«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

“Se falta a profecia na Igreja, prevalece o clericalismo”, afirma Papa Francisco

Domenico Agasso Jr.
Vatican Insider
16-12-2013

Se falta a profecia na Igreja, falta a própria vida do Senhor, e assim ganha força o clericalismo. 
Foi o que disse o papa Francisco, na Missa presidida nesta manhã 
(terceira segunda-feira do Advento) 
na Casa de Santa Marta, de acordo com a Rádio Vaticana.
Papa Francisco

O Pontífice explicou quem é o profeta comentando as Leituras do dia: é o que escuta a palavra de Deus, o que é capaz de ver o tempo presente e se projetar no futuro. “Tem dentro de si esses três momentos”: o passado, o presente e o futuro.

“O passado: o profeta é consciente da promessa e mantém dentro de seu coração a promessa de Deus, dando-lhe vida, recordando e a repetindo. Em seguida, olha o presente, olha o seu povo e sente a força do Espírito para lhes dizer uma palavra que os ajude a se levantar, a continuar o caminho para o futuro”. Portanto, o profeta é um homem “de três tempos: promessa do passado; contemplação do presente; coragem para indicar o caminho para o futuro”.

Deus “sempre guardou seu povo com os profetas – continuou o Papa – nos momentos difíceis, nos momentos em que o Povo estava abatido ou destruído, quando o Templo não existia, quando Jerusalém estava sob o poder dos inimigos, quando o povo perguntava a si mesmo: “Mas, Senhor! Fizeste-me essa promessa! E, agora, o que acontece?”.

Ocorre também “no coração da Virgem – recordou Francisco – quando estava aos pés da Cruz”. É justamente nesses momentos que “é necessário a intervenção do profeta. E nem sempre o profeta é recebido, muitas vezes é rejeitado”. O Pontífice, como fez em dias passados, recordou que “o próprio Jesus disse aos Fariseus que seus pais mataram aos profetas porque diziam coisas que não eram agradáveis: diziam a verdade, recordavam a promessa! E quando no povo de Deus falta a profecia – observou novamente o Papa – falta algo: falta a vida do Senhor!”.

Em seguida, Francisco acrescentou: “Quando não há profecia a força cai sobre a legalidade”, prevalece o legalismo. De fato, no Evangelho se lê que os “sacerdotes foram até Jesus para lhe pedir a cartilha da legalidade: Com que autoridade faz essas coisas? Nós somos os patrões do Templo!”. Não entendiam as profecias - disse o Papa -. Haviam esquecido a promessa. Não sabiam ler os sinais do momento, não tinham olhos penetrantes e nem tinham ouvido a Palavra de Deus: somente tinham a autoridade!”.

E quando “no povo de Deus não existe a profecia, o vazio que deixa é ocupado pelo clericalismo”. E é justamente esse clericalismo que diz a Jesus: “Com que autoridade faz essas coisas? Com que legalidade?”. E assim “a memória da promessa e a esperança de ir adiante se veem reduzidas somente ao presente: nem passado, nem futuro esperançoso. O presente é legal. Se é legal segue adiante”.

Contudo, impera o legalismo, a Palavra de Deus não é percebida, não existe, e os crentes “choram” porque lhes falta a profecia e não encontram a Deus. Choram “como chorava a mãe Ana, a mãe de Samuel, pedindo a fecundidade do povo, a fecundidade que vem da força de Deus, quando Ele nos desperta a memória de sua promessa e nos empurra para o futuro, com a esperança. Isso é o profeta! Este é o homem de olhar penetrante e que escuta a palavra de Deus”.

O Papa concluiu com algumas invocações: “Que nossa oração, nesses dias em que nos preparamos para o Natal do Senhor, seja: “Senhor, que não faltem os profetas em seu povo!”. Todos nós que fomos batizados, somos profetas. “Senhor, que não nos esqueçamos da sua promessa! Que não nos cansemos de seguir adiante! Que não nos fechemos na legalidade que tranca as portas! Senhor, liberta o seu povo do espírito do clericalismo e o ajude com o espírito da profecia”.

Tradução do Cepat.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos - Notícias - Terça-feira, 17 de dezembro de 2013 - Internet: clique aqui.

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