«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Níveis de riqueza batem recorde mas perdem longe para a miséria no mundo

Redação
Rio de Janeiro
Os níveis médios de pobreza superam, em muito, os da riqueza

O número de milionários no mundo, hoje, é o maior do que em qualquer outro momento da história do Homem. Mas, enquanto o número total de domicílios milionários atinge os 16,3 milhões em 2013, de acordo com a consultoria de gestão Boston Consulting Group, a miséria assume sua face mais desesperadora na maior parte dos países de continentes como a África, a Ásia e a América Latina.

A riqueza privada do planeta – dinheiro administrado por instituições de gestão de fortunas e bancos voltados para alta renda – cresceu 14,6% de 2012 para 2013, passando de US$ 132,7 trilhões para US$ 152 trilhões. O total equivale a quase dez vezes o PIB dos EUA, a maior economia do planeta. Em contrapartida, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mundial, da Organização das Nações Unidas (ONU), ainda estima que 1,57 bilhão de pessoas vivam em estado de “pobreza multidimensional”, o que representa cerca de 30% do universo da população avaliada.

Enquanto o vigor dos mercados de ações, a estabilidade das economias industrializadas (EUA e Europa) e as políticas monetárias favoráveis da parte dos bancos centrais elevam o número de bilionários, estes mesmos fatores, em decorrência do sistema capitalista, atira à miséria um número exponencialmente maior de pessoas.

A crise financeira mundial, iniciada em 2008, fez mal apenas aos mais pobres, porque neste período, até 2014, a riqueza privada do planeta cresceu 60%, ou US$ 60 trilhões, de uma base inicial de US$ 92,4 trilhões. O número de domicílios milionários no planeta subiu para 1,1% do total de domicílios, ante 0,7% em 2007.

Ricos em profusão

Os EUA têm o maior número de domicílios milionários (7,1 milhões), bem como o maior número de novos milionários (1,1 milhão). A maior concentração de domicílios milionários está no Qatar (17,5%), seguido pela Suíça (12,7%) e Cingapura (10%).

Os fortes mercados de ações favoreceram as economias industrializadas, que têm grandes bases de ativos, enquanto as emergentes dependem mais da criação de riqueza nova, estimulada pelo crescimento e pelo nível alto de poupança.

A riqueza privada cresceu em dois dígitos nos EUA e na Austrália, enquanto emergentes como o Brasil experimentaram crescimento muito mais fraco. A China reforçou sua posição como segunda nação mais rica do planeta, atrás dos EUA.

Embora a riqueza privada nos EUA tenha chegado a US$ 46 trilhões em 2013, valor duas vezes superior ao registrado na China (US$ 22 trilhões), as projeções para 2018 mostram que os chineses terão a maior expansão global.

A riqueza privada chinesa crescerá em 84%, para US$ 40 trilhões em 2018. O país, no entanto, continuará atrás dos Estados Unidos, onde a riqueza privada crescerá 17%, para US$ 54 trilhões em 2018, de acordo com as projeções.

O Japão ocupava o terceiro posto em 2013, com US$ 15 trilhões, seguido pelo Reino Unido e pela Alemanha.

O Brasil não estava entre os 15 primeiros em nenhum dos dois anos analisados.

Miséria aos montes

O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de US$ 1 por dia (PPP) e pobreza moderada como viver com entre US$ 1 e US$ 2 por dia. Estima-se que 1,1 bilhão de pessoas no mundo tenham níveis de consumo inferiores a US$ 1 por dia e que 2,7 bilhões tenham um nível inferior a US$ 2.

Segundo estudo da ONU, dos dez países mais pobres do mundo nove estão na África e um na América Central. No Continente Africano concentram-se São Tomé e Príncipe, com 170 mil habitantes; Serra Leoa, com 6 milhões de pessoas; Burundi, com 8,5 milhões de habitantes; Madagáscar, com 22 milhões de habitantes; Eritreia, com 5,4 milhões de habitantes e um PIB per capita de pouco mais de US$ 600; Suazilândia, com uma população de pouco mais de 1 milhão e a taxa de pobreza que atinge os 69,2%; o Congo, com 68 milhões com uma taxa de pobreza de 71,3%; o Zimbábue, com uma população de quase 13 milhões e a Guiné Equatorial, com 720 mil habitantes a taxa de pobreza é de 76.8%.

Na América Central fica o Haiti, o país mais pobre do mundo, onde quase 80% da população vivem com menos de US$ 2. A taxa de desemprego, estimada, ronda os 40%. O país está em reconstrução desde o sismo que abalou a ilha em 2010 que, segundo o governo matou 316.000 pessoas e provocou estragos no valor de 8 biliões de dólares, cerca de 120% do PIB. A taxa de pobreza atinge os 77% numa população com pouco mais de 10 milhões de habitantes. O PIB per capita é de perto de US$ 1 mil.


Fonte: Correio do Brasil – Negócios/Economia – 10/06/2014 – 13h20 – Internet: clique aqui.

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