«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

ELIMINAÇÃO DO IMPERFEITO

DENÚNCIA 
Já não vemos pessoas com doenças genéticas
L'Osservatore Romano
Vaticano

O L'Osservatore Romano denunciou o desaparecimento, ao nosso redor, das crianças marcadas por doenças genéticas.
O jornal vaticano publicou, na semana passada, um artigo intitulado “A eliminação do imperfeito”, do neonatologista Carlo Bellieni.


Censuradas pela mídia, escondidas pelos seus pais, mas sobretudo abortadas, estas crianças são vítimas de uma sociedade incapaz de aceitar a diferença. A desaceleração da pesquisa de terapias aparece como outra consequência deste fenômeno.


“Nós percebemos isso olhando ao nosso redor: já não vemos crianças 'imperfeitas', marcadas por doenças genéticas”, constata Bellieni.
“Estas crianças são descobertas de maneira sistemática antes de nascer e, uma vez identificadas, são proibidas de nascer. (…) O grave é que esta seleção já não nos surpreende: é a norma”, alertou.


Na França, recorda o especialista, 96% dos fetos afetados pela síndrome de Down [foto acima] são abortados. Recentemente, uma deputada parisiense declarou no Parlamento: “A verdadeira pergunta que me faço é: por que ainda restam 4%?”.


Em muitos países, prossegue Bellieni, “a busca dos fatores que indicam a síndrome de Down no feto é proposta a todas as mulheres grávidas”, seja por meio da amniocentese ou medindo, no feto, as marcas da síndrome de Down (claridade nucal, osso nasal) durante as ecografias.


“O desaparecimento de indivíduos com um handicap genético do panorama social se deve também a outra razão: a incapacidade da sociedade de aceitar culturalmente a diferença e o pudor das famílias que se sentem como fora da lei genética e guardam a criança doente entre seus muros domésticos”, aponta.


Bellieni se refere também a outra consequência da “diminuição numérica obtida pela seleção pré-natal e pela marginalização social: impede a pesquisa de terapias”.


Se houvesse um investimento econômico para curar as doenças genéticas, tão importante como o estabelecido para não deixar que os doentes nasçam, seriam obtidos progressos notáveis, segundo o médico.
O neonatologista alerta que “as doenças são certamente indesejáveis, mas não devem tornar o doente indesejável”.


E convida a uma maior solidariedade e a uma informação justa e equilibrada. Na França, por exemplo, lamenta que as associações de doentes “que realmente conhecem a doença” sejam “obrigadas, por lei, a informar sobre o processo a mulheres grávidas, o que pode tornar o feto não desejado devido à sua imperfeição”.


O especialista italiano denuncia também a mídia, que, frequentemente, “traça um retrato do handicap que se aproxima muitas vezes da compaixão estéril, quando coloca a pessoa com necessidades especiais em emissões sensacionalistas e de mau gosto”.


Ao contrário, “a realidade imaginada torna o mal maior que a realidade”, destaca, e acrescenta que, “em um mundo marcado pelo medo e pela busca da perfeição, a eliminação do paciente 'imperfeito' se torna uma norma social conhecida por todos: uma banalidade do mal que já não parece incomodar ninguém”.


Fonte: ZENIT.ORG - 19/09/2011 - Internet: http://www.zenit.org/article-28878?l=portuguese

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