12º Domingo do Tempo Comum – Ano A – HOMILIA
Evangelho: Mateus
10,26-33
Naquele
tempo, disse Jesus a seus apóstolos:
26 Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido.
27 O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!
28 Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!
29 Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão
sem o consentimento do vosso Pai.
30 Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados.
31 Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.
32 Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus.
33 Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus.
26 Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido.
27 O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!
28 Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!
29 Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão
sem o consentimento do vosso Pai.
30 Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados.
31 Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.
32 Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus.
33 Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus.
JOSÉ ANTONIO PAGOLA
NÃO TENHAIS MEDO!
A recordação da execução de Jesus estava, ainda, muito recente. Pelas comunidades cristãs circulavam diversas versões de sua Paixão. Todos sabiam que era perigoso seguir alguém que havia terminado tão mal. Recordava-se uma frase de Jesus: “O discípulo não está acima de seu mestre”. Se lhe chamaram de Belzebu [o príncipe dos demônios], o que não dirão de seus seguidores?
Jesus
não queria que seus discípulos alimentassem falsas ilusões. Ninguém pode pretender segui-lo, de verdade, sem compartilhar, de
alguma maneira, sua sorte. Em algum momento, alguém o rejeitará, maltratará,
insultará ou condenará. O que fazer?
A
resposta brota de dentro de Jesus: “Não
tenhais medo”. O medo é mal. Não deve, jamais, paralisar seus discípulos.
Não devem se calar. Não devem cessar de
propagar a mensagem de Jesus por nenhum motivo.
Jesus
lhes explicará como devem se comportar diante da perseguição. Com ele começou a
revelação da Boa Notícia de Deus. Devem confiar. Aquilo que, ainda, está “encoberto”
e “escondido” a muitos, um dia ficará patente: se conhecerá o Mistério de Deus,
seu amor ao ser humano e seu projeto de uma vida mais feliz para todos.
Os seguidores de Jesus são chamados a tomar
parte ativa, desde já, nesse processo de revelação: “O que vos digo de noite, dizei-o em pleno
dia”. Aquilo que ele lhes explica ao anoitecer, antes de retirar-se para
descansar, devem comunicá-lo sem medo “em pleno dia”. “O que eu vos digo ao ouvido, proclamai-o de cima dos telhados”. Aquilo
que ele lhes sussurra ao ouvido para que penetre bem em seu coração, devem
fazê-lo em público.
Jesus
insiste para que não tenham medo. “Quem se coloca ao meu lado”, nada há de
temer. O último juízo será uma alegre surpresa. O juiz será “meu Pai do céu”,
que vos ama sem fim. O defensor serei eu mesmo, que “me colocarei da vossa parte”.
Quem pode nos infundir mais esperança em meio às provações?
Jesus imaginava seus seguidores como um
grupo de crentes que sabem “colocar-se ao seu lado” sem medo. Por
que somos tão pouco livres para abrir caminhos novos e mais fiéis a Jesus? Por
que não nos atrevemos a destacar de maneira simples, clara e concreta o
essencial do Evangelho?
Traduzido
do espanhol por Telmo José Amaral de
Figueiredo.
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