«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sábado, 8 de outubro de 2011

País continua entre mais caros, apesar de queda do real

ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO


Preço de 30 produtos, de batata a automóvel, é em média 30% maior que em outros emergentes e desenvolvidos
Pesquisa do Movimento Brasil Eficiente compara cesta no Brasil com EUA, China e África do Sul, entre outros

A desvalorização do real nas últimas semanas não foi suficiente para tirar o Brasil da posição de um dos países mais caros do mundo
O preço de uma cesta de 30 produtos -que vão de batata a automóvel- é em média 30% maior no país do que em outros mercados emergentes e desenvolvidos.


O levantamento feito pelo MBE (Movimento Brasil Eficiente) considerou o dólar cotado a R$ 1,85. A moeda americana oscilou perto desse patamar recentemente, embora tenha recuado diante do real nos últimos dias, atingindo R$ 1,77 ontem.


Segundo o MBE, o efeito do sistema tributário sobre os custos das empresas e os preços finais dos produtos explica por que o Brasil é mais caro do que outros países, mesmo com a taxa de câmbio mais competitiva.
"O nosso sistema tributário oneroso representa enorme perda de competitividade para o produtor e injustiça do ponto de vista do consumidor", diz Paulo Rabello de Castro [foto abaixo], um dos fundadores do MBE.


IMPOSTOS EM CASCATA
Para Clóvis Panzarini, consultor da área tributária, a cobrança de impostos em cascata no Brasil prejudica tanto as empresas que atendem ao mercado doméstico como as que exportam.


"A cobrança cumulativa de impostos é algo que você não consegue eliminar quando exporta. Além disso, os produtos importados não sofrem essa mesma incidência." 


A primeira versão do estudo do MBE comparando os preços de 30 produtos no Brasil com os de outros seis países (EUA, França, Reino Unido, Austrália, África do Sul e China) foi feita em agosto. Considerou o dólar a R$ 1,60.
Com a taxa de câmbio naquele patamar, o preço da cesta de bens era quase 50% mais alto no Brasil do que na média dos sete pesquisados (incluindo o Brasil).


O MBE atualizou o estudo depois da recente desvalorização do real, que contribuiu para que a moeda brasileira recuperasse competitividade.
Mas produtos como videogame, iPod, automóvel, tênis e livro continuam sendo bem mais caros no Brasil.


"Esse levantamento deixa o rei nu, porque mostra que, mesmo tirando o efeito do câmbio apreciado, o Brasil continua caro", diz Júlio Gomes de Almeida, do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).


Cálculo do MBE indica que o dólar teria de apreciar de forma significativa para patamar próximo a R$ 2,50 para compensar o efeito negativo do regime tributário sobre os preços.
Mas economistas ressaltam que a taxa de câmbio nesse patamar geraria outras distorções indesejáveis, como encarecimento dos produtos importados, com impacto negativo sobre a inflação.
Almeida ressalta que, além do sistema tributário, fatores como excesso de burocracia e infraestrutura deficiente contribuem para elevar os custos da indústria.
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Movimento defende novo regime tributário

O MBE (Movimento Brasil Eficiente), lançado em agosto de 2010, defende uma reforma que simplifique o regime tributário brasileiro

Uma das principais propostas do MBE é a criação de um ICMS nacional - este, aglutinaria os atuais 27 ICMS estaduais e eliminaria, por sua vez, IPI, PIS, Cofins e Cide.

"A atitude vigente no país em relação ao sistema tributário é parecida com a visão que se tinha na época em que se achava que nada poderia ser feito para combater a inflação alta. É preciso mudar essa mentalidade", afirma Paulo Rabello de Castro, coordenador do MBE.

Segundo Castro, as distorções provocadas pelo regime tributário contribuem para aumentar os preços dos produtos vendidos no país em relação aos praticados em outros mercados.
"Isso faz com que qualquer deslize do câmbio torne a indústria brasileira inviável."

O economista Júlio Gomes de Almeida, do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), concorda: "Temos de admitir que o Brasil é um país muito caro e de baixa produtividade. Algo precisa ser feito".

Fonte: Folha de S. Paulo - Mercado - Sábado, 8 de outubro de 2011 - Pg. B7 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0810201111.htm e http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0810201113.htm

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