«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 6 de maio de 2014

PALAVRAS DO PAPA AOS SACERDOTES, BISPOS E FIÉIS

Se queres escalar o poder na Igreja, vá fazer alpinismo. "É mais sadio!", diz o Papa

Sergio Centofanti
Rádio Vaticano
05-05-2014
Papa Francisco preside Eucaristia na capela Santa Marta (Vaticano)

"Na Igreja, há pessoas que seguem Jesus por vaidade, sede de poder ou dinheiro; que o Senhor nos dê a graça de segui-Lo apenas por amor": essa é a oração que o papa fez durante a missa presidida na manhã dessa segunda-feira em Santa Marta.

Tomando como ponto de partida o Evangelho do dia, em que Jesus reprova as pessoas por buscá-Lo só porque havia sido saciadas depois da multiplicação dos pães e dos peixes, o papa convida a se fazer a pergunta se seguimos o Senhor por amor ou por alguma vantagem.

"Porque nós somos todos pecadores – observou – e sempre há algo de interesseiro que deve ser purificado ao seguir Jesus e devemos trabalhar interiormente para segui-Lo por Ele, para amor."

[1] "Jesus – afirmou o Papa Francisco – menciona três atitudes que não são boas para segui-Lo ou para buscar a Deus. A primeira é a vaidade." Em particular, ele se refere àqueles notáveis, àqueles "dirigentes" que dão esmolas ou jejuam para serem vistos:

"Esses dirigentes queriam ser vistos. Eles gostavam – para dizer a palavra certa – gostavam de se pavonear e se comportavam como verdadeiros pavões! Eram assim. E Jesus diz: 'Não, não, isso não está certo. Não está certo. A vaidade não faz bem'. E, algumas vezes, nós fazemos coisas buscando com que sejamos vistos um pouco, buscando a vaidade. É perigosa, a vaidade, porque nos faz deslizar imediatamente para o orgulho, a soberba, e depois tudo acaba lá. E eu me faço a pergunta: eu, como sigo Jesus? As coisas boas que eu faço, eu as faço às escondidas ou gosto de me exibir?"

"E eu também penso em nós, pastores" – disse o papa – porque "um pastor que é vaidoso não faz bem ao povo de Deus": pode ser padre ou bispo, mas "não segue Jesus" se "a vaidade lhe agrada".

[2] "A outra coisa que Jesus repreende naqueles que o seguem – afirma – é o poder.": "Alguns seguem Jesus, mas um pouco, não de forma totalmente consciente, um pouco inconscientemente, mas buscam o poder, não? O caso mais claro é João e Tiago, os filhos de Zebedeu, que pediam a Jesus a graça de ser primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro, quando viesse o Reino. E na Igreja há escaladores! Há muitos que usam a Igreja para... Mas se você gosta disso, vá para o Norte e faça alpinismo: é mais sadio! Mas não venha à Igreja para escalar! E Jesus repreende esses escaladores que buscam o poder."

"Somente quando veio o Espírito Santo – observou o papa – os discípulos mudaram. Mas o pecado na nossa vida cristã permanece, e nos fará bem nos fazer a pergunta: eu, como sigo Jesus? Por ele somente, inclusive até a Cruz, ou busco o poder e uso a Igreja um pouco, a comunidade cristã, a paróquia, a diocese para ter um pouco de poder?"

[3] "A terceira coisa que nos afasta da retidão das intenções – destacou o papa – é o dinheiro": "Aqueles que seguem Jesus pelo dinheiro, com o dinheiro, buscando se aproveitar economicamente da paróquia, da diocese, da comunidade cristã, do hospital, do colégio... Pensemos na primeira comunidade cristã, que teve essa tentação: Simão, Ananias e Safira... Essa tentação existiu desde o início, e conhecemos tantos bons católicos, bons cristãos, amigos, benfeitores da Igreja, até com várias honrarias, tantos!, que, depois, descobriu-se que fizeram negócios um pouco obscuros: eram verdadeiros homens de negócios e fizeram muito dinheiro! Apresentavam-se como benfeitores da Igreja, mas pegavam muito dinheiro, e nem sempre dinheiro limpo."

"Peçamos ao Senhor a graça – concluiu o papa –, que nos dê o Espírito Santo para ir atrás d'Ele com retidão de intenção: somente Ele. Sem vaidade, sem vontade de poder e sem vontade de dinheiro."

Traduzido do italiano por Moisés Sbardelotto.


Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Terça-feira, 6 de maio de 2014 – Internet: clique aqui.

“No sacerdócio deve predominar o pastoral sobre o administrativo”

Religión Digital
05-05-2014
 
Papa Francisco recebe os bispos do Burundi
A colaboração com a sociedade civil, a evangelização em um país ainda dividido e a formação do futuro clero foram os temas centrais do discurso que o Santo Padre entregou aos bispos da Conferência Episcopal de Burundi [África], que encerraram sua visita “ad Limina”.

O Santo Padre recorda que a colaboração entre a Santa Sé e a República do Burundi, estabelecida no Acordo Marco, assinado em novembro de 2012 e em vigor desde fevereiro, promete “um rico futuro para o anúncio do Evangelho” e anima aos bispos a ocupar, como já fazem, “o lugar que lhes corresponde no diálogo social e político, e a se encontrar, sem vacilações, com o governo. As pessoas responsáveis da autoridade são as primeiras que necessitam do testemunho de fé e do anúncio corajoso dos valores cristãos de vocês para que, conhecendo melhor a Doutrina Social da Igreja, apreciem seu valor e se inspirem nela na administração das matérias públicas”.

Burundi, em um passado ainda próximo, conheceu enfrentamentos terríveis que ainda repercutem na unidade do povo e deixaram feridas ainda não cicatrizadas. “Apenas uma verdadeira conversão dos corações ao Evangelho – escreve – pode inclinar os homens ao amor fraternal e ao perdão, porque na medida em que Deus consegue reinar entre nós, a vida social será espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. A evangelização em profundidade de seu povo continua sendo a preocupação primordial para se conquistar uma verdadeira reconciliação”.

Se os primeiros a viver a autenticidade desta conversão são, naturalmente, os sacerdotes, é preciso que os futuros presbíteros, “além da indispensável formação intelectual, recebam também uma sólida formação espiritual, humana e pastoral. Estes são os quatro pilares da formação! Porque é com a sua vida, em suas relações cotidianas, que levarão o Evangelho a todos. No ministério sacerdotal não deve haver um predomínio do administrativo sobre o pastoral, bem como uma sacramentalização sem outras formas de evangelização”.

Francisco destaca o admirável trabalho das congregações religiosas na educação, os hospitais e a ajuda aos refugiados e recorda aos prelados que as muitas comunidades novas que são formadas necessitam do “discernimento atento e prudente de vocês para garantir uma sólida formação a seus membros e para acompanhar a evolução a que são chamadas a viver pelo bem de toda a Igreja”.

“A história recente do país de vocês – conclui – foi difícil e se viu atravessada pela divisão e a violência em um contexto de pobreza extrema, que infelizmente perdura. Apesar disso, os valorosos esforços de evangelização que vocês desempenham no ministério pastoral dão muitos frutos de conversão e reconciliação. Convido-lhes a não desfalecer na esperança, mas a prosseguir com coragem, com um renovado espírito missionário para levar a Boa Nova a todos os que ainda estão esperando ou que mais a necessitam para que conheçam, por fim, a misericórdia do Senhor”.

Traduzido do espanhol pelo Cepat.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Terça-feira, 6 de maio de 2014 – Internet: clique aqui. 

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