«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Em 6 meses, dívida cresceu R$ 112 bi com inflação e Selic [Poucos percebem isto!]

Adriana Fernandes e Renata Veríssimo

De janeiro a junho, o Tesouro Nacional gastou R$ 97,98 bilhões com juros; no fim de junho, total da dívida chegou a R$ 1,8 trilhão

A combinação perversa de alta da inflação e da taxa de juros provocou um aumento de quase R$ 112 bilhões na dívida pública federal no primeiro semestre. Somente a correção dos juros sobre os débitos do governo nos mercados interno e externo consumiram 87,96% do avanço. Ao final de junho, a dívida total bateu em R$ 1,8 trilhão.

De janeiro a junho, o Tesouro Nacional gastou R$ 97,98 bilhões com o pagamento de juros. A venda de títulos no período também superou o volume de papéis resgatados em R$ 13,41 bilhões, o que também contribuiu para o aumento do endividamento público.

Os dois empréstimos concedidos pelo governo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) responderam por boa parte dessa emissão maior que os resgates de papéis do primeiro semestre.

O banco de fomento recebeu R$ 35 bilhões do governo para reforçar seu capital, ampliando sua capacidade de emprestar para empresas. Os empréstimos do Tesouro foram repassados ao BNDES por meio de títulos públicos, a maioria de curto prazo.

O governo também aproveitou o apetite maior dos investidores por papéis prefixados - que têm a remuneração definida na hora do leilão - e atrelados a índices de preços para emitir mais títulos. Com a inflação em alta, os investidores aumentaram a procura pelos papéis que pagam a variação do IPCA, o índice "oficial" de inflação. A venda das NTN-B foi 35,8% maior do que as do primeiro semestre do ano passado. Já as emissões de títulos com rentabilidade prefixada foram 40% maiores.

Na contramão, o Tesouro vendeu 18,11% a menos de LFTs, papéis com correção atrelada à taxa Selic e considerados piores para a administração da dívida porque a remuneração que o governo precisa pagar a quem compra esse papel varia de acordo com a taxa básica de juros. Um dos objetivos do Tesouro é reduzir a presença desses papéis no estoque da dívida, o que pode fortalecer a "potência" da política monetária do Banco Central.

Menor da história
Ao longo do primeiro semestre, o Tesouro conseguiu reduzir a parcela da dívida vinculada à Selic ao nível mais baixo da história: 30,91% do estoque. Na outra direção, a parcela de títulos prefixados fechou junho no mais alto nível da série, com 38,13% do total. Para os prefixados, quanto maior o volume, melhor para a gestão da dívida, já que o Tesouro sabe de antemão quanto vai ter de gastar para remunerar os investidores.

O coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Fernando Garrido [foto acima], avaliou que a boa demanda pelos prefixados tem ajudado a melhorar a composição da dívida pública. Ele informou que o Tesouro seguirá com a política de redução de LFTs e aumento da participação dos títulos prefixados.

Garrido, porém, minimizou o aumento de mais de R$ 111 bilhões da dívida. Segundo ele, o crescimento já estava previsto na estratégia traçada no início do ano para gerenciar a dívida, que prevê que o estoque pode fechar 2011 entre R$ 1,8 trilhão e R$ 1,9 trilhão. Para Garrido, se por um lado o aumento da taxa Selic encarece a dívida, no médio prazo a redução da inflação tende a diminuir esse custo.

Fonte: O Estado de S. Paulo - Economia - Sexta-feira, 22 de julho de 2011 - Pg. B7 - Internet: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110722/not_imp748220,0.php

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