«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

MORRE DOM TOMÁS BALDUÍNO (1922-2014)

MÃOS E PÉS SUJOS DE TERRA

 Dom Tomás Balduíno – pastor, profeta, guerreiro;
“Moleque travesso” – chegaram a dizer alguns,
Porque capaz de arriscar, de ousar, de sonhar;
De manter o olhar no horizonte sem fronteiras.

Sem medo de sujar as mãos e os pés na terra,
Na história da luta pela Reforma Agrária:
Terra por Deus prometida e esperada,
Terra pelos governos anunciada e negada,
Terra pelos trabalhadores duramente conquistada.

Dom Tomás Balduíno – um pastor sempre jovem
No confronto com os anos sombrios na ditadura,
No anúncio da libertação aos oprimidos de todos os tempos e lugares,
Na construção do processo democrático, mesmo aos 90 anos!

Dom Tomás Balduíno – um profeta destemido,
Diante das botas, fardas e armas militares,
Diante do latifúndio, com seus defensores e capangas,
Nas busca da verdade e da justiça, mesmo aos 90 anos!

Dom Tomás Balduíno – um guerreiro que jamais foge à luta,
Juntamente com todos os deserdados da terra,
Em parceria com os lutadores e lutadoras do povo,
No anúncio do Reino do Pai, mesmo aos 90 anos!

Dom Tomás Balduíno – pastor, profeta, guerreiro;
Mas também pássaro aviador no céu cor de anil,
Sentindo no corpo e na alma os ventos da mudança,
Os sinais dos tempos de uma história que não se fecha,
Mas permanece aberta ao protagonismo dos pobres.

Dom Tomás Balduíno – porta-voz de Deus e dos excluídos,
Solidário com os exilados, os necessitados, os últimos;
Sensível à flor e à espinga que se levantam do chão,
Como o grito e a luta dos desterrados e abandonados,
Para proclamar que a primavera já começou
E que é possível aos 90 anos sentir seu perfume!

Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS

Roma, Itália, 11 de novembro de 2013

Biografia:

Dom Tomás Balduíno OP (nasceu em Posse, aos 31 de dezembro de 1922 — faleceu em Goiânia, aos 2 de maio de 2014) foi um bispo e teólogo católico brasileiro, bispo-emérito de Goiás e assessor da Comissão Pastoral da Terra. Pertenceu à Ordem dominicana.

Teve um papel de destaque dentro da Igreja Católica nas questões da reforma agrária e indígena.1 Participou da criação do Cimi, em 1972, da qual foi presidente entre 1980 e 1984, e da CPT, em 1975, da qual presidiu de 1999 a 2005.2


Nascido em Goiás, estudou filosofia no seminário dos dominicanos em São Paulo. Ordenou-se presbítero em 1948. Seus estudos de Teologia foram efetuados em Saint Maximin, na França, onde concluiu o mestrado em 1950. Pós-graduou-se em Antropologia e Lingüística pela Universidade de Brasília em 1965.3


Logo após ordenado, foi professor de Filosofia na Faculdade de Filosofia de Uberaba-MG. De 1956 a 1964 foi superior da Missão Dominicana e pároco em Conceição do Araguaia, estado do Pará. Em 1966 foi eleito Prelado coadjutor da Prelazia de Santissima Conceição do Araguaia, hoje Diocese de Marabá. Foi ordenado bispo da Diocese de Goiás em 26 de novembro de 1967. Ao todo, viveu aí por 11 anos.


Nesta missão teve grande contato com a vida dos índios e lavradores, assumindo sua causa. Foi co-fundador do Conselho Indigenista Missionário em 1972 e seu segundo presidente. Ajudou também a fundar a Comissão Pastoral da Terra, em 1975, sendo seu presidente entre 1997-1999.


De 1967 a 1998 foi bispo de Goiás. Em 2 de dezembro de 1998 aposentou-se. Foi bispo-emérito de Goiás.


Em 2006 recebeu o Prêmio de Direitos do Homem Dr. João Madeira Cardoso, pela Fundação Mariana Seixas, de Viseu, Portugal, em colaboração com o Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados.


Também em 2006 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Católica de Goiás por sua luta pela cidadania e direitos humanos.


Em 2008 recebeu o prêmio Reflections of Hope, da Oklahoma City National Memorial Foudation, como exemplo de esperança na solução das causas que levam a miséria de tantas pessoas em todo o mundo.


De 22 a 29 de março 2009 foi em Roma para participar às palestras em homenagem de Dom Oscar Romero e dos 29 anos do seu assassinato.


Em abril de 2014 ficou internado de por dez dias em Goiânia. O religioso morreu em decorrência de uma tromboembolia pulmonar no dia 2 de maio de 2014.


Fonte: Wikipédia - A enciclopédia livre - Internet: clique aqui.

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