«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

ASSEMBLEIA DOS BISPOS - APARECIDA, 30/ABRIL A 09/MAIO

Testemunho de um Bispo

Talvez como nunca, uma assembleia da CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] foi tão produtiva como esta última. Tantos assuntos, aprovados com tanta convergência. Tamanha, que chegou a pairar um exagero de adesões, uma demasiada concordância, a ponto de despertar algum temor de ter deixado passar alguma palavra ou frase menos adequada.
Mas, se observamos bem certos detalhes, podemos identificar as razões desta rapidez de concordância. Os dois principais assuntos já tinham sido estudados na assembleia de 2013, sobre a Paróquia e sobre a Questão Agrária. E os outros assuntos inseridos na pauta deste ano, eram muito oportunos. Além disto, as comissões encarregadas de preparar os textos e examinar as emendas trabalharam muito bem, inspirando confiança no plenário, e abrindo caminho para a aprovação final de cada texto.

Olhando a pauta, encontramos outra razão da diversidade de assuntos. Bispos reunidos em assembleia não podiam deixar de dizer uma palavra sobre os fatos importantes que estão na agenda deste ano. Até sobre a Copa do Mundo lançaram sua mensagem. E não se omitiram de falar sobre as próximas eleições, e de expressar sua preocupação com a crescente onda de violência que assusta o Brasil.

 Tanto que em decorrência desta preocupação, foi lançado um “ano da paz”, em que a sociedade brasileira será convocada a enfrentar, solidariamente, os desafios contidos nesta complexa situação.

A nível mundial, a CNBB acolheu a proposta, trazida pela Cáritas Brasileira, de se fazer uma campanha contra a fome no mundo, iniciativa que já conta com a firme adesão do Papa Francisco. E para encontrar logo uma maneira prática de atuar nesta campanha, ficou decidido que no próximo ano, a coleta da Campanha da Fraternidade destine cinquenta por cento de sua arrecadação para o Haiti, país que ainda está penando para se reerguer das consequências do terremoto que se abateu sobre ele.
 
A assembleia decidiu, também, apoiar a iniciativa popular de lei, com a proposta de uma verdadeira reforma política. Com isto, a CNBB mostra que identifica bem onde está o nascedouro dos problemas que afligem o país, enredado nos equívocos do seu sistema eleitoral. Pode ser que a sociedade não se lembre muito da Igreja. Mas a Igreja não esquece os problemas sociais. Tanto é verdade que a Campanha da Fraternidade do próximo ano, terá como tema, exatamente, a Igreja e a Sociedade.

Tudo isto fez parte desta assembleia. E muito mais. Foram diversas as sessões dedicadas à partilha de preocupações e dificuldades, inerentes à missão cotidiana de cada bispo. Pois a finalidade primeira, e mais importante, da assembleia da CNBB é o convívio fraterno e a ajuda mútua entre os próprios bispos, que, por exemplo, repartem entre si os gastos das passagens e, além disto, são incentivados, na medida das possibilidades de cada um, a ajudar os que provêm de dioceses mais pobres.

Para fins de ação concreta da Igreja, neste ano em que já celebramos a Páscoa, e agora a assembleia da CNBB, parecem bastante claras duas referências práticas a guiar a ação pastoral:

  • acolher as propostas do Papa Francisco, expressas sobretudo em sua exortação Evangelii Gaudium, e
  • iniciar a renovação eclesial, começando por renovar nossas paróquias. Para que assim a Igreja se torne mais missionária, aberta para acolher, e pronta a sair de si mesma, para ir ao encontro dos que necessitam da mensagem libertadora do Evangelho.
Depois de uma assembleia como esta, dá para apostar nas novas esperanças, que este tempo propício nos descortina pela frente.

Dom Luiz Demétrio Valentini
Bispo de Jales – SP

Fonte: Site da Diocese de Jales – Artigos do Bispo – 15 de maio de 2014 – Internet: clique aqui.

CNBB DIVULGA MENSAGEM SOBRE A COPA DO MUNDO


O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que reúne a presidência e os presidentes dos regionais e das comissões da instituição, aprovou hoje, 13 de março, mensagem sobre a Copa do Mundo, que terá início em junho, no Brasil.

No texto, intitulado "Jogando pela vida", os bispos afirmam que "a Igreja no Brasil acompanha, com presença amorosa, materna e solidária, esse grande evento que reunirá vários países e protagonizará a oportunidade de um congraçamento universal".

Ao mesmo tempo, manifestam solidariedade "com os que, por causa das obras da Copa, foram feridos em sua dignidade e visitados pela dor da perda de entes queridos".

Os bispos convidam a sociedade brasileira a aderir ao projeto "Copa da Paz" e à Campanha "Jogando a favor da vida - denuncie o tráfico humano", que têm a finalidade de colaborar para que o evento seja "lembrado como tempo de fortalecimento da cidadania".
Leia o texto na íntegra:


Jogando pela vida

Mensagem da CNBB sobre a Copa do Mundo

Direito humano de especial valor, o esporte é necessário a uma vida saudável e não deve ser negligenciado por nenhum povo. De todos os esportes, o brasileiro nutre reconhecida paixão pelo futebol. Explicam-se, assim, a expectativa e a alegria com que a maioria dos brasileiros aguarda a Copa do Mundo que será realizada em nosso país, pela segunda vez.

Fiel à sua missão evangelizadora, a Igreja no Brasil acompanha, com presença amorosa, materna e solidária, esse grande evento que reunirá vários países e protagonizará a oportunidade de um congraçamento universal, “na alegria que o esporte pode trazer ao espírito humano, bem como os valores mais profundos que é capaz de nutrir”, como nos lembra o Papa Francisco.

Os brasileiros, identificados por sua hospitalidade e alegria, saberão acolher aqueles que, de todas as partes do mundo, virão ao nosso país por ocasião da Copa. Nossos visitantes terão a oportunidade de conhecer a riqueza cultural que marca nossa terra, sua gente, sua arte, sua religiosidade, seu patrimônio histórico e sua extraordinária diversidade ambiental.

A Copa se torna, portanto, ocasião para refletir com a sociedade sobre as relações pacíficas e culturais entre todos os povos, bem como sobre os aspectos sociais e econômicos que envolvem o esporte que é harmonia, desde que o dinheiro e o sucesso não prevaleçam como objeto final, conforme alerta o Papa Francisco.

Lamentamos que, na preparação para a Copa, esse último aspecto tenha prevalecido sobre os demais, motivando manifestações populares que acertadamente reivindicam a soberania do país, o respeito aos direitos dos mais vulneráveis e efetivas políticas públicas que eliminem a miséria, estanquem a violência e garantam vida com dignidade para todos. Solidarizamo-nos com os que, por causa das obras da Copa, foram feridos em sua dignidade e visitados pela dor da perda de entes queridos.

Não é possível aceitar que, por causa da Copa, famílias e comunidades inteiras tenham sido removidas para a construção de estádios e de outras obras estruturantes, numa clara violação do direito à moradia. Tampouco se pode admitir que a Copa aprofunde as desigualdades urbanas e a degradação ambiental e justifique a instauração progressiva de uma institucionalidade de exceção, mediante decretos, medidas provisórias, portarias e resoluções.

O sucesso da Copa do Mundo não se medirá pelos valores que injetará na economia local ou pelos lucros que proporcionará aos seus patrocinadores. Seu êxito estará na garantia de segurança para todos sem o uso da violência, no respeito ao direito às pacíficas manifestações de rua, na criação de mecanismos que impeçam o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, sobretudo, de pessoas socialmente vulneráveis e combatam eficazmente o racismo e a violência.

A sociedade brasileira é convidada a aderir ao projeto “Copa da Paz” e à Campanha “Jogando a favor da vida – denuncie o tráfico humano”. Seu objetivo é contribuir para que a Copa do Mundo em nosso país seja lembrada como tempo de fortalecimento da cidadania. Por meio destas iniciativas, a Igreja se faz presente na vida política e social do país, cumprindo sua missão evangelizadora. Ao mesmo tempo, conclamamos as Dioceses em cujo território estão localizadas as cidades-sede da Copa a oferecerem especial atenção religiosa aos seus diocesanos e aos visitantes.

O jogo vai começar e o Brasil se torna, nesse momento, um imenso campo, sem arquibancadas ou camarotes. Somos convocados para formar um único time, no qual todos seremos titulares para o jogo da vida que não admite espectadores. Avançando na mesma direção, marcaremos o gol da vitória sobre tudo que se opõe ao bem maior que Deus nos deu: a vida. Essa é a “coroa incorruptível” (1Cor 9,25) que buscamos e que queremos receber ao final da Copa. Então, seremos todos vencedores!

Que a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, nos agracie com sua bênção e proteção neste tempo de fraternidade e congraçamento entre os povos.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Fonte: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – Quinta-feira, 13 de março de 2014 – 19h04 – Internet: clique aqui.

Mensagem por ocasião das eleições 2014:

"Pensando o Brasil"

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou na sexta-feira, 9 de maio, durante entrevista coletiva, a mensagem "Pensando o Brasil: desafios diante das eleições 2014", aprovada pelos bispos do Brasil reunidos na 52ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP). Atenderam a imprensa o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis; o arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente, dom José Belisário; o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral, dom Leonardo Steiner.
Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB):
da esquerda para a direita temos D. José Belisário, D. Raymundo Damasceno e D. Leonardo Steiner

Na entrevista, cardeal Raymundo Damasceno Assis explicou que o texto "contém importantes reflexões para os cristãos e para toda a sociedade" que neste ano irão eleger presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. "Com este texto, fazemos uma convocação aos brasileiros para que exerçam o voto de forma consciente", exortou.

Dom Damasceno destacou três pontos fundamentais do texto: participação consciente nas eleições; a necessidade de conhecer os candidatos, sua história, e quais princípios e valores eles praticam e defendem; buscar candidatos que tenham compromisso com tantas reformas necessárias no país, especialmente a Reforma Política, que tem apoio da CNBB e outras entidades.

Leia e baixe, na íntegra, a mensagem acessando o site da CNBB, clicando aqui.

Fonte: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – Sexta-feira, 9 de maio de 2014 – 23h19 – Internet: clique aqui.

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