«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 31 de maio de 2015

OS RISCOS DE UMA VIDA SEXUAL LIBERTINA!

Aplicativos e sexo de risco

Jairo Bouer
Psiquiatra

Vários parceiros, uso de álcool e drogas e encontros anônimos
são combinação perigosa
O amplo uso dos aplicativos de encontro para celulares, como Tinder e Grindr, pode estar contribuindo para o aumento do número de casos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) nos Estados Unidos. Pelo menos essa é uma das justificativas dadas pelas autoridades de saúde para explicar a explosão de casos de sífilis, gonorreia e HIV na população de adultos jovens americanos.

Múltiplos parceiros, baixa adesão ao preservativo, sexo sob a influência de álcool e drogas e encontros anônimos, arranjados rapidamente pelas redes sociais e pelos aplicativos, formariam uma combinação perigosa para as práticas sexuais de risco.

Dados de Rhode Island (EUA), divulgados na última semana pelo jornal britânico Daily Mail, mostram que de 2013 para 2014 os casos de sífilis tiveram um salto da ordem de 79%, os de gonorreia aumentaram 30% e os de HIV cresceram 33%. Os especialistas afirmam que essa é uma tendência vista na maior parte do país.

O aumento tem sido mais agudo na população de homens que fazem sexo com outros homens do que na população geral. Os mais jovens também estão sob maior risco.

No Brasil podemos estar assistindo a um fenômeno semelhante. Pesquisas mais recentes mostram que, por aqui, há um aumento no número de parcerias sexuais ao longo da vida, uma resistência crescente ao uso regular de camisinha, a associação entre álcool, drogas e sexo sem proteção é comum e os casos de DSTs (inclusive HIV) não dão trégua.

Nos últimos anos há, por exemplo, um aumento preocupante do número de infecções por sífilis [ver reportagem abaixo]. A população mais jovem, sobretudo dos homens que fazem sexo com outros homens, é um grupo de atenção do Ministério da Saúde, porque a taxa de infecção por DSTs cresce em um ritmo mais acelerado. E a tecnologia também tem um peso importante nos encontros sexuais casuais dos brasileiros. O País (até recentemente) só perdia para os EUA no número de acessos no Tinder.

É interessante pensar por que um encontro que começa em um aplicativo faz com que as pessoas se cuidem menos. A pressa por sexo imediato, o anonimato, a falsa sensação de segurança que a tecnologia proporciona, a dificuldade de separar o real do virtual e o “namoro” intencional com o risco são algumas das possíveis explicações.

Uma das possibilidades para tentar reverter esse peso da tecnologia nas práticas de risco seria usar cada vez mais as plataformas de encontro para levar informações sobre sexo seguro.

HIV: quando tratar?

Outro estudo divulgado pelo Daily Mail na última semana concluiu que o tratamento para o vírus HIV, causador da aids, deve começar assim que o diagnóstico for feito, independentemente do estágio da infecção. A orientação em muitos países ainda é esperar por uma queda das células de defesa (CD4+) como indicador para o uso de medicação. No Brasil, já está autorizado o início do tratamento a qualquer momento.

O estudo Start (Strategic Timing of AntiRetroviral Treatment) foi feito em 215 centros de 35 países, desde 2011, e avaliou 4.685 homens e mulheres com mais de 18 anos. Foi o maior estudo controlado já feito no mundo sobre o tema, com metade das pessoas infectadas recebendo tratamento desde o início do diagnóstico e a outra metade esperando o momento de queda do CD4+ para níveis inferiores a 350 para tomar os remédios. A investigação, que deveria terminar no fim de 2016, foi interrompida 18 meses antes, dados os benefícios evidentes do início precoce dos antivirais.

Os pesquisadores avaliam que tratar logo cedo diminui as chances de evolução e gravidade da doença. Além disso, trabalhos anteriores demonstram que pessoas que estão em tratamento têm risco menor de transmitir o HIV para seus parceiros.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Metrópole – Domingo, 31 de maio de 2015 – Pg. A18 – Internet: clique aqui.

Notificações de casos de grávidas com sífilis aumentam 1.047%

Fabiana Cambricoli

Registros em 2005 eram de 1.863 e passaram para 21.382 em 2013; número de bebês detectados com a doença subiu 135%
Em oito anos, explodiu o número de notificações de sífilis em bebês e em gestantes no País, conforme dados do Ministério da Saúde. Segundo especialistas, a alta está associada à melhoria nos sistemas de diagnóstico, mas, principalmente, ao aumento do sexo desprotegido.

O número de grávidas com a doença passou de 1.863 em 2005 para 21.382 em 2013, alta de 1.047%. Já o número de notificações de sífilis congênita, quando a mãe passa a doença para o bebê, subiu de 5.832 para 13.705 no mesmo período, crescimento de 135%.

Segundo o Ministério da Saúde, a alta se deve ao maior acesso das gestantes ao pré-natal, o que aumenta o número de casos diagnosticados. “Estamos em um processo de aprimoramento do sistema de detecção, então não posso concluir automaticamente que o aumento de notificações significa aumento da incidência da doença. Nosso compromisso principal é fortalecer a atenção básica para detectar a doença precocemente e oferecer o tratamento à gestante”, diz Lumena Furtado, secretária de Atenção à Saúde do ministério. Ela cita um estudo feito pela pasta que mostra queda de quase 50% na prevalência da doença em gestantes entre 2004 e 2011.


Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira Jr.
Médico infectologista - Instituto Emílio Ribas
Para infectologistas, no entanto, embora a melhoria no sistema de detecção tenha contribuído para o aumento de notificações, o número de pessoas infectadas de fato vem crescendo. “Eu cuido de crianças com sífilis e esse aumento é verdadeiro. Ele está relacionado com a maior prática do sexo casual sem o uso da camisinha, o que deixa a pessoa mais exposta à sífilis e a outras doenças sexualmente transmissíveis”, diz Regina Célia de Menezes Succi, infectologista pediátrica e professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.

Adultos

Para Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior, infectologista e supervisor da equipe médica do ambulatório do Instituto Emílio Ribas, o crescimento de notificações entre gestantes e bebês indica uma alta de casos também na população em geral. “Embora não tenha estatísticas da doença em adultos, a gente sabe que está crescendo por meio da prática clínica, com o aumento de casos tanto no ambulatório do Emílio Ribas quanto nos relatos de colegas de diversas especialidades que têm feito esse diagnóstico”, diz. A notificação de sífilis em adultos só passou a ser obrigatória em outubro do ano passado.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Saúde – 29 de maio de 2015 – 03h00 – Internet: clique .

Sífilis

Sífilis pode ser uma das doenças mais perigosas transmitidas aos bebês
O que é

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.

Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

Formas de contágio

A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis congênita.

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.

Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar sem apresentar sintomas por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.

Fonte: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais – Internet: clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.