«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

EMERGÊNCIA SAÚDE – ABSURDO !

No Brasil, paciente com infecção generalizada morre em 56% dos casos


CLÁUDIA COLLUCCI

Mais da metade (55,7%) dos pacientes internados com sepse (infecção generalizada) nas UTIs brasileiras acaba morrendo, revela pesquisa em 229 unidades de terapia intensiva. É o estudo mais abrangente já feito no país.

Nos EUA, a taxa de mortalidade é de 32%. Em países da Europa, como a França, de 30%. Na Austrália, de 18%.

A sepse começa com uma infecção – uma pneumonia ou uma cistite, por exemplo –, que, não tratada adequadamente, se espalha e compromete o funcionamento de vários órgãos e pode levar à morte.

A síndrome responde hoje por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil e é a principal causa de morte nessas unidades, segundo o Ilas (Instituto Latino Americano da Sepse), que realizou a pesquisa em âmbito nacional.

A alta taxa de mortes é explicada por uma série de fatores. Começa com o desconhecimento da população, que demora em procurar um hospital quando tem uma infecção. Quando lá chega, pode encontrar equipes mal preparadas para fazer o diagnóstico precoce da síndrome.

Estudo de 2010 mostra que 44% dos médicos que atendem em hospitais do país não sabiam reconhecer a sepse.

"Quanto mais tarde for diagnosticada a sepse, maior a mortalidade", diz o médico intensivista Luciano Azevedo, do Hospital Sírio-Libanês e coordenador no país de uma campanha mundial de combate à sepse.

A dona de casa Odete Santos, 69, morreu de sepse após duas semanas de sintomas que começaram com fortes dores no joelho (tinha artrose). Levada ao pronto-socorro do plano de saúde, recebeu injeções de corticoide.

"As dores só pioraram. Ela passou a ter febre, tontura, ânsia de vômito. No hospital, receitaram Plasil. Só foi internada quando já estava praticamente em coma", lembra a filha, Odete, que tem o mesmo nome da mãe.

FALTA DE RECURSOS

O levantamento mostra que não há diferenças significativas entre os índices de morte nos hospitais públicos e privados – ao todo, foram analisados hospitais públicos e privados bons e ruins. A amostra é representativa das UTIs de adultos do país – equivale a 13% das unidades. Foram investigados 2.705 pacientes internados.

Segundo Flávia Machado, vice-presidente do Ilas e professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), outro dado mostrado no estudo é que a falta de recursos nos hospitais também está associada à alta mortalidade.

Nos hospitais com mais verba, ela foi de 52%. Nos mais carentes, de 66,4%.

Segundo Flávia, com treinamento e recursos necessários, é possível reduzir as mortes. Ela cita estudo feito em nove hospitais de uma operadora de saúde que mostrou uma redução de 53% na taxa de mortalidade por sepse (de 55% para 26%) após treinamento das equipes.

POPULAÇÃO

O desconhecimento da população sobre a sepse também é mostrado em estudos. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada pelo Ilas, mostra que apenas 7% dos brasileiros já ouviram falar a palavra sepse. Na Alemanha e nos EUA, o índice é de 49% e 44%, respectivamente.

"As pessoas não conhecem os sinais [da sepse] e retardam a ida ao hospital. Nos hospitais públicos, elas sabem que vão enfrentar superlotação, dificuldade de atendimento", explica Azevedo.

Os principais sinais da síndrome são febre, mal estar, fraqueza, tontura e falta de ar. "Muita gente pensa que sepse só ocorre na UTI. Mas, em 40% dos casos, os pacientes já vêm do pronto-socorro com a síndrome", diz Flávia.

Fonte: Folha de S. Paulo – Equilíbrio e Saúde – 19/11/2014 – 02h27 – Internet: clique aqui.

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