«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 8 de março de 2011

Uma nova evangelização para decifrar os sinais dos tempos


Apresentados os Lineamenta para o Sínodo dos Bispos de 2012

“Uma atitude, um estilo audaz” que se traduz na “capacidade por parte do cristianismo de ler e decifrar os novos cenários dentro da história dos homens, para habitá-los e tranformá-los em lugares de testemunho e anúncio do Evangelho”.

Tudo isso é “nova evangelização”, segundo os Lineamenta da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre o tema da Nova evangelizatio ad christianam fidem tradendamA nova evangelização para a transmissão da fé cristã –, texto apresentado na sexta-feira em Roma à imprensa.

A questão da transmissão da fé estará no centro dos trabalhos sinodais, que serão realizados no Vaticano, de 7 a 28 de outubro de 2012.

“Um segundo acontecimento – explicou Dom Nikola Eterović (foto acima), secretário geral do Sínodo dos Bispos – influenciou na eleição definitiva do tema do Sínodo: a decisão do Papa de criar em 21 de setembro de 2010 o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização.

Os próprios Lineamenta oferecem a “distinção teórica” entre “nova evangelização que se dirige principalmente àqueles que se afastaram da Igreja, às pessoas batizadas mas não suficientemente evangelizadas”, da “evangelização como atividade regular da Igreja” e do “primeiro anúncio ad gentes àqueles que ainda não conhecem Jesus Cristo", precisando contudo que “as três categorias às vezes convivem no mesmo território; sendo assim, as Igrejas locais devem praticá-las contemporaneamente, sobretudo por causa da globalização e do movimento das populações”.

A XIII assembleia sinodal se coloca portanto “no renovado compromisso da evangelização que a Igreja empreendeu à raiz do Concílio Vaticano II”, na consciência de que “ela existe para evangelizar e, para levar esta tarefa de modo adequado, a Igreja começa por evangelizar-se a si mesma”.

A nova evangelização – sublinham os Lineamenta – não se trata de voltar a fazer algo que se fez mal ou que não funcionou. Implica “o valor de tentar novos caminhos, frente às condições mudadas dentro das quais a Igreja está chamada a viver hoje o anúncio do Evangelho”.

Cenários

“Os desafios que o contexto cultural e social atual lançam à fé cristã – explicou Dom Eterović – indicam-se nos Lineamenta em seis cenários.”

O primeiro é a secularização. “Ainda que interesse principalmente ao mundo ocidental, dele se difunde para o mundo inteiro”, assumindo “um tom de renúncia que invadiu a vida cotidiana das pessoas, e desenvolvendo uma mentalidade em que Deus está de fato ausente”.

Outros desafios são lançados no fenômeno migratório ligado à globalização, pela revolução informática com “os benefícios e os riscos da cultura mediática e digital”, pelo cenário econômico, com os “crescentes desequilíbrios entre o norte e o sul do mundo”.

A isso se acrescenta a relação entre a ciência e a técnica, que correm o risco de se “converter nos novos ídolos do presente”, e as mudanças de época das últimas décadas no campo político, que estão criando “uma situação mundial com novos atores políticos, econômicos e religiosos, como no mundo asiático e islâmico”.

Frente a esses novos cenários – sublinhou Eterović – os cristãos, além de uma obra de discernimento, são chamados a “dar sabor evangélico aos grandes valores da paz, da justiça, do desenvolvimento, da libertação dos povos, do respeito aos direitos humanos e dos povos, sobretudo das minorias, como também da salvaguarda da criação e do futuro de nosso planeta”.

Segundo Dom Eterović, “o clima cultural e a situação de cansaço em que se encontram muitas comunidades correm o risco de debilitar a capacidade de anúncio, de testemunho ou de educação à fé de nossas Igrejas locais”. Na sociedade atual, “toda ação educativa parece muito difícil”.

A nova evangelização também é “chamada a se ocupar do compromisso cultural e educativo da Igreja”, mas isso precisa mais de “testemunhos do que de professores”. Qualquer projeto de anúncio e de transmissão da fé, de “nova evangelização”, não pode prescindir da necessidade de “homens e mulheres que com sua conduta de vida dão força ao compromisso evangelizador que vivem”.

“A nova evangelização – concluiu Dom Eterović – deveria se converter no novo cenáculo no qual a Igreja, com a graça do Espírito Santo, encontrará não um novo Evangelho, mas uma resposta adequada aos sinais dos tempos e às necessidades dos homens e dos povos de hoje”, assim como “os novos cenários que desenham a cultura através da qual narramos nossas identidades”.
(Chiara Santomiero)

Para ler o documento, acessar: http://www.zenit.org/article-27423?l=portuguese

Fonte: ZENIT - Dia 7 de março de 2011 - Internet: http://www.zenit.org/article-27425?l=portuguese

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