«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Não a uma economia que mata

Sim a uma economia de comunhão!

Redação

Papa Francisco acolhe 1200 empresários, jovens e estudiosos da
Economia de Comunhão de 54 países:
«O melhor e o mais concreto modo para não fazer do dinheiro um ídolo
é partilhar o mesmo com outros»

Economia e comunhão. Duas palavras que a cultura atual conserva bem separadas e, frequentemente, considera opostas. Duas palavras que vós, ao contrário, unis, aceitando o convite feito há 25 anos por Chiara Lubich [fundadora do movimento católico dos Focolares], no Brasil, quando, diante do escândalo da desigualdade na cidade de São Paulo, pediu aos empresários que se tornassem agentes de comunhão.”

Com essas palavras o papa Francisco saúda os 1200 empresários, jovens e estudiosos reunidos para festejar os 25 anos de vida da Economia de Comunhão [4 de fevereiro de 2017]: “Há tempo eu estou sinceramente interessado ao vosso projeto.” “Vós fazeis ver, com a vossa vida, que economia e comunhão tornam-se mais belas quando se coloca uma ao lado da outra. Mais bela a economia, certamente; mas, mais bela torna-se também a comunhão, porque a comunhão espiritual dos corações é ainda mais plena quando se torna comunhão de bens, de talentos, de lucros.”

Diante de um público extremamente atendo, o papa Francisco expressou três votos e fez recomendações.

1º) O dinheiro. “É muito importante que no cerne da Economia de Comunhão exista a comunhão dos vossos lucros. A Economia de Comunhão é também comunhão dos lucros, do dinheiro, expressão da comunhão de vida.” O Papa disse que o dinheiro: “torna-se ídolo quando se torna o objetivo (…). Foi Jesus que atribuiu ao dinheiro a categoria de Senhor.” E ainda: “Entende-se, portanto, o valor ético e espiritual da vossa escolha de colocar em comum os lucros. O melhor e o mais concreto modo para não fazer do dinheiro um ídolo é partilhar o mesmo com outros, especialmente com os pobres (…). Quando partilhais e doais os vossos lucros, estais fazendo um gesto de alta espiritualidade, dizendo com os fatos, ao dinheiro: tu não és Deus, tu não és senhor, tu não és patrão!

2º) A pobreza.O principal problema ético do capitalismo é a criação de descartáveis para, depois, procurar escondê-los ou cuidar para que não sejam mais vistos (…). Os aviões poluem a atmosfera, mas, com uma pequena parte do dinheiro das passagens plantarão árvores, para compensar parte do dano à criação. As empresas dos jogos de azar financiam campanhas para cuidar dos jogadores patológicos que elas criam. E, no dia em que as empresas de armas financiarão hospitais para cuidar das crianças mutiladas pelas suas bombas, o sistema terá atingido o seu ápice. A hipocrisia é isto!
PAPA FRANCISCO
com empresários que participaram do Encontro

Diante desta abominação: “a Economia de Comunhão, se quiser ser fiel ao seu carisma, não deve somente curar as vítimas do sistema, mas, construir um SISTEMA no qual as vítimas sejam sempre menos, SISTEMA no qual, possivelmente, não existam mais vítimas. Enquanto a economia produzir uma vítima e existir uma só pessoa descartável, a comunhão não é ainda realizada, a festa da fraternidade universal não é plena.”

3º) O futuro. “Esses 25 anos da vossa história demonstram que a comunhão e a empresa podem crescer e estar juntas”, uma experiência limitada ainda a um pequeno número de empresas, se comparado ao grande capital do mundo, “Mas, as transformações na ordem do espírito, portanto, da vida, não são ligadas aos grandes números. O pequeno rebanho, a lâmpada, uma moeda, um cordeiro, uma pérola, o sal, o fermento: são essas as imagens do Reino que encontramos no Evangelho. Não é necessário ser muitos para mudar a nossa história, a nossa vida: basta que o sal e o fermento não se tornem desnaturados (…), o sal não exerce a sua função crescendo em quantidade; ao contrário, muito sal torna a comida salgada; mas, salvando a sua ‘alma’, a sua qualidade.” E, lembrando o tempo no qual não existia geladeira e se partilhava porções de fermento para fazer um novo pão, o Papa estimulou os empresários da Economia de Comunhão a “a não perder o princípio ativo, a ‘enzima’ da comunhão”, praticando “a reciprocidade.” “A comunhão não é somente divisão, mas, também, multiplicação dos bens, criação de novo pão, de novos bens, de novo Bem, com letra maiúscula.” E recomendou: “Doem-na a todos, e, em primeiro lugar, aos pobres e aos jovens (…). O capitalismo conhece a filantropia, não a comunhão.”

E ainda: “Vós já fazeis essas coisas. Mas, podeis partilhar mais os lucros para combater a idolatria, transformar as estruturas para prevenir a criação das vítimas e dos descartáveis; doar ainda mais o vosso fermento para fermentar o pão de muitas pessoas. Que o ‘não’ a uma economia que mata torne-se um ‘sim’ a uma economia que faz viver, porque partilha, inclui os pobres, usa os lucros para criar comunhão.” “Faço votos de que continueis no vosso caminho, com coragem, humildade e alegria… Continuar a ser semente, sal e fermento de outra economia: a economia do Reino, no qual os ricos sabem partilhar as suas riquezas e os pobres são chamados bem-aventurados.”

Esta é a nova consciência com a qual se retoma a caminhada, com alegria e renovado compromisso.

Fonte: ZENIT.ORG – Vaticano – Segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017 – Internet: clique aqui.

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