um único país: a China.

Estima-se que a pandemia some 70 milhões de pessoas aos números atuais de extrema pobreza. Mais de 250 milhões de pessoas correm o risco de fome aguda, observa o relatório. Para Alston, a resposta, longe de enfrentar o problema, está aumentando-o, na medida em que os governos continuam investindo dinheiro em práticas repressivas e sistemas penitenciários, “ao mesmo tempo em que privam comunidades pobres de direitos básicos, como assistência médica decente, habitação e educação”.

“Se tivessem sido estabelecidas bases de proteção social
as centenas de milhões de pessoas que ficaram sem assistência médica, 
comida e abrigo adequados e segurança básica 
teriam sido poupadas de algumas das piores consequências”, 
explica Alston, em seu relatório.
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Em vez disso, o que chama de “as pressões infinitas para promover a consolidação fiscal”, ou seja, o controle do déficit, dívida e cortes de impostos para os mais abastados, conduziram os sistemas de proteção social para “mais próximos dos modelos do século XIX, em vez das aspirações do final do século XX”, explica o já ex-relator da ONU.

Quando isso se combina com “a próxima geração de políticas de austeridade posterior à covid-19, a transferência dramática do poder econômico e político às elites ricas, que caracterizou os últimos quarenta anos, será acelerada, em um momento em que o alcance e a profundidade da pobreza global serão até mais politicamente insustentáveis e explosivos”, conclui Alston.

Traduzido do espanhol pelo Cepat.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Quinta-feira, 09 de julho de 2020 – Acesso em 09/07/2020 – Internet: clique aqui.

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