«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O ranking das universidades

Editorial
Universidade de São Paulo - Cidade Universitária (São Paulo): Entre 226 e 250° lugar
A primeira brasileira a aparecer no ranking de 400 universidades da Times Higher Education é a USP. A instituição caiu ao menos 68 posições em relação ao ranking de 2012, quando apareceu no 158° lugar. A universidade, fundada em 1934, tem mais de 91 mil alunos matriculados, quase 28 mil deles na pós-graduação. O ranking da Times Higher Education 2013 foi publicado nesta quarta-feira (2). A posição específica no ranking não é informada pelo THE, que, a partir do 200º lugar, divulga os resultados em grupos de universidades


Não é apenas o ensino básico brasileiro que vem se saindo muito mal nas avaliações comparativas com os sistemas educacionais de outros países realizadas por organismos multilaterais. O mesmo ocorre com o ensino superior.

No levantamento da Times Higher Education sobre a qualidade das universidades dos Brics [Brasil, Rússia, Índia, Coreia do Sul e África do Sul] e países emergentes, divulgado esta semana, quatro instituições brasileiras foram classificadas entre as cem melhores. Nenhuma delas, contudo, ficou no topo da lista. Há dois meses, a Times Higher Education havia divulgado um estudo mostrando que o Brasil não teve nenhuma universidade incluída na lista das 200 melhores do mundo, em 2013. A instituição brasileira melhor classificada, a USP, em 158.º lugar no ranking de 2011, despencou para a faixa entre o 226.º e o 250.º lugares, este ano.

Os estudos comparativos da Times Higher Education avaliam: 
  • o desempenho dos estudantes, 
  • o nível de internacionalização de cada universidade e 
  • sua produção acadêmica nas áreas de engenharia, tecnologia, artes, humanidades, ciências da vida, saúde, física e ciências sociais. 
  • Também levam em conta a relevância das pesquisas acadêmicas, 
  • a regularidade da publicação de artigos nas revistas científicas mais conceituadas e o número de vezes que são citados. 
  • E medem, ainda, o nível de absorção, pelas empresas, das ideias e das tecnologias inovadoras desenvolvidas pelas universidades.
No ranking das instituições de ensino superior dos Brics e dos países emergentes, as universidades asiáticas alcançaram o mesmo destaque que suas escolas de ensino básico obtiveram na edição de 2012 do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa). Só a China classificou 23 universidades - 4 delas entre as 10 melhores. A Turquia classificou 3 universidades no topo da lista. A USP [Universidade de São Paulo] ficou na 11.ª posição, abaixo de instituições da China, da Turquia, de Taiwan, da Rússia e da África do Sul. A segunda universidade brasileira melhor classificada foi a Unicamp [Universidade Estadual de Campinas], em 24.º lugar. Em seguida vêm a UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro] e a Unesp [Universidade Estadual de São Paulo], em 60.º e 87.º lugares, respectivamente.

O péssimo desempenho das universidades brasileiras nas avaliações internacionais causa preocupação entre os especialistas em ensino superior. Professor da Unicamp, com doutorado na Universidade de Tel-Aviv e pós-doutorado em universidades francesas, o físico Leandro Russovski Tessler classificou como "trágicas" as colocações das universidades brasileiras no ranking da Times Higher Education. Os coordenadores da pesquisa disseram que nossas universidades tiveram um desempenho "decepcionante" e afirmaram que "o ensino superior do Brasil não condiz com o tamanho de sua economia".

Entre os principais problemas das universidades brasileiras, destacam-se: 
  • a falta de recursos financeiros e humanos para pesquisa, 
  • falta de infraestrutura, 
  • falta de intercâmbio, 
  • baixo número de publicações em revistas internacionais e 
  • desconhecimento de idiomas estrangeiros. 
Em outras palavras, o problema está na forma como o governo vem gerindo o ensino superior, revelando-se incapaz de planejar e de estabelecer prioridades. Enquanto China, Coreia do Sul, Cingapura e Taiwan há muito tempo investem em qualificação de docentes e centros de excelência, intercâmbio cultural e internacionalização de suas universidades, o Brasil desperdiça recursos escassos com a criação de novas instituições sem, no entanto, assegurar boas condições de funcionamento para as instituições já existentes. Na última década, o País também aumentou gastos no setor sem estabelecer metas de produtividade e sem atribuir funções específicas para cada uma das universidades públicas.

Por coincidência, o estudo da Times Higher Education foi divulgado no mesmo dia em que, ao receber o título de doutor honoris causa de uma das universidades abertas em seu governo, Lula mostrou como geriu a área de educação. "Proibimos discutir educação como gasto", disse ele, sem dedicar nenhuma palavra ao problema da má qualidade de gestão e planejamento.
Times Higher Education
Percentuais de universidades no ranking das melhores do mundo por regiões do planeta
Fonte: O Estado de S. Paulo - Notas e Informações - Quarta-feira, 11 de dezembro de 2013 - Pg. A3 - Internet: aqui.

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