«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 24 de março de 2011

BALANÇO DA EDUCAÇÃO PAULISTA


O desempenho dos estudantes de ensino médio caiu pelo segundo ano consecutivo na avaliação do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). As provas foram aplicadas no final de 2010 aos alunos da 3.ª, 5.ª, 7.ª e 9.ª séries do ensino fundamental e da 3.ª série do ensino médio das 5.065 escolas da rede pública paulista.

Concebido com o objetivo de subsidiar as políticas de educação do governo estadual, o Saresp já está em sua 13.ª edição. A avaliação mede os conhecimentos dos alunos em língua portuguesa, matemática e ciências. O Saresp também propicia um quadro comparativo do desempenho das escolas da rede pública e um balanço do chamado fluxo escolar - que compreende as aprovações, as reprovações e as taxas de abandono ou evasão. Com base nas notas em cada prova, as autoridades educacionais calculam o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), que vai de 0 a 10.

Os piores desempenhos no último Saresp foram registrados na 9.ª série do ensino fundamental e na 3.ª série do ensino médio. Essas foram as duas séries com o maior número de estudantes com conceito insuficiente - ou seja, reprovados. Entre 2009 e 2010, o desempenho dos alunos da 3.ª série do ensino médio caiu de 274,6 pontos para 265, em língua portuguesa, e de 269,4 para 269,2 pontos, em matemática. Por causa dessa queda, o Idesp da série recuou de 1,98 para 1,81. Na 9.ª série do ensino fundamental, as notas em matemática despencaram de 251,5 pontos para 243,3 e as notas em língua portuguesa passaram de 236,3 pontos para 229,2. Como consequência, o Idesp dessa série, que havia ficado em 2,84, em 2009, diminuiu para 2,52, no ano passado.

Entre as séries que tiveram melhor desempenho médio e maior número absoluto de alunos aprovados na 13.ª edição do Saresp, destacou-se o 5.º ano do ensino fundamental. Em matemática, o desempenho dos alunos saltou de 201,4 pontos para 204,6, entre 2009 e 2010. Em língua portuguesa não houve mudança no período. Nesta disciplina, os alunos obtiveram 190,4 pontos, em 2009 e em 2010. Graças à avaliação positiva em matemática, o Idesp desta série passou de 3,86 para 3,96.

O Idesp também serve para calcular o bônus dos professores das escolas estaduais com melhor desempenho, que começarão a ser pagos na próxima semana. O bônus é proporcional ao resultado obtido pela escola no Saresp e pelo cumprimento das metas de desempenho definidas pela rede pública para a escola. Professores e funcionários das escolas que atingem 100% das metas recebem 2,4 salários de prêmio.

Por causa das quedas registradas na 9.ª série do ensino fundamental e na 3.ª série do ensino básico, o número de escolas que não receberão bônus este ano triplicou. Com base no Saresp de 2010, 29,1% da rede pública - 1.474 escolas - não será contemplada, por não ter atingido as metas de desempenho. No ano passado, com base no Saresp de 2009, o porcentual foi de 9,9% - 510 escolas.

Os números mostram que, apesar de o governo estadual ter aumentando os investimentos no setor nos últimos anos, a qualidade média da educação da rede pública estadual piorou. No ensino fundamental, a maioria dos alunos continua sem saber ler e escrever e com enormes dificuldades no domínio das mais elementares técnicas matemáticas. Já na 3.ª série do ensino médio, que antecede os vestibulares, a maioria dos estudantes deixa a escola com dificuldades de leitura, sem saber fazer reflexões abstratas numa redação e sem conseguir resolver equações.

As autoridades estaduais atribuem os números negativos do Saresp de 2010 a dois fatores. Um deles é a rotatividade dos docentes, que prejudica o aprendizado dos estudantes. O segundo fator é o número insuficiente de professores. Quaisquer que sejam as explicações, o fato é que, no Estado mais rico da Federação, o ensino público básico continua muito abaixo dos padrões necessários para a formação do capital humano de que o País precisa para crescer.

Fonte: O Estado de S. Paulo - Quinta-feira, 24 de março de 2011 - Pg. A3 - Internet: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110324/not_imp696491,0.php

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