«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

''Misericórdia aos católicos em segunda união''

Alessandro Alviani
Vatican Insider
03.09.2011

O apelo do presidente dos bispos da Alemanha

O presidente da Conferência Episcopal Alemã, Robert Zollitsch [foto ao lado], está convencido de que, em um futuro não muito distante, a Igreja Católica irá reformar a sua atitude para com os fiéis divorciados e em segunda união. "É uma questão de misericórdia. Em breve, falaremos disso intensamente", disse Zollitsch em entrevista à revista alemã Die Zeit. Ele não crê que o fim do celibato "seja a solução para a Igreja mundial, mas acredito que daremos passos à frente na questão das pessoas divorciadas e que se casaram novamente – e acredito que os daremos enquanto eu ainda estiver vivo", continuou o arcebispo de 73 anos de Friburgo.

Hoje, os católicos divorciados e em segunda união não podem tomar a comunhão. O tema tem um papel indireto às vésperas da visita do papa à Alemanha, agendada para os dias 22 a 25 de setembro: Bento XVI foi convidado pelo presidente alemão, Christian Wulff, católico separado e em segunda união. "Para mim", afirmou Zollitsch, Wulff "é um católico que vive a sua fé e sofre com a situação".

O presidente dos bispos alemães mostrou depois um certo descontentamento com a lentidão das reformas dentro da Igreja Católica: "Às vezes, eu também corro o risco de me cansar e penso: por que não se vai mais rápido? Às vezes, eu tenho que infundir em mim mesmo a paciência necessária". Em Roma, continuou Zollitsch, há ambientes que "imediatamente sentem o cheiro de apostasia quando, na Alemanha, discutimos de um modo um pouco mais controverso". Aqui, no entanto, "debatemos as questões de fé de uma forma diferente do que na Itália. Essa abertura à discussão que temos na Alemanha não é entendida facilmente em Roma", certamente não por parte do papa, mas de "alguns cardeais".

Trata-se, admitiu, de uma consequência da Reforma Protestante: "Em Roma, a Alemanha é vista – não pelo Santo Padre – como o país do cisma". No restante do mundo, a Igreja Católica alemã é apreciada, ao contrário, como uma financiadora. "Os alemães contam muito em qualquer lugar em que haja alguém que precisa de dinheiro", observou Zollitsch. Hoje, ele lembra, os custos para a formação dos sacerdotes na América Latina são em grande parte cobertos pela Alemanha, que também financia 60% dos padres do Sul da África.

Quanto à visita do papa à Alemanha, o presidente dos bispos alemães é claro: "Não devemos sobrecarregá-la de muitas expectativas: ele mesmo é muito realista e explica que não se pode pensar que, no dia seguinte a essa visita, tudo será diferente na Alemanha". Bento XVI, no entanto, lançará "um impulso" à questão do ecumenismo.

Na entrevista, Zollitsch fala, por fim, sobre a relação entre católicos e política. "Estou feliz por haver um partido que tem no seu nome o 'C' de "cristão", observa, referindo-se ao CDU, o Partido Cristão-Democrata da chanceler Angela Merkel, e ao seu irmão gêmeo bávaro CSU.

Porém, hoje, mais do que nunca, todo católico deve ponderar sozinho a sua decisão de voto, acrescentou o chefe da Conferência Episcopal, que também elogia os Verdes alemães: mudaram, e hoje, nas suas posições, há diversos pontos em comum com as convicções cristãs.

Tradução de Moisés Sbardelotto.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - On-Line - 05/09/2011 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=47066

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