«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Ir ao banheiro é um luxo para 120 milhões de latino-americanos

Yehude Simon
El País
26-11-2013

Na América Latina, mais gente tem acesso a um celular que a um banheiro. É isso mesmo. No Dia Mundial dos Banheiros, celebrado na última terça-feira, e criado pela ONU, a região enfrenta um dado que contrasta com os avanços sociais e econômicos dos últimos anos: cerca de 120 milhões de latino-americanos carecem de acesso a um banheiro ou um de  local com condições de higiene e segurança para realizar suas necessidades fisiológicas.

Mais de 4.000 crianças morrem diariamente no mundo por falta de acesso adequado a água e saneamento básico, um problema que afeta a 2 bilhões e 500 milhões de pessoas, quase um terço da população mundial.

Fora das cidades, o problema é ainda mais grave. Um terço dos moradores de áreas rurais na América Latina estão potencialmente expostos ao contato com suas próprias fezes, já que carecem de um sistema de separação de suas necessidades, como uma rede de esgoto. Nas cidades latino-americanas, 13% dos habitantes sofrem dessa exposição.

“Nas áreas urbanas, temos uma abrangência similar à de outros países em desenvolvimento, mas nas áreas rurais, a situação é comparável à dos países mais pobres do mundo”, afirma Ivo Imparato, diretor do Programa de Água e Saneamento para a América Latina e Caribe do Banco Mundial.

Tudo isso ocorre em uma região onde, pela primeira vez na história, o número de pessoas de classe média superou o número de pobres. Ao longo da última década, mais de 70 milhões de pessoas deixaram a pobreza e 50 milhões somaram-se à classe média, em virtude de um crescimento econômico sustentado pela solidez das políticas públicas.

Nos Objetivos do Milênio, criado pelo Banco Mundial, a região compromete-se a oferecer acesso ao saneamento básico a mais de 90% dos latino-americanos até 2015. A realidade é que, em 2011, esse percentual mal tinha chegado a 82% e especialistas acham que será difícil cumprir a meta.

Além de contribuir com o aumento da pobreza extrema e da desnutrição e mortalidade infantil, a falta de um saneamento adequado também gera altos custos econômicos.

Por exemplo, na Nicarágua, onde a metade da população carece de um local adequado para suas necessidades fisiológicas, se perdem cerca de 95 milhões de dólares ao ano por falta de saneamento. Com esse montante se poderia custear a educação de 470.000 estudantes, segundo um estudo do Banco Mundial. Trata-se de um gritante desperdício de recursos, se levado em conta que:

a cada dólar investido em água potável e saneamento, 
podem ser poupados até 34 dólares em custos de saúde e educação, entre outros.

Na opinião de especialistas, nesses investimentos reside a chave do próximo grande salto econômico qualitativo da região.

“Experimentamos, apesar da crise mundial, dez anos de crescimento extraordinário, mas sem esses investimentos em saneamento e sem conseguir os benefícios de saúde, não há como impulsionar esse salto”, afirma Ede Ijjász Vázquez, diretor regional de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Quarta-feira, 4 de dezembro de 2013 - Internet: clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.