«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 19 de maio de 2015

O brasileiro e a mudança do clima


Greenpeace Brasil
 
Para 95% da população, impactos já estão sendo sentidos, como crise de água e energia;
84% afirmam que o poder público age de forma insuficiente ou não age para enfrentar o problema
 

Uma nova pesquisa do Datafolha mostra que o brasileiro está muito preocupado com as mudanças climáticas e acha que o governo não compartilha dessa preocupação.
 
Segundo o levantamento, encomendado pelo Observatório do Clima e pelo Greenpeace Brasil:
·        95% dos cidadãos acham que as mudanças climáticas já estão afetando o Brasil.
·        Para nove em cada dez entrevistados, as crises da água e energia têm relação direta com o tema,
·        sendo que para 74% há muita relação entre a falta de água e luz e as mudanças climáticas.
·        No entanto, para 84% dos entrevistados, o governo não faz nada ou faz muito pouco para enfrentar o problema.
 
O Datafolha ouviu 2.100 pessoas em todas as regiões do país.
 
“O cidadão médio tem um ótimo nível de entendimento das causas da mudança climática e de seu impacto sobre o cotidiano da população e mostra que está insatisfeito com o baixo grau de prioridade dado pelo governo a esse tema, crucial para o desenvolvimento do país”, destaca Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.
 
Os entrevistados também demonstraram vislumbrar as formas de resolver o problema. Entre as soluções apontadas estão:
·        a redução do desmatamento,
·        melhorias no transporte coletivo e
·        investimentos em energias renováveis.
 
Mais de 80% dos brasileiros acham que essas ações inclusive trarão benefícios para a economia do país.
 
A pesquisa mostrou, ainda, que o brasileiro se enxerga como parte da solução: 62% dos entrevistados estão dispostos a instalar um sistema de microgeração de energia solar em casa – equipamentos conhecidos por 74% da amostra. Diante da hipótese de ter acesso a uma linha de crédito com juros baixos e a possibilidade de vender o excesso de energia para a rede elétrica, o percentual de interessados sobe para 71%. 
“Há uma percepção bastante clara de que a microgeração de energia solar beneficia o cidadão e o país”, explica Ricardo Baitelo, coordenador de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Entre as principais vantagens citadas pelos entrevistados estão a redução nas despesas com eletricidade (82%), a redução dos impactos de secas prolongadas (77%), a segurança e confiabilidade dessa fonte (70%) e o fato de que se trata de uma alternativa às hidrelétricas (69%). Os moradores das regiões Sudeste e Nordeste foram os que demonstraram maior entusiasmo com o tema.
 
Atualmente, a microgeração de energia enfrenta vários entraves como, por exemplo, a forma como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incide sobre a geração de eletricidade do cidadão que escolhe produzir sua própria energia. Outras questões, como a criação de linhas de financiamento com baixos juros, também precisam ser resolvidas.“Trata-se de uma excelente oportunidade para o governo agir em sintonia com a vontade da sociedade brasileira”, completa Baitelo.
 
Para pressionar os governadores a assinarem o convênio nº 16 do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária), que permite aos Estados eliminar o imposto ICMS que incide na geração de eletricidade por meio de painéis solares, tornando essa energia mais barata e contribuindo para sua popularização, um abaixo-assinado está no ar desde 6 de maio.
 
Sobre a atuação do governo, a pesquisa Datafolha mostra que o brasileiro tem uma percepção bastante crítica:
·        para 48%, o governo federal está fazendo menos do que deveria em relação às mudanças climáticas;
·        para 36%, ele simplesmente não está fazendo nada.
·        Os mais críticos são os brasileiros das regiões Nordeste e Sudeste.
·        Mas, para dois terços da amostra (66%), o Brasil deveria assumir uma posição de liderança no enfrentamento do problema em nível internacional. No Nordeste, esse índice chega a 74%.
 
A pesquisa também confirma que existe um bom entendimento das causas das mudanças do clima.
 
Apresentados a nove possíveis causas, os entrevistados apontaram com mais frequência:
·        desmatamento (95%),
·        queima de petróleo (93%),
·        atividades industriais (92%),
·        queima de carvão mineral (90%) e
·        tratamento de lixo (87%).
 
Para efeito de teste, a pesquisa incluía dois fatores que não têm relação com as mudanças climáticas – ambos ficaram entre os menos apontados pelos entrevistados (El Niño, com 64%, e mudanças no comportamento do Sol, com 83%). “Considerando a forte oposição patrocinada por setores que têm interesse em negar que as mudanças climáticas sejam causadas pela ação humana, este resultado é extremamente significativo, pois mostra que o negacionismo do clima não colou no Brasil”, analisa Rittl.
 
A pesquisa foi realizada entre 11 e 13 de março de 2015. O Datafolha utilizou metodologia quantitativa, realizando entrevistas pessoais e individuais em pontos de fluxo populacional de 143 municípios de pequeno, médio e grande porte com pessoas com mais de 16 anos de idade. A margem de erro para o total da amostra é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos.
 
Fonte: Observatório do Clima – 18/05/2015 – Internet: clique aqui.

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