«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Cresce o número de países que tentam censurar a internet

VINDU GOEL
ANDREW E. KRAMER

Em todo o mundo, crescem os desafios à liberdade na internet, e os usuários são obrigados a buscar atalhos e subterfúgios. Sobretudo a Rússia e a Turquia tentam intensificar os controles sobre as empresas.
Adesivo mostrando o líder russo, Vladimir Putin, com a expressão "Obedeçam!" em Moscou
 
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei que obriga as companhias de internet a armazenar dados sobre usuários russos no próprio país, onde o governo possa ter acesso a eles. Calcula-se que poucas empresas cumprirão a lei, que entrará em vigor em 1° de setembro.

Em dezembro, a agência reguladora da internet na Rússia exigiu que o Facebook retirasse uma página que estava divulgando uma manifestação contra o governo.

Depois que a rede social bloqueou a página para seus cerca de 10 milhões de usuários russos, surgiram dezenas de páginas de imitadores e a notícia se espalhou em outras redes como o Twitter.

Isso gerou ainda mais publicidade para o evento marcado para 15 de janeiro, em protesto contra a pena imposta a Aleksei Navalny, um conhecido líder da oposição.

O blogueiro russo Anton Nosik disse que é absurdo um governo achar que pode suprimir facilmente um conteúdo, já que esses materiais podem ser copiados e encontrados em outros lugares mediante poucos cliques. "O leitor sempre quer ver aquilo cujo acesso lhe foi negado", disse Nosik.

O governo turco passou por constrangimento semelhante quando tentou impedir a disseminação de documentos e gravações vazados no Twitter em março.

Além de o governo perder uma batalha judicial relativa à questão, e embora o Twitter estivesse bloqueado, legiões de turcos trocaram dicas sobre truques técnicos para contornar a proibição.
Bloqueio não conseguiu impedir a divulgação de um protesto em Moscou em dezembro de 2014
 
"Nós todos viramos hackers", comentou Asli Tunc, professor na Universidade Bilgi, em Istambul.

Ativistas pela liberdade de expressão consideram o Facebook, a maior rede social do mundo, com 1,35 bilhão de usuários por mês, como a empresa mais inclinada a cooperar com os governos.

No início de 2014, enquanto o Twitter estava bloqueado na Turquia e o YouTube foi fechado, o Facebook retirou conteúdo impugnado e continuou funcionando.

O Twitter, que tem cerca de 284 milhões de usuários por mês, se autoapregoa como uma espécie de praça do mundo e um defensor global da liberdade de expressão, mas se adapta à censura, ao mesmo tempo em que faz vista grossa a estratégias para driblá-la.

Como maior ator do setor, o Google, cujo YouTube frequentemente enfurece governos estrangeiros e é obrigado a enfrentar muitas batalhas, ainda é considerado por muitos como um herói por sua decisão de deixar a China em 2010, em vez de continuar censurando resultados de buscas no país.

A despeito dessas vitórias dos defensores da livre expressão, governos aumentam seus esforços para controlar a internet. "Há cada vez mais pedidos para a retirada de informações", disse Colin Crowell, vice-presidente global do Twitter para políticas públicas.

O Paquistão, por exemplo, bombardeou o Facebook com quase 1.800 pedidos para retirar conteúdo no primeiro semestre de 2014. Todavia, a pressão não parte apenas de regimes autocráticos.

A União Europeia, onde o recém-estabelecido "direito ao esquecimento" permite que residentes solicitem a motores de busca a retirada de links sobre eles, agora quer que resultados de busca em suas versões não europeias também sejam deletados sob pedido.

No entanto, a Rússia é o atual ponto focal nas guerras que envolvem censura. Em meados de 2014, Moscou passou a exigir que qualquer pessoa com no mínimo 3.000 seguidores por dia acate regras semelhantes àquelas que se aplicam a uma empresa de mídia.

O Google, cujo serviço de busca é o segundo mais usado na Rússia, só perdendo para a local Yandex, anunciou que fechará seus escritórios de engenharia no país.

A empresa disse que está consolidando esses escritórios globalmente, mas um fator que pesou na decisão acima mencionada foi o risco de ser alvo de inspeções a mando de autoridades russas.

Robert Shlegel, membro do Parlamento russo que participa da elaboração de políticas para a internet no Kremlin, disse que as regulações russas são uma reação à espionagem dos EUA revelada pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden.

Segundo ele, a prioridade da Rússia é persuadir outros países a elaborarem um conjunto internacional de regras para redes sociais e sites colaborativos, o qual estipularia em que situações países poderiam bloquear páginas para cumprir leis nacionais.

Shlegel disse que as autoridades russas não pretendem bloquear empresas de internet que não cumprirem a lei. "O que precisamos fazer é dialogar".

Para Nosik, é improvável que as redes sociais como o Facebook e o Twitter sejam proibidas.

Afinal, há o temor de que, ao perder repentinamente o acesso a fotos, lembranças de família, cartas de amor e contatos com amigos acumulados durante anos, milhões de usuários de internet russos passariam a culpar o presidente Vladimir Putin.

Fonte: The New York times International Weekly – Folha de S. Paulo – Sábado, 24 de janeiro de 2015 – Pg. 4 – Internet: clique aqui.

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