«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

ECONOMIA: COMO ESTAMOS!!!

Brasil fica em penúltimo em ranking de competitividade

NIVALDO SOUZA

País repete posição em estudo da CNI pelo 4º ano consecutivo

Fila de caminhões aguardando descarregar no porto de Santos (SP)
A precária, insuficiente e atrasada infraestrutura brasileira dificulta a competitividade

O Brasil aparece entre os últimos países em competitividade para o ambiente de negócio, segundo o estudo Competitividade Brasil 2014, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O País supera apenas a Argentina na quarta edição do ranking. "Esta é a quarta edição do estudo e, desde 2012, o Brasil se mantém na mesma posição na lista que, além da Argentina, inclui Colômbia, México, Polônia, Turquia, Índia, Rússia, África do Sul, Chile, China, Espanha, Austrália, Coreia do Sul e Canadá", registra o documento.

O trabalho revela a posição do Brasil em relação a 14 países nos fatores:

·        disponibilidade e custo da mão de obra e de capital,
·        infraestrutura,
·        peso dos impostos,
·        ambientes macro e microeconômico,
·        educação e tecnologia e inovação.

De acordo com a pesquisa, o Brasil é último colocado no quesito disponibilidade e custo do capital, seguido pela Índia. "O País tem a mais alta taxa de juros real de curto prazo, de 9,75%, e o maior spread da taxa de juros, de 19,6%, percentuais cerca de três vezes superior ao registrado na Colômbia", afirma a CNI.

No item "ambiente econômico", o Brasil caiu da 10ª para a 12ª colocação entre 2013 e 2014. O recuo ocorreu em função da piora do quadro econômico interno e da redução no investimento estrangeiro. "Nos demais países avaliados, o investimento estrangeiro direto aumentou. No México, por exemplo, a taxa passou de 1,08% para 2,80% do PIB", indica o estudo.

O peso dos impostos sobre a atividade econômica levou o Brasil a ficar na 13ª posição entre os 15 países pesquisados. Apesar da colocação, o País ultrapassou a Espanha nesse item da pesquisa.

O melhor desempenho do Brasil no ranking de competitividade é em disponibilidade e custo da mão de obra, com 4º lugar, atrás de México, Chile e Colômbia. A baixa produtividade do trabalhador é apontada pelo estudo como fator que impede o País de avançar nesse quesito.

O gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, afirmou que a boa colocação no ranking de custo da mão de obra esconde o fraco desempenho do trabalhador brasileiro no quesito produtividade. Neste subitem do estudo, o País ocupou a 12ª colocação na comparação com as outras 14 economias.

Educação

A produtividade reflete o baixo nível de escolaridade do brasileiro, registrado em testes como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O país aparece em 9º lugar ente 11 nações analisadas que oferecem dados sobre educação.

“O grande problema é que não conseguimos educar a população (jovem) para ela ser mais produtiva. Esse é o grande desafio que o Chile conseguiu (superar)”, comparou Fonseca.

RANKING DE COMPETITIVIDADE
10º
11º
12º
13º
14º
Brasil
15º
Argentina
 
Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia – Quinta-feira, 15 de janeiro de 2014 – Pg. B4 – Internet: clique aqui.

A Cide, outra vez

CELSO MING

Já é dada como certa a volta da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico, Cide, sobre os combustíveis.

Celso Ming - sociólogo e jornalista
É um tributo que serve para regular mercados, e não apenas o dos combustíveis. Mas os objetivos do governo são mais amplos do que simplesmente esse e são de complicada conciliação.

Criada em 2001, a Cide aplicada sobre os preços dos combustíveis cumpriu a função de abrir espaço para o etanol, na medida em que seus custos de produção dificultaram a competição com a gasolina. Em 2011, a Cide foi progressivamente reduzida e em 2012 acabou por ser zerada para ajudar a combater a inflação e compensar a falta de reajustes dos preços dos combustíveis. A partir daí, a capacidade de competição do etanol se estreitou substancialmente. Hoje há mais de 30 usinas de açúcar e álcool em processo de recuperação judicial.

Em debate eleitoral pela TV na campanha presidencial de 2002, o então candidato Anthony Garotinho embaraçou o adversário Lula ao perguntar-lhe sobre a Cide. Lula não tinha ideia do era aquilo.

Como já foi apontado nesta Coluna outras vezes, o simples retorno da Cide poderia não ser suficiente para devolver viabilidade econômica ao setor do etanol, especialmente agora que os preços do petróleo caíram 55% em cinco meses.

Os preços internos dos combustíveis estão cerca de 40% mais altos do que os externos. Se for para dar realismo tarifário também para os combustíveis e, portanto, realinhar os preços internos aos níveis internacionais, a Cide teria de incidir em cerca de 50% dos preços só para cumprir a função de viabilizar o etanol.

Terça-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que os preços dos combustíveis na refinaria (sem a Cide) são assunto interno da Petrobrás. É claro que não será bem assim, porque os preços finais dos combustíveis são essenciais para a definição de custos da economia e têm de integrar a equação que haverá de definir o tamanho da Cide.

O interesse imediato da Petrobrás parece ser o de tão cedo não reajustar (para baixo) os preços dos combustíveis, porque a prioridade é recuperar o seu caixa, castigado por 12 anos de secura. Mas não será o único fator em jogo. Preços altos demais dos combustíveis em relação aos vigentes no exterior tendem a encorajar as importações de gasolina e de diesel, o que também não convém à Petrobrás.

A Cide não é um tributo destinado a arrecadar. Seu objetivo é regular. Mas, na atual penúria do Tesouro, o governo pretende usá-la como instrumento, ainda que temporário, de arrecadação. Em 2011, trouxe para os cofres públicos o volume de R$ 9 bilhões (veja o gráfico ao lado).

Mas isso não é tudo. As três funções da Cide acima expostas (a de lançar um colete salva-vidas para o etanol, a de ajudar a recuperação do caixa da Petrobrás e a de contribuir para a arrecadação) têm, entre si, certo grau de incompatibilidade. É preciso levar em conta ainda outra limitação. Os preços internos dos combustíveis não podem ficar tão mais altos em relação aos externos a ponto de prejudicar o sistema produtivo já sobrecarregado de custos. Obrigar a indústria, já sem competitividade, a arcar com despesas mais altas com transporte e logística pode inviabilizar sua recuperação.

CONFIRA:

As vendas no varejo em novembro apontaram certa recuperação sobre o mês anterior. Mas não passam firmeza de melhora nos meses seguintes. É esperar para conferir.
[. . .]

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia – Quinta-feira, 15 de janeiro de 2015 – Pg. B2 – Internet: clique aqui.








O novo rumo

Janio de Freitas

Alta de impostos vai afetar quem vive do trabalho

Janio de Freitas - jornalista
Será mais do que uma simples modificação de agenda. Trocar a prevista ida à suíça Davos por uma breve estada em La Paz será uma incoerência de Dilma Rousseff.

A programação antecipava que Dilma se faria acompanhar dos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa na ida a Davos, a pequena cidade que recebe o periódico piquenique suíço dos donos da riqueza mundial. De repente, informa-se que Dilma está preferindo ir à posse do reeleito Evo Morales. Ou seja, prestigiar uma prática política equivalente, nas condições bolivianas, à que a Dilma do segundo mandato repeliu para adotar as políticas e práticas bem vistas pelos convivas de Davos.

Ainda mais estranha se mostra a inversão da agenda presidencial se confrontada com as decisões de governo que compõem o portfólio ideal para uma entrada gloriosa nos salões de Davos.

Por aqui, propor aumento de impostos é mais perigoso do que charge com o profeta. São Paulo criou até o impostômetro, a indicar cada centavo saído de bolso privado para cofre público. Antes mesmo de assumir, porém, Joaquim Levy falou em aumentar imposto – e nada, nenhum editorial, nenhuma entrevista chiadora. Isso é que é confiança, saber o que esperar de alguém, e receber mesmo.

Joaquim Levy ofereceu um café da manhã a jornalistas para anunciar-lhes, entre a doçura da geleia e o suco que ajuda a descer, quem vai pagar mais imposto. Não é o sistema bancário, merecedor do título de mais lucrativo do mundo. Tão rentável que bancos estrangeiros vêm buscar aqui o lucro que lá fora virou perda. Não são os cartões de crédito, com seus juros sem nada semelhante no mundo, 258%, ou 40 vezes a inflação. Nem vai o aumento de imposto incidir sobre a especulação financeira, sobre a remessa de lucros para o exterior, ou sobre ganhos no mero jogo de Bolsa.

O aumento de imposto vai cair em cima de quem trabalha e vive do que ganha com o trabalho, para tanto registrado como se em sua pessoa existisse uma empresa. O que chamam de "pessoa jurídica".

Para que não haja a suposição de uma incidência apenas ocasional sobre o lado mais fraco, horas depois da gentileza de Joaquim Levy o governo expeliu outra criação de sua índole: os juros da Caixa Econômica Federal vão aumentar. A Caixa tem muitas linhas de financiamento, mas só uma terá os juros elevados. A de financiamento da casa própria, aquela via salvadora dos que só alcançam a sonhada casa própria com os juros da Caixa, porque essa casa é paga só com trabalho.

O novo governo Dilma, ou o governo da nova Dilma, conhece seus objetivos. Joaquim Levy é claro: "A gente não tem nenhum objetivo de fazer saco de maldades". Se há corte de despesas, por exemplo, R$ 7 bilhões da educação, nada de gastar com sacos.

Fonte: Folha de S. Paulo – ColunistasQuinta-feira, 15 de janeiro de 2015 – 02h00 – Internet: clique aqui.

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