«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 6 de março de 2011

GOVERNO PREPARA MUDANÇAS NO CÂMBIO


Fabio Graner
Dólar atinge a menor cotação desde 2008, abaixo do piso defendido pela Fazenda; governo pode anunciar medidas depois do carnaval

Preocupado com a nova rodada de valorização do real, que ontem atingiu o maior valor desde agosto de 2008, o governo prepara novas medidas na área cambial, segundo informou ao "Estado" uma fonte do Ministério da Fazenda. O ministro Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, discutiram o assunto nos últimos dias e novas iniciativas já estão praticamente prontas pela área técnica do governo.

Segundo a mesma fonte, há grande chance de ela sair logo depois do carnaval. "Será uma medida forte", disse. Para enfrentar a valorização da moeda brasileira, o governo já elevou duas vezes o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em renda fixa (hoje está em 6%), alterou normas de forma a limitar a aposta dos bancos na alta do real, voltou a colocar swaps cambiais reversos (instrumentos equivalentes a compras de dólares no mercado futuro) e também criou o leilão a termo de câmbio, que é uma operação feita em um dia com entrega em data futura.

Entre as medidas possíveis de serem utilizadas para enfrentar a "guerra cambial", evitar a valorização do real e garantir a competitividade do setor exportador brasileiro está a compra de moeda estrangeira por meio do Fundo Soberano do Brasil (FSB). O governo tem autorização para operar com o FSB, mas ainda não acionou as compras.

Quarentena. Outra possibilidade que já foi mencionada por fontes do governo seria a adoção de medidas de controle cambial, como uma elevação brusca da alíquota do IOF no ingresso de capitais no País até a opção de maior rejeição pelo mercado externo, que é a imposição de uma quarentena para o ingresso de capitais. Existe uma preocupação do governo de deixar claro que ele não pretende criar qualquer dificuldade à saída de capitais estrangeiros.

Ontem, o dólar fechou negociado abaixo de R$ 1,65, o mais recente piso informal que vinha sendo defendido de forma bem sucedida pelo governo.
A cotação de fechamento no balcão foi de R$ 1,644, queda de 0,42% sobre a cotação de anteontem. Na semana, a queda acumulada é de 1,14%. Vale lembrar que o Banco Central atuou fortemente nesta semana para conter a escalada do real, usando as três modalidades de intervenção (compras à vista, swaps reversos e leilões no mercado à termo).

O movimento de perda de valor do dólar ocorre em vários lugares do mundo por conta da baixa taxa de juros e da emissão de moeda nos Estados Unidos. Assim, muitas empresas nacionais têm buscado captar recursos no exterior, o que ajudou a inflar os números do fluxo de dólares no primeiro bimestre de 2011 - no total, o fluxo cambial em janeiro e fevereiro, faltando um dia para fechar o resultado do mês passado, superava os US$ 20 bilhões.

Além disso, o Brasil tem sido um dos destinos preferidos do capital estrangeiro por conta de seu crescimento econômico ser um dos mais fortes do mundo e pelas perspectivas relativas aos grandes eventos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, além da exploração do petróleo na camada pré-sal.
Também não se pode desprezar o efeito que o processo de alta dos juros em curso pelo Banco Central poderá vir a ter. Desde a alta do IOF para investimento estrangeiro em renda fixa, esse segmento teve uma diminuição significativa nos fluxos para o País. Contudo a alta da Selic em tese tende a diminuir o peso do tributo e a atrair mais capital para especular com os títulos do governo.

Fonte: O Estado de S. Paulo - Sábado, 5 de março de 2011 - Pg. B4 - Internet: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110305/not_imp687989,0.php

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