«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sábado, 16 de julho de 2011

Greenpeace acusa grandes marcas do setor têxtil de poluir rios chineses

Harold Thibault
Le Monde

Em um relatório publicado na quarta-feira (13/07/11), intitulado “Roupa suja”, o Greenpeace acusa as maiores marcas mundiais do setor de roupas de manterem relações comerciais com empresas terceirizadas chinesas cujas fábricas estariam lançando produtos químicos tóxicos nos rios.

Os resultados da investigação realizada a partir de amostras de águas residuais de duas fábricas chinesas, analisadas em laboratório no Reino Unido, mostram que um “coquetel de produtos químicos perigosos, incluindo nonilfenóis (pertencentes à família dos alquilfenóis) e produtos químicos perfluorados (PFC)” é despejado pelas empresas.

As amostras foram coletadas na foz do complexo Youngor Textile, na cidade de Ningbo,  e do Well Dyeing, em Zhongshan, situados respectivamente no delta do Rio Yangzi [foto abaixo e mapa] e no do Rio das Pérolas, duas regiões densamente povoadas.

O Greenpeace lembra em seu estudo que os alquifenóis e os PFC são disruptores endócrinos, potencialmente perigosos para a saúde, mesmo em pequenas quantidades. Persistentes no meio ambiente, eles podem se transferir para a cadeia alimentar. Se seu uso é restrito dentro da União Europeia (UE), “eles são amplamente utilizados na indústria têxtil de países em desenvolvimento, tais como a China, onde devem ser  controlados”. As duas fábricas visadas fornecem para gigantes da indústria têxtil, como a Adidas, a Nike, a H&M, a chinesa Li Ning ou ainda a Puma. Essas marcas respondem que nenhum processo úmido – que pode ser a causa das emissões de produtos químicos – é utilizado para suas próprias peças nessas fábricas.


“Idealista”

Em um comunicado, a Adidas explica que ela “não utiliza tecidos do grupo Youngor que envolveriam a utilização de tintura, de produtos químicos e os procedimentos de tratamento das águas que são associados a eles”. A H&M explicou ao Greenpeace que não recorria a processos úmidos, e que portanto não poderia contribuir para o despejo de produtos químicos no Rio Fenghua, que corre perto da fábrica Youngor. Por fim, a Nike afirmou ter recorrido às duas fábricas citadas unicamente para “o corte e a costura”.

A ONG denuncia a abordagem das empresas acusadas e exige dessas marcas que elas eliminem os produtos químicos perigosos de toda sua cadeia de produção. “Eles fazem negócios com poluidores, mas não têm políticas que os obriguem a deixar de soltar esses produtos tóxicos na natureza”, constata Li Yifang, diretora de campanha do Greenpeace na China.

Já a vice-presidente da Youngor Textile, Yu Lida, acredita que o Greenpeace tem uma abordagem “idealista”. “Eles nos acusam porque gostariam que as emissões de produtos químicos não existissem, o que nós entendemos; mas o Greenpeace não pode dizer que não respeitamos as regras do país, ou mesmo as da UE. Se eles não estão satisfeitos com as normas, eles devem tentar mudá-las”, declara Yu.

Para além desse novo caso de poluição, levanta-se a questão da terceirização para países em desenvolvimento como a China, cujas capacidades de controle do impacto ambiental das atividades industriais continuam limitadas.

Li Yifang, do Greenpeace, explica que o relatório foi enviado ao governo central chinês, mas ficou sem resposta. Quanto às autoridades locais de Ningbo, a ativista explica que, “na falta de regulamentação sobre esses produtos químicos, elas não são responsáveis”.

Fonte: Portal UOL - 15/07/2011 - Citado por: Instituto Humanitas Unisinos - On-Line - 15/07/2011 - Internet: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=45378

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