«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 1 de março de 2011

É HORA DE CAIR NA REAL (sem o Real no bolso!) - Ui!

Corte real é de R$ 13 bilhões e vai afetar
Minha Casa Minha Vida 


Do corte de R$ 53,5 bilhões na programação orçamentária deste ano, detalhado ontem pelo governo, R$ 19,6 bilhões foram em emendas feitas pelos parlamentares ao Orçamento, ou seja, reduziu-se apenas o desejo de gasto. Uma parte resultou de estimativa mais realista de algumas despesas, como é o caso da diminuição de R$ 8,9 bilhões na previsão de gastos com subsídios, o que não representa um corte efetivo. O mesmo pode ser dito do enxugamento de R$ 5,1 bilhões do programa Minha Casa Minha Vida, cuja fase dois ainda depende de aprovação do Congresso Nacional. Mas uma parcela de R$ 13,1 bilhões subtraída da lei orçamentária atingiu diretamente os ministérios e será efetivamente um corte na carne.

A reportagem é de Ribamar Oliveira e Luciana Otoni e publicada pelo jornal Valor, 01-03-2011.

Desses R$ 13,1 bilhões, R$ 9,7 bilhões terão que ser cortados nas despesas de custeio da máquina pública federal e R$ 3,4 bilhões nos chamados investimentos administrativos, com a suspensão de novas aquisições, aluguéis e reformas de imóveis e aluguel de veículos, máquinas e equipamentos.

Entre as medidas de ajuste no custeio da máquina, a presidente Dilma Rousseff deverá baixar hoje decreto reduzindo em 50% as despesas com diárias e passagens do funcionalismo. A redução será de 25% nas áreas de fiscalização e de poder de polícia. Nem mesmo o Ministério da Educação escapará. Ele terá que enxugar R$ 1,5 bilhão em seus gastos de custeio, segundo informou ontem a secretária de Orçamento Federal, Célia Corrêa.

O governo decidiu também não utilizar R$ 3,5 bilhões de uma reserva de R$ 5 bilhões que tinha feito para contratar novos servidores públicos e para conceder reajustes salariais e reformular carreiras. "Não haverá novos concursos, não serão contratados novos servidores e não haverá novos reajustes salariais, apenas aqueles que já foram concedidos serão mantidos", explicou Célia Corrêa.

Além disso, o governo decidiu reduzir as despesas programadas com o abono salarial e com o seguro-desemprego em R$ 3 bilhões. A secretária de Orçamento admitiu que essa é "uma meta" e que, para atingi-la, o governo poderá até mesmo reduzir o prazo de duração do benefício do seguro-desemprego, hoje fixado em cinco meses. "Em algum momento essa legislação será readequada", disse. "Isso não está descartado", acrescentou.

O ajuste detalhado ontem foi maior do que os R$ 50 bilhões inicialmente anunciados porque o governo aumentou o Orçamento deste ano em R$ 3,5 bilhões, por meio de medidas provisórias, para cobrir despesas extraordinárias, como aquelas decorrentes das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro. Do total cortado, R$ 36,2 bilhões foram em despesas discricionárias, R$ 15,76 bilhões foram reestimativas de despesas obrigatórias e R$ 1,6 bilhão resultou de vetos da presidente Dilma à lei orçamentária.

O Ministério da Defesa foi um dos mais atingidos pelo ajuste, pois perdeu R$ 4,38 bilhões. Este corte atingirá a construção do submarino de propulsão nuclear, numa parceria da Marinha com a França, a produção de helicopteros e do cargueiro KC-390 pela Embraer. "O Ministério da Defesa terá que reduzir a sua manutenção operativa e rever contratos em vigor", observou a secretária de Orçamento.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por sua vez, assegurou que não existem recursos para a compra de novos caças pela Força Aérea este ano. "Não há espaço fiscal para a compra desses caças em 2011", disse.

Embora aparentemente tenha sido o mais atingido pelos cortes, o Ministério de Turismo não sofreu tanto assim. O seu orçamento original era de pouco mais de R$ 800 milhões quando chegou ao Congresso Nacional, na proposta encaminhada pelo Executivo. Com as emendas dos parlamentares, o Turismo ficou com um orçamento de R$ 3,6 bilhões. O corte realizado atingiu, portanto, basicamente as emendas dos deputados e senadores.

O corte orçamentário não está concluído. Não foi considerado no ajuste detalhado ontem a perda de receita com a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5%, já anunciada pelo governo, e o reajuste do programa Bolsa Família. Apenas com a correção da tabela do IR, o governo estimar perder R$ 2,2 bilhões. Com o reajuste do Bolsa Família, a estimativa extraoficial é de uma despesa de R$ 1,2 bilhão.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, explicou que essas questões serão consideradas durante a reestimativa das receitas e despesas orçamentárias que será feita, por determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), por volta do dia 20 de março. Nesse documento, que será enviado ao Congresso Nacional, o governo calculará também os cortes que serão feitos nas despesas do Legislativo e do Judiciário. O corte de ontem atingiu apenas as despesas do Executivo. A necessidade de um novo corte no dia 20 de março dependerá do comportamento da receita.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - On-Line - Dia 01/03/2011 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=41034

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