Mais uma descoberta arqueológica

 Maior cidade antiga do Egito é descoberta perto de Luxor

 Agência France Press 

Descoberta arqueológica é a mais importante desde a tumba de Tutancâmon, disse professora da Universidade Johns Hopkins

As paredes de tijolos da cidade de 3.400 anos, mostradas aqui delimitadas por uma distinta parede em "zigue-zague", têm cerca de três metros de altura em áreas. CORTESIA DE ZAHI HAWASS

Uma missão arqueológica egípcia descobriu a maior cidade antiga do Egito, com mais de 3.000 anos, perto de Luxor, anunciou nesta quinta-feira (8 de abril) seu diretor, o arqueólogo Zahi Hawass. 

«A missão arqueológica [...] descobriu uma cidade soterrada que data do reinado do rei Amenófis III e que continuou a ser usada pelo rei Tutancâmon, ou seja, há 3.000 anos», disse a missão arqueológica em um comunicado. 

Amenófis III usando a coroa dupla do Alto e do Baixo Egito, o nemés com a cobra e a barba cerimonial

Amenófis III, que ascendeu ao trono em 1.391 a.C., morreu em 1.353 a.C.. Na cidade foram encontrados objetos, como joias e peças de cerâmica com seu selo, que permitiram confirmar a datação, precisa o texto. 

É «a maior cidade antiga do Egito», segundo Hawass, citado no comunicado. 

A missão começou suas escavações em setembro de 2020 entre os templos de Ramsés III e Amenófis III, perto de Luxor, cerca de 500km ao sul do Cairo. 

«Em poucas semanas, para grande surpresa da equipe, começaram a aparecer formações de adobe», disse o comunicado. O local encontra-se «em bom estado de conservação, com paredes quase inteiras e salas repletas de utensílios do dia a dia». 

A descoberta «desta cidade perdida é a descoberta arqueológica mais importante desde a tumba de Tutancâmon», disse Betsy Brian, professora de egiptologia da Universidade Johns Hopkins nos Estados Unidos, também citada no comunicado. 

A cidade recém-descoberta permitirá «nos oferecer uma visão geral incomum da vida dos antigos egípcios durante as horas mais luxuosas do [Novo] Império». 

Inscrições hieroglíficas encontradas em tampas de argila de vasos de vinho no local ajudaram a datar a cidade da época de Amenófis III (r. Cerca de 1386 a 1353 a.C.). CORTESIA DE ZAHI HAWASS 

O que foi encontrado, até o momento 

1) A cidade é formada por «três palácios reais [...] e o centro administrativo e industrial do Império».

2) Além disso, os arqueólogos também exumaram uma «área de preparação de alimentos» com uma «padaria»,

3) um «bairro administrativo» e

4) uma «oficina» de construção.

5) Também foram descobertas duas esculturas de «vacas ou touros» e

6) restos humanos, algo «inusitado» (veja na foto abaixo). 

Depois de anos de instabilidade política relacionada com a revolta popular de 2011, um duro golpe para o turismo, um setor chave, o Egito está tentando atrair visitantes, especialmente promovendo seu patrimônio antigo. 

Na semana passada, 22 tanques com múmias de reis e rainhas do Egito percorreram o centro do Cairo, em um desfile espetacular, até o Museu Nacional da Civilização Egípcia, onde serão exibidos. 

Fonte: Folha de S. Paulo – Você viu? – Quinta-feira, 8 de abril de 2021 – 22h57 (Horário de Brasília – DF) – Internet: clique aqui (acesso em: 09/04/2021).

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