«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nos EUA, na Europa e até na China: a farra do crédito no centro da crise

PATRÍCIA CAMPOS MELLO
DE SÃO PAULO

Nos dois lados do Atlântico, vive-se hoje a ressaca de anos de farra de endividamento. Nos EUA, a crise nasceu do superendividamento dos consumidores durante os anos da bolha imobiliária.

Já a crise europeia teve origem no superendividamento dos países periféricos durante a euforia do início do euro, momento em que nações como a Grécia se aproveitaram dos juros baixos "alemães" para fazer a festa.

Para completar o cenário, vem à tona o excesso de dívidas dos governos locais da China, que podem chegar a 30% do PIB. A agência Moody's [foto acima] advertiu que os bancos chineses estão recheados de dívidas de difícil recebimento, subestimadas nas contas oficiais. Será que estamos de novo diante de uma surpresinha de crédito que pode desencadear mais uma crise?

Nos EUA, juros baixos e incentivos à compra da casa própria estimularam consumidores a assumirem hipotecas que não podiam pagar e bancos a se endividarem.

Agora, os EUA passam por um processo de "desendividamento". Os consumidores estão aos poucos pagando suas dívidas e pararam de contrair novos empréstimos. Isso, acrescido ao fato de o mercado de trabalho estar parado, derruba o consumo. O governo federal vem tentando substituir essa demanda perdida. Desde que o presidente Barack Obama assumiu, o governo gastou US$ 1,2 trilhão em estímulo fiscal e o Fed [Banco Central dos Estados Unidos], em duas rodadas de "afrouxamento quantitativo", injetou US$ 2,3 trilhões.

Agora, está aí a conta. O governo deve estourar o teto de endividamento - de US$ 14,3 trilhões - no início de agosto. Em Washington, uma queda de braço entre republicanos "mais impostos nem pensar" e democratas "não corto gastos sociais" levou a um impasse. Se não chegarem a um acordo, os EUA terão de dar calote parcial.

Na Europa, também houve um descontrole de crédito. Mas há nuances. Na Irlanda, o problema foi uma enorme bolha imobiliária, que quebrou vários bancos na esteira. A Itália tem uma dívida pública alta, de 120% do PIB, mas manteve superávit primário.

Em todos os casos, a China tem salvo a lavoura. Nos EUA, há muitos anos o país é o maior comprador de dívida. Na Europa, tem comprado títulos de países como Portugal e Grécia.
Se a desaceleração da China for desordenada e o endividamento se mostrar uma horrível surpresa, lá se vai o cavalo branco.

Fonte: Folha de S. Paulo - Mundo - Sexta-feira, 15 de julho de 2011 - Pg. A17 - Internet: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1507201103.htm

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