«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Para você que é cristão

 “Defender ditadura, isso está fora de qualquer possibilidade de quem quer ser discípulo de Jesus”

 Luis Miguel Modino 

Declaração de Dom Joaquim Mol, bispo-auxiliar de Belo Horizonte, durante a coletiva de imprensa da 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)


Nesta terça-feira [13 de abril], a coletiva de imprensa da 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que acontece de 12 a 16 de março, abordou a Análise de Conjuntura e a 6ª Semana Social Brasileira. Ao longo da semana, esses momentos são mediados por Dom Joaquim Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte – MG e presidente da Comissão Episcopal para a comunicação da CNBB. 

Diante de uma pergunta em referência à democracia, num contexto social em que muitos cristãos pedem a volta da ditadura e pregam a violência como mudança para o país, Dom Joaquim Mol, afirmava que “de maneira completamente inesperada começaram aparecer pessoas no Brasil, inclusive governantes brasileiros, apoiando a ditadura em detrimento da democracia”. Segundo o presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, “só consegue apoiar e pedir a volta da ditadura quem nunca passou por isso”. Ele dizia que...

querer a ditadura de volta, qualquer tipo de ditadura em nosso país, significa apontar uma espécie de anomalia na cabeça da pessoa, ela não pensa adequadamente, como também não sente adequadamente”.

O bispo auxiliar de Belo Horizonte definia a ditadura como

“a intolerância total a tudo o que é diferente, a toda e qualquer diferença, de qualquer tipo. A ditadura e a imposição de um modo de governar, de envolver a cultura, a economia, de fazer política com um máximo de intolerância a quem faz, sente e pensa diferente”.

O bispo insistia em que “é por isso que a ditadura mata. Por isso a ditadura não tem nenhum escrúpulo em matar quem quer que seja, se estiver pensando diferente”. 

“Pedir a ditadura de volta é uma insanidade mental, uma insanidade dos sentimentos, é um total embrutecimento do ser desejar a ditadura”, enfatizava o bispo. Frente a isso, definia a democracia como a alegria, a importância, a valorização da diversidade pacífica entre nós”. Junto com isso, Dom Mol definia a democracia como “a expansão de direitos individuais e coletivos a todos, não só a um pedacinho”. Ele fazia referência à profunda desigualdade social no Brasil, uma das maiores do mundo, o que ele vê como...

falta de democracia, porque democracia significa escola de qualidade para todo mundo, alimentação para todo mundo, teto para todo mundo, trabalho para todo mundo, terra para todos os que precisam de terra”.

Segundo Dom Mol, não há como entender “a busca, a propaganda, a defesa de toda e qualquer ditadura”. Ele diz que...

... não podemos permitir que a ditadura que aconteceu no Brasil durante 20 anos “seja chamado com outro nome que não ditadura militar e civil”,

quando “alguém sem voto, foi e tomou o poder a passou a exercer esse poder com mão de ferro, quem pensa diferente, morre, inclusive com tortura”. Ele dizia que...

... “um CRISTÃO, jamais pode, nem pensar em defender ditadura, isso está fora de qualquer possibilidade de quem quer ser discípulo de Jesus”.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Quarta-feira, 14 de abril de 2021 – Internet: clique aqui (acesso em: 14/04/2021).

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