Educação no Brasil é um "negócio da China"
Redação
Lucro
das empresas é garantido pelo governo que investe em educação privada de baixo
custo
O
jornal norte americano The New York Times ressaltou em reportagem publicada
nesta sexta-feira (20), que a educação superior no Brasil se tornou um grande
negócio para empresas que buscam lucro neste setor.
Enquanto
as instituições privadas sofrem nos Estados Unidos, a indústria da educação no
Brasil está recebendo um caloroso incentivo, uma vez que o governo tenta cobrir
a demanda por educação superior privada de baixo custo.
Entre
os programas que auxiliam o crescimento do mercado estão o ProUni (Programa
Universidade para Todos), que financia bolsas e o Fies (Fundo de Financiamento
Estudantil), que concede empréstimos para os estudantes.
O
crescimento do negócio pode ser comprovado nos números. Segundo a reportagem do
jornal americano, de 2002 a 2012, o
número de estudantes em universidades do Brasil dobrou e atingiu 7 milhões.
Mesmo assim, com apenas 17% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos em
faculdades, há um buraco que precisa ser coberto.
A meta
do governo brasileiro é elevar esse índice para 33% em 2020. Para cobrir essa
demanda, fundos americanos e brasileiros e companhias que investem
essencialmente em empresas não listadas em bolsa de valores, com o objetivo
de alavancar seu desenvolvimento estão
comprando e realizando fusões de instituições educacionais em um ritmo muito
rápido.
Especialistas
alertam, no entanto, que a ênfase na educação como um negócio nem sempre coloca
o estudante em primeiro lugar. Apesar dessa preocupação, esse sistema tem se
mostrado eficiente para um governo com poucos recursos.
Universidades
públicas
As universidades públicas brasileiras ainda
são consideradas as melhores no que diz respeito ao ensino e pesquisa. Mas os
estudantes dessas universidades vêm de famílias mais ricas e generosos
orçamentos para pesquisa torna o custo por estudante três vezes e meia mais
alto do que nas instituições privadas.
O
investimento do setor privado em educação técnica, primária e fundamental no
Brasil também está crescendo, cita o texto. A firma inglesa Pearson comprou em
dezembro último a Multi, uma rede de ensino de idiomas, em um negócio avaliado
em US$ 880 milhões. As 10 maiores redes de educação do Brasil atendem 35% dos
estudantes.
A
Kroton Educacional e a Anhanguera Educacional são as duas maiores do Brasil,
menciona a reportagem.
Fonte:
R7 Notícias – Educação – 20/6/2014 às 11h05 – Atualizado em 20/6/2014 às 11h13 –
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