«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 26 de maio de 2015

URGENTE: ESTÃO VOTANDO UMA REFORMA QUE PODE PIORAR A POLÍTICA BRASILEIRA!

Eduardo Cunha enterra Comissão Especial de Reforma Política e leva a discussão do tema direto ao plenário da Câmara dos Deputados

Daniel Carvalho, Daiene Cardoso, Ricardo Della Coletta
Deputado Federal EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ) - Presidente da Câmera
está agindo para fazer aprovar uma reforma ao seu gosto
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu enterrar a Comissão Especial de Reforma Política e levar a discussão do tema direto para o plenário da Casa, onde tem uma margem de manobra maior para votar as alterações que defende. Cunha articulou com líderes próximos a ele o cancelamento da votação do parecer de Marcelo Castro (PMDB-PI), prevista para ontem, e começará a votar hoje, item por item da reforma.

A manobra, esperada desde que Cunha percebeu que poderia ser derrotado na comissão, foi costurada durante o fim de semana e consolidada ontem, em reunião na residência oficial da presidência da Câmara com líderes de PPS, DEM, PSDB, PMDB e do governo, além de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da comissão. Aliado fiel, Maia foi escolhido por Cunha para relatar a reforma política no plenário.

Inicialmente, a votação do relatório de Castro aconteceria na semana passada. Foi adiada para ontem à tarde, postergada para o início da noite e, por fim, cancelada. Marcelo Castro não participou das negociações e se mostrou indignado com a manobra. “É um gesto autoritário e desrespeitoso ao trabalho que foi feito”, disse o relator.

Apesar de discordar do distritão, Castro cedeu à pressão de Cunha e incluiu em seu relatório o modelo pelo qual são eleitos os mais votados em um Estado. Mesmo assim, Cunha é contra o texto, desqualificou o parecer e vinha trabalhando para evitar a votação. O presidente da Câmara diz que é melhor que o assunto vá a plenário sem relatório, pois o texto “engessaria” a reforma política e dificultaria ainda mais a busca por um consenso.

A tese de Cunha foi repetida como mantra por parlamentares aliados. “A melhor oportunidade para se discutir e deliberar sobre a reforma política é no plenário da Casa”, disse o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).

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Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Terça-feira, 26 de maio de 2015 – Pg. A5 – Internet: clique aqui.

Novo texto da reforma política traz propostas de Cunha e agrada a partidos nanicos

Daniel Carvalho e Nivaldo Souza

Proposta, que ignora relatório de comissão, sugere ainda o distritão como sistema para eleger deputados e acaba com reeleição
Deputado Federal RODRIGO MAIA (DEM-RJ) ex-presidente da Comissão Especial da Reforma Política,
posteriormente, "promovido" a relator da nova Proposta de Emenda à Constituição nº 14,
ao gosto de Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) apresentou aos líderes partidários na manhã desta terça-feira, 26 de maio, o novo texto da Proposta de Emenda à Constituição nº 14. A PEC da Reforma Política atende às preferências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que na segunda-feira, dia 25, enterrou a Comissão Especial criada para debater o assunto na Casa e cujo relatório não o agradava.

O texto foi feito às pressas e traz erro de digitação, além de deixar dúvidas. Pelo novo texto, prefeitos, vice-prefeitos e deputados continuarão com quatro anos de mandato e sem direito à reeleição. A regra não vale para os prefeitos eleitos em 2012 e para os governadores eleitos em 2014. Ou seja, esses poderão disputar a última reeleição do País. As eleições passam a ser coincidentes a partir de 2022. Prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos em 2020 terão mandato de apenas dois anos.

O sistema eleitoral é o distritão, modelo pelo qual os deputados federais e vereadores são escolhidos pelo sistema majoritário, assim como já são os prefeitos, vice-prefeitos e governadores. O texto não faz menção aos deputados estaduais. Hoje, a escolha de deputados e vereadores se dá por eleição proporcional, que considera toda a votação dada nos candidatos da sigla ou da coligação, além do voto na legenda. O relatório de Maia não traz regras para os mandatos de senador, como defende Cunha, mas atinge o Senado ao abordar a questão dos suplentes.

A questão do financiamento de campanha também atende ao ideal do presidente da Câmara: partidos políticos poderão receber doações de pessoas físicas e jurídicas [empresas]. Uma lei deverá estabelecer os limites máximos de arrecadação e gastos de recursos para cada cargo eletivo.

O novo relatório afrouxa a cláusula de barreira prevista pelo parecer da Comissão Especial, que estabelecia que só teriam direito a fundo partidário e tempo de rádio e TV os partidos que obtivessem no mínimo 2% dos votos válidos na última eleição para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos 1/3 dos Estados, com um mínimo de 1% do total de cada um deles. Agora, os partidos precisam eleger apenas um representante na Câmara ou no Senado para conseguir os benefícios.

O texto do novo relator da PEC da reforma política, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda passará por alterações antes de seguir para votação no plenário da Câmara, na tarde desta terça-feira, 26 de maio. Maia disse que serão feitos ajustes no texto a pedido dos líderes partidários, que tiveram acesso à redação no final desta manhã.

“Tem outros temas que foram discutidos agora que nós vamos incluir no texto a pedido dos líderes”, afirmou Maia ao deixar o gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), principal fiador do novo relatório.

Dentre as alterações mencionadas por Maia está a redução de 30 para 29 anos para governador e vice-governador. A idade mínima para presidente continuaria sendo 35 anos.

Fidelidade partidária

O texto permite uma janela de 30 dias para troca de partido a partir da promulgação da PEC. Depois disso, o político que se desligar do partido pelo qual foi eleito perderá o mandato. Nesses casos, o presidente do Legislativo empossará o suplente ou o vice no prazo de dez dias.

O texto de Rodrigo Maia determina que o presidente e do vice-presidente da República não serão mais empossados no dia 1º de janeiro, feriado, mas no primeiro dia útil de janeiro. O texto não faz menção à posse de prefeitos e governadores.

O voto passa a ser facultativo. Se aprovado o texto, apenas o alistamento é obrigatório para maiores de 18 anos. Para analfabetos e maiores de 60 anos e para maiores de 16 e menores de 18 anos. Atualmente, essas regras também valem para o voto.

No trecho que trata da suplência - ou ''sulpência'', como está grafado no texto -, a alteração é feita no Art. 9º, que trata da suplência de deputado e senador. Incluiu-se um parágrafo em que é dito que, no caso de vaga ou licença superior a 120 dias, será convocado o suplente mais bem votado.

O texto será votado no plenário da Câmara a partir desta tarde. A discussão deve se alongar até esta quinta-feira, dia 27. Deputados devem apresentar uma série de emendas que alteram o texto de Maia. O texto aprovado ainda tem que ser apreciado pelo Senado. A PEC precisa ser aprovada nas duas Casas até setembro para que tenha validade já nas próximas eleições.
Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política – 26 de maio de 2015 – 14h02 – Internet: clique aqui.

«Fizemos papel de bobo na comissão»,
diz relator da reforma política na Câmara

Daniel Carvalho, Daiene Cardoso e Ricardo Della Coletta

Deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) deve ser substituído por Rodrigo Maia (DEM-RJ) na relatoria da Comissão Especial da Casa
Deputado Federal MARCELO CASTRO (PMDB-PI) - ex-relator da Comissão Especial da Reforma Política,
que foi substituído e ignorado pelo Presidente da Câmara, Dep. Fed. Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Alijado das negociações para a votação em plenário da proposta de Reforma Política, o relator na Comissão Especial, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), disse que já esperava sua substituição. Ele ainda não foi comunicado que o relator no plenário deverá ser o presidente da Comissão, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"Fizemos papel de bobo. Três meses trabalhando arduamente e não vamos votar o relatório, que já está pronto há 20 dias. O relatório era só 99% do que ele (Eduardo Cunha) queria. Mas ele queria 100%", desabafou o relator. O peemedebista considera que o esforço de toda a comissão foi "jogado no lixo".

Castro chegou às 7h da manhã em Brasília na expectativa de votar um relatório que deveria ser apreciado na terça-feira passada (19 de maio). Por decisão de Maia, a votação do parecer ficou para ser apreciado na comissão hoje às 14h e depois foi adiado para as 18h.

O peemedebista sequer foi convidado para o almoço na residência oficial do presidente da Casa onde foi discutido a votação da matéria. "Ninguém me disse nada disso", respondeu ao Broadcast Político.

Membro da comissão especial, o deputado Silvio Torres (PSDB-SP) disse que não haveria tempo hábil para votar no colegiado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), já que diz respeito a vários itens polêmicos a serem discutidos. A luta dos partidos, na avaliação do tucano, será garantir que o texto a ser aprovado no plenário não piore o sistema em vigor. "Estamos correndo o risco de piorar o sistema", alertou.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política – 25 de maio de 2015 – 17h40 – Internet: clique aqui.

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