«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

SAÚDE: Lá em NY e aqui na real

ELIANE CANTANHÊDE

Nós e o mundo temos neste momento, via saúde, uma boa amostra dos dois Brasis de encantos mil: um em Nova York, com Dilma enaltecendo as maravilhas conquistadas, e outro aqui, com suas mazelas inacreditáveis.


Lá, a presidente diz, ao lado do ministro Alexandre Padilha, que a prioridade é a saúde da mulher e enaltece os remédios gratuitos para diabetes e hipertensão, os exames preventivos de mama e de colo de útero e os avanços no setor.


Cá, a Folha publica que dez Estados não investiram o mínimo de 12% de suas receitas em saúde em 2009, retirando R$ 2 bilhões de uma área vital, literalmente. E o "Globo" informa que, sem controle, a infecção hospitalar mata 100 mil ao ano.


No copo meio cheio, há, de fato, avanços inegáveis nestas duas décadas. No copo meio vazio, a saúde dos brasileiros pobres ainda está num estado deplorável.


Há hospitais, aparelhos e médicos de ponta, para país desenvolvido nenhum botar defeito, e a medicina preventiva tem tido vitórias. Mas há milhões de desassistidos ou mal assistidos distantes do "outro Brasil".


Enquanto a primeira presidente mulher badala lá, cá a ministra Tereza Campelo dá uma forcinha ao anunciar que as grávidas do Bolsa Família terão mais R$ 32 por mês e ainda uns trocados quando amamentarem, num total de até 15 meses (gravidez e amamentação).


Somando o lá e o cá e ajustando a ótica do copo meio cheio e do meio vazio, temos que o Brasil avança, sim, em saúde, mas aos trancos e barrancos. Falta muito.


Padilha, aliás, faz um vapt-vupt: vem para a votação na Câmara da emenda 29 (sobre recursos da saúde), faz meia volta e vai a Cuba. O governo evita a qualquer custo a vinculação, como o texto original do petista Tião Viana previa, e quer uma janela aberta para a nova CPMF, vulgo CSS, pular dentro. Com o empurrão do Senado.


Fonte: Folha de S. Paulo - Opinião - Terça-feira, 20 de setembro de 2011 - Pg. A2 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2009201104.htm

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