«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Os smartphones degradaram a sociedade

David Scott Douthit
Rebelión
23-05-2015

«Esta geração está atrofiada. Entregou sua capacidade cognitiva aos computadores e aos telefones celulares. Dá a impressão de que isto os habilitou para argumentar e discutir com os demais sem nunca parar.»

CENA CADA VEZ MAIS COMUM:
Pessoas usando seu smartphone enquanto aguardam o trem metropolitano.
Ninguém se comunica com seu próximo. Reparem!
Graças aos smartphones - ou telefones inteligentes (sic) -, as pessoas estão sempre distraídas. Neste momento, muitas pessoas não se relacionam com quem está ao seu lado, nem com o lugar onde estão. Muitas pessoas nascidas nos anos 1950, como o autor, estão eliminando-os de sua vida.

Não importa onde seja, todo mundo parece estar preso ao seu smartphone

Estava em um dos jogos de beisebol de meu filho. Minha ex-mulher e minha filha estavam na parte descoberta, atrás da base do batedor. Nenhuma delas via algo do jogo; ambas estavam com seus polegares muito ocupados, escrevendo sobre as incidências da partida. Meu filho fez o primeiro percurso completo até a placa base. Quando terminou a partida, perguntou a sua mãe se o havia visto. Ela respondeu: “Visto o quê?”.

Há uns 10 anos, procurei deixar essa coisa chamada smartphone. O problema foi que as pessoas continuaram me telefonando. Chamavam-me quando estava passeando com o cachorro. Chamavam-me quando estava fazendo a sesta. Chamavam-me e esperavam que eu respondesse imediatamente, e ficavam loucas quando não atendia. O smartphone era muito mais um problema do que uma comodidade. Joguei-o no lixo, e não voltei a ter outro.

Minha mulher e eu tivemos que colocar um cartaz na porta de entrada que dizia: “Desliguem o smartphone!”, porque seus filhos continuavam fazendo suas ligações, ou ao menos essa era a impressão que davam. A questão se agravava quando vinha um visitante e precisamente tinha que “atender esta chamada” ou se dedicava a fazer chamadas após chamadas. Ou estava sentado em uma poltrona e não levantava os olhos de seu telefone ou passava o tempo escrevendo mensagens. Você fica louco procurando conversar com alguém cuja cabeça, continuamente, não se sabe onde está.

Danos à saúde

Além disso, existe o problema das radiações das ondas emitidas pelo aparelho no cérebro do usuário. Há importantes evidências de que o smartphone provoca tumores cerebrais e outras enfermidades. Eu propus compartilhar com toda a minha família e meus amigos o risco ao qual se expõem. Geralmente, desestimulavam a advertência com um: “O quê? Todo mundo morre um dia”.

O smartphone e a disfunção erétil masculina

No entanto, meu filho possui um smartphone. Eu não permito que o aproxime de sua cabeça ou o carregue no bolso, junto aos seus testículos. Os tecidos glandulares e neuronais são muito mais sensíveis que os músculos ou os ossos. Meu filho só tem 17 anos e eu quero que possa usar seu cérebro e gerar um neto algum dia.

Esta geração está atrofiada. Entregou sua capacidade cognitiva aos computadores e aos telefones celulares. Dá a impressão de que isto os habilitou para argumentar e discutir com os demais sem nunca parar. O smartphone é uma extensão de sua atitude ácida. A gramática e as boas maneiras foram para longe. Esta geração não tem moral. O rompimento da moralidade tem muito a ver com o surgimento da tecnologia. É possível que o leitor pense que a tecnologia não afetou a moralidade, no entanto, permitiu que o lobo que está dentro de nós seja ainda mais lobo. Por aí andam os indivíduos se gabando por ter levado para a cama centenas de mulheres. Eles atribuem à tecnologia moderna a possibilidade de conhecer mais mulheres.

Muitos homens modernos não possuem nenhuma norma. A única norma que utilizam é a capacidade de manipular os demais. Justamente o contrário da Regra de Ouro, ou seja, “trata aos demais como gostaria que fosse tratado”.

Eu também procuro não utilizar o computador, devo admitir que é viciante. Os pixels excitam o cérebro como se fosse uma droga. Em outras épocas, passei muito tempo em frente a um computador. Isto não me fez mais feliz, nem mais sábio. Conhecimento e sabedoria são coisas diferentes. O conhecimento é acúmulo de informação. A sabedoria é a possibilidade de empregar corretamente esses conhecimentos. A sabedoria se consegue resolvendo situações difíceis, crise e dilemas morais da vida real. O tempo dedicado a um computador não é experiência de vida real. Acredito que irei fazer um passeio, assim exercito um pouco as pernas e a sabedoria.

Traduzido pelo Cepat. Para acessar este artigo em seu site, clique aqui.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Terça-feira, 26 de maio de 2015 – Internet: clique aqui.

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