«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

REFORMAR ARQUITETURA DO SISTEMA FINANCEIRO MUNDIAL

Propostas da nota do 
Conselho Pontifício Justiça e Paz

Em sua intervenção na coletiva de imprensa de apresentação da Nota do Conselho Pontifício Justiça e Paz, “Por uma reforma do sistema financeiro internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal”, o professor Leonardo Becchetti [foto ao lado] afirmou que “a crise financeira global é uma oportunidade para reformar a arquitetura do sistema financeiro mundial, reforçar a União Europeia do ponto de vista da harmonização das políticas fiscais, procedendo de maneira mais expeditiva rumo à meta de uma unidade política, e aumentar a disciplina das políticas fiscais nacionais”.


O professor Becchetti, docente de Economia Política na universidade romana de Tor Vergata, indicou dois caminhos pelos quais avançar: o primeiro, construir um conjunto de regras de governo global que, no possível, sirvam de marco para a ação das instituições globais; o segundo, reformar o sistema financeiro internacional com uma série de propostas específicas.


Sobre o primeiro ponto, sublinhou que “o governo global é urgente e necessário para superar a assimetria entre a globalização dos mercados globais e as regras que continuam sendo sobretudo nacionais”.


“A globalização – explicou – nos torna cada vez mais interdependentes e torna praticamente impossível desinteressar-se dos problemas de outros países”, e ilustrou sobre as consequências tipo 'dominó' que houve no mundo, tanto da crise nos Estados Unidos como da União Europeia, e sobre fatores tais como a ampla possessão de títulos do tesouro americano por parte da China, ou dos gregos por parte dos bancos franceses e alemães.”


Sobre as regras para os mercados financeiros, o professor Becchetti precisou que “o documento faz próprias algumas propostas já lançadas pela lei Dodd-Frank nos Estados Unidos, e pela comissão Vickers no Reino Unido, que ainda não entraram em vigor por diversas dificuldades”.


Segundo o docente de Economia Política, o ponto fundamental, no entanto, é o de “devolver as finanças ao serviço da economia real”.
Para fazer isso, é necessário: reduzir a influência dos bancos grandes demais para quebrar; adotar a chamada Volckerrule, que impede os bancos de comerciar com os depósitos dos clientes e regulamentar de modo mais severo o marcado dos derivados que nascem como instrumentos asseguradores.


Uma quarta proposta se refere à instituição de uma taxa sobre as transações financeiras, ideia que está ganhando um vasto consenso.
Para introduzir tal taxa, existem, no entanto, quatro objeções principais.
O docente informou sobre os argumentos daqueles que se opõem à taxa sobre as transações financeiras porque: “não se pode impor, se não for no âmbito global; não haveria ingressos pela fuga de capitais; a taxa aumenta significativamente o custo do capital; a taxa reduz a liquidez dos mercados”.


Segundo o professor Becchetti, tais argumentos são “falsos ou infundados, seja pela evidência dos fatos (os dois primeiros), seja pela falta de provas (os outros dois)”.
Uma taxa sobre as transações financeiras – concluiu o docente universitário – “pode ser uma etapa importante no reequilíbrio das relações entre instituições e finanças, e a recuperação daquela confiança por parte da sociedade civil, com relação às instituições financeiras, da que temos urgente necessidade”. 


Fonte: ZENIT.ORG - 25/10/2011 - Internet: http://www.zenit.org/article-29125?l=portuguese

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