«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dieta do brasileiro é pobre em nutrientes e rica em calorias [Isso é grave!]


ANTÔNIO GOIS
DENISE MENCHEN
DO RIO


Pesquisa do IBGE mostra que o prato mais comum ainda é o arroz com feijão e carne, mas faltam frutas e verduras

Refrigerante é o quinto produto mais consumido; ingestão de vitaminas, cálcio e fibras é insuficiente

O brasileiro consome menos frutas, verduras, legumes, leite e alimentos com fibras do que o recomendado.

Ao mesmo tempo, ingere excesso de biscoitos, refrigerantes e outros produtos industrializados com muitas calorias e poucos nutrientes.

O resultado dessa dieta é que brasileiros a partir de dez anos apresentam padrões altos demais de ingestão de sódio (oriundo do sal), açúcar e gordura saturada - substâncias associadas ao desenvolvimento de hipertensão, diabetes e até câncer.

O consumo de vitaminas A, D e E, cálcio e fibras está abaixo do recomendado.

A constatação é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que ouviu 34 mil pessoas entre 2008 e 2009 para o primeiro estudo de abrangência nacional sobre consumo individual de alimentos.
Foram considerados os produtos ingeridos dentro e fora de casa.

"Embora tenha uma alimentação ainda à base de arroz e feijão, que têm teores de nutrientes bons, o brasileiro precisa melhorar o consumo de frutas, legumes e verduras e diminuir o de sódio e de açúcar", diz André Martins, técnico do IBGE e um dos responsáveis pelo estudo.

FALTA VITAMINA
De acordo com o endocrinologista Isaac Benchimol, especializado em nutrologia, o baixo consumo de vitaminas e cálcio constatado pela pesquisa pode levar ao desenvolvimento de osteoporose e a problemas nos olhos, na pele e nos cabelos, entre outros.

Um dos "vilões" apontados por André Martins, do IBGE, é o refrigerante, que já aparece entre os cinco produtos mais consumidos pelos brasileiros, atrás do café, do feijão, do arroz e dos sucos e refrescos. Mesmo ingeridos em quantidades menores, biscoitos, salgadinhos, pizzas e doces também preocupam.

Outro problema é a escassez de frutas, verduras e legumes - alimentos que,
segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), deveriam somar ao menos 400 g por dia.

De acordo com a pesquisa, mais de 90% da população com dez anos ou mais de idade consome menos do que isso. Metade sequer atinge 69 g diários - ou seja, pouco mais de um sexto do ideal.

CAMPANHA
Para a coordenadora geral de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Constante Jaime, os dados do estudo confirmam a "urgência" de políticas públicas para a promoção da alimentação saudável no país.

Segundo ela, o governo está desenvolvendo um plano nacional de combate à obesidade e outro para o combate às doenças crônicas. Ambos devem ser lançados até o fim deste ano.

O objetivo é não só conscientizar os consumidores para a necessidade de fazer escolhas mais saudáveis mas também adotar medidas que permitam elevar a qualidade dos alimentos disponíveis para consumo.
Exemplos dessa estratégia são acordos com a indústria para a redução dos teores de sódio dos alimentos processados e o fomento da agricultura familiar.

Para corrigir o deficit generalizado de nutrientes, porém, a melhor receita é dar preferência a alimentos naturais e montar um prato colorido, como ensina o endocrinologista Isaac Benchimol.

Confira interessantes gráficos com a proporção de consumo de certos alimentos, bem como, 
os dez alimentos mais consumidos pelos brasileiros,
aqueles mais consumidos fora de casa,
o consumo de acordo com o sexo e
o consumo de alimentos segundo a renda das pessoas:

Fonte: Folha de S. Paulo - Saúde - Sexta-feira, 29 de julho de 2011 - Pg. C12 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2907201101.htm
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ANÁLISE

Falta de tempo deixa comida de verdade fora da mesa

DANIEL MAGNONI *

A situação nutricional do brasileiro é compatível com as piores expectativas da atualidade, assim como observamos em outros países em desenvolvimento e do Primeiro Mundo.

O maior tempo dedicado ao trabalho leva a um consumo crescente de alimentos industrializados, prontos e com excesso de sal, açúcar e gordura saturada, além da opção pelo fast food.

A manipulação dos alimentos na forma natural, principalmente frutas, legumes e verduras, está sendo relegada ao segundo plano do planejamento doméstico.

Ao mesmo tempo, cada vez mais observamos a popularização do uso de suplementos de minerais, como cálcio, potássio e zinco, ou de vitaminas, na tentativa de suprir uma necessidade artificial, criada pela publicidade.

É mais fácil tomar uma pílula do que comer três porções de frutas e vegetais todos os dias.

Grupos específicos, como idosos, podem precisar dessa suplementação, em forma de produtos farmacêuticos ou de alimentos fortificados com fibras solúveis, ômega-3 etc.
Mas o que as pesquisas mostram é a necessidade de projetos educacionais para a alimentação saudável, que ataquem tanto a desnutrição infantil quanto a obesidade.

Seria necessário um pacto incluindo a indústria da alimentação e as esferas de governo em prol dessas ações educativas. Por que não um projeto "Obesidade Zero"?

* DANIEL MAGNONI, cardiologista e nutrólogo, é diretor de nutrição do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

Fonte: Folha de S. Paulo - Saúde - Sexta-feira, 29 de julho de 2011 - Pg. C12 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2907201102.htm
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Adolescentes comem pior que os adultos

DO RIO

Se o padrão alimentar do brasileiro tem baixa qualidade, ele é ainda pior entre crianças e adolescentes de dez a 18 anos.

Foi essa a faixa etária que apresentou a ingestão mais inadequada de açúcar, gordura saturada e fibras.
Crianças com até dez anos não foram entrevistadas.

Os jovens ingerem mais doces, bebidas lácteas adoçadas, biscoitos recheados, salgados fritos ou assados e refrigerantes do que os adultos. E comem menos carne, tomate, queijos e saladas.

Só 20% dos meninos e 18% das meninas de dez a 13 anos respeitam os limites de consumo de açúcar, que deve responder por até 10% das calorias ingeridas no dia. Padrões semelhantes foram observados entre os adolescentes.

No caso da gordura saturada, 17% dos meninos e 11% das meninas de até 13 anos cumpriam a recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os médicos pregam um consumo de gordura correspondente a até 7% das calorias ingeridas por dia.

Já o consumo de fibras, que deve ser de 12,5 g por mil calorias, ficou abaixo do ideal para aproximadamente 80% dos jovens.

Mais de 70% dos adolescentes consomem muito sal.

"Eles têm disponíveis alimentos que as gerações passadas não tiveram.


Se isso não for modificado, a carga de doença que esse adolescente vai ter na idade adulta vai ser maior do que a de seus pais e seus avós", diz a coordenadora de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Constante Jaime. 

Fonte: Folha de S. Paulo - Saúde - Sexta-feira, 29 de julho de 2011 - Pg. C13 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2907201105.htm

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