«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 25 de janeiro de 2015

TRÊS NOTÍCIAS QUE CONFIRMAM O CENÁRIO ECONÔMICO NO BRASIL!

Criação de empregos formais no Brasil em 2014 foi a menor em 12 anos

Bernardo Caram
Manoel Dias - Ministro do Trabalho e Emprego
A criação de empregos com carteira assinada teve em 2014 o pior resultado da série histórica iniciada em 2002, informou ontem o Ministério do Trabalho e Emprego. No ano, foram gerados 397 mil novos postos de trabalho, desempenho 64,5% inferior ao de 2013, quando o saldo atingiu 1,1 milhão de vagas.

O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem em Florianópolis, frustrou a previsão de se criar 1,5 milhão de vagas feita pelo ministro Manoel Dias no início do ano passado.
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Em dezembro, o mercado de trabalho registrou encolhimento de 555 mil vagas. Foi o pior resultado para o mês desde 2008, quando estourou a crise financeira global. No mês passado, houve 1,176 milhão de admissões e 1,732 milhão de cortes.

Na avaliação do economista da Fundação Seade, Alexandre Loloian, coordenador da pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), o saldo do ano é muito baixo para um governo que previa resultados mais robustos. O desempenho do mercado de trabalho, segundo ele, ficou "muito aquém" do esperado, principalmente no fim do ano, a partir de outubro e novembro.

Em abril do ano passado, Manoel Dias afirmou que o governo Dilma Rousseff chegaria a um total de 6 milhões de empregos criados em quatro anos - o que também não virou realidade. Dilma fechou o primeiro mandato com saldo de 5,3 milhões de vagas. "Cinco milhões foi espetacular. O mundo está em crise", emendou o ministro.

O economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal, avalia que o resultado do Caged mostra uma tendência de estagnação com viés negativo. "A situação tende a piorar ao longo de 2015, pois todas as notícias que temos são mais no sentido de eliminação de postos do que de contratações."
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Tendência

Na avaliação por setores, a indústria de transformação teve o pior desempenho em dezembro, com o fechamento de 172 mil postos de trabalho, seguido pela construção civil, com menos 132 mil vagas, e pelo setor de serviços, que reduziu 149 mil postos.

A agricultura, frequentemente tratada pelo ministro Manoel Dias como exemplo de dinamismo por seguir batendo recordes de produção, teve queda de 64 mil vagas em dezembro. O dado foi justificado por Dias como "sazonal". No ano, o setor fechou 370 vagas.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia & Negócios – Sábado, 24 de janeiro de 2015 – Pg. B1 – Internet: clique aqui.

Contas externas do Brasil têm o maior rombo desde 1947

AGÊNCIA ESTADO

Déficit registrado em 2014, de US$ 90,95 bi, foi puxado pela balança comercial e não foi coberto pelo Investimento Estrangeiro Direto
Porto do Rio de Janeiro
O resultado das transações correntes* fechou o ano passado com déficit de US$ 90,948 bilhões, conforme divulgou nesta sexta-feira o Banco Central [BC]. O rombo superou a projeção da instituição, de um resultado negativo de US$ 86,2 bilhões. Além disso, foi pior do que as estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, da Agência Estado, que iam de um saldo negativo de US$ 88,100 bilhões a US$ 90,900 bilhões, com mediana de US$ 89,5 bilhões.

Esse resultado de 2014 é recorde para a série histórica do BC, iniciada em 1947. Até então, o maior volume havia sido registrado em 2013, de US$ 81,347 bilhões. Vale destacar que esse resultado deficitário foi 50% maior do que o verificado em 2012, de US$ 54,246 bilhões, que até então era o pior desde 1947.

O déficit em conta corrente do ano passado ficou em 4,17% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda de acordo com os dados do BC, o pior para um ano fechado desde 2001 (4,19%). O maior porcentual da série histórica do BC foi observado em 1974, de 6,8%.

Já os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 62,495 bilhões em todo o ano de 2014 e ficaram abaixo da estimativa do BC, de receber US$ 63 bilhões. O saldo anual só supera o de 2010 (US$ 48,506 bilhões), já que ficou inferior aos dos três anos anteriores: US$ 66,7 bilhões em 2011, US$ 65,3 bilhões em 2012 e US$ 64,045 bilhões em 2013.

Apontada como principal vilã das contas correntes em 2014, a balança comercial registrou um déficit de US$ 3,930 bilhões, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 48,667 bilhões. A conta de renda também ficou no vermelho, em US$ 40,2 bilhões.

Viagens

Mesmo com a aceleração da cotação do dólar no segundo semestre do ano passado, a conta de viagens internacionais registrou um déficit de US$ 1,6 bilhão em dezembro de 2014 e um saldo negativo de US$ 18,695 bilhões no acumulado do ano. O resultado apurado em 2014 é um novo recorde, já que a maior marca havia sido registrada em 2013, de US$ 18,632 bilhões.

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Lucros e dividendos

Já o saldo de remessas de lucros e dividendos no ano passado ficou negativo em US$ 26,523 bilhões - maior do que os US$ 26,045 bilhões de 2013. Como já havia indicado o resultado do fluxo cambial, no último mês de 2014, esse saldo ficou no vermelho em US$ 4,094 bilhões, um saldo negativo menor do que os US$ 4,829 bilhões, também negativos, registrados em dezembro de 2013.
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* Balanço de pagamentos se divide em três contas: Transações Correntes, Conta Capital e Financeira e Erros e Omissões.
1. Transações Correntes
Registra o saldo das transações comerciais, de bens e serviços, e de transferências (doações).
1.1. Balança comercial
Saldo das exportações menos as importações.
1.2. Balança de serviços e rendas
1.2.1. Balança de serviços
Contabiliza o ingresso e saída de dinheiro em serviços como seguros, viagens internacionais, royalties, licenças e frete de transporte.
1.2.2. Balança de rendas
Pagamentos de salários a empregos não residentes que prestam serviço no Brasil ou a brasileiros que prestam serviço no exterior. Compreende também a renda enviada de estrangeiros e recebida de brasileiros no resto do mundo. Lucros reinvestidos no Brasil também entram nessa conta.
1.3. Transações Unilaterais
Transferência de recursos sem envolver uma troca por serviços ou bens. São doações de recursos feitas entre países. (Fonte: clique aqui).
 
Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Economia & Negócios – 23 de janeiro de 2015 – 10h32 – Internet: clique aqui.

IPCA-15 de janeiro é o mais alto em quatro anos

Daniela Amorim

Prévia da inflação oficial registrou avanço de 0,89% no mês; índice foi pressionado pelos alimentos e por aumentos da energia elétrica e dos transportes
Alimentos em alta de preços
A prévia da inflação oficial mostrou aceleração logo no início do ano, conforme esperado por analistas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) ficou em 0,89% em janeiro, a maior taxa desde fevereiro de 2011, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o IPCA-15 tinha ficado em 0,79%.

A elevação dos gastos das famílias com alimentação foi responsável por 40% da inflação no mês. Houve pressão, principalmente, das carnes, batata-inglesa e feijão. Mas pesaram também os aumentos na energia elétrica e no ônibus urbano. O índice só não foi mais alto porque as passagens aéreas deram trégua, com redução de 4,21%, após o salto de 42,42% no mês anterior.

"Realmente aconteceu o que prevíamos em janeiro, que era uma pressão de alimentos, energia e transportes", comentou o economista Thiago Biscuola, da RC Consultores.

Espalhados

Embora a magnitude da inflação não tenha surpreendido, os aumentos de preços foram mais disseminados do que o previsto, atentou o professor Luiz Roberto Cunha, decano da PUC-Rio. A taxa de difusão, que mostra o porcentual de itens pesquisados com aumento de preços, subiu de 64,4% no IPCA-15 de dezembro para 69,9% em janeiro, de acordo com os cálculos da Rosenberg Consultores Associados.

"Os serviços como um todo vieram muito altos, o que preocupa, até porque o item passagens aéreas, que geralmente impulsiona a inflação de serviços, dessa vez veio com queda na tarifa. Então não foi só um aumento específico dos preços administrados que pressionou o IPCA-15", ressaltou Cunha.

O professor da PUC diz que o momento atual de inflação alta no País, aliada a uma atividade econômica fraca, resulta num cenário ruim que dificulta as previsões para 2015. Cunha espera que o IPCA fechado do mês de janeiro fique entre 1,2% e 1,3%, e que a taxa acumulada em 12 meses rode acima de 7% ao longo do primeiro quadrimestre.

"As bandeiras tarifárias (que repassam à conta de energia o custo mais alto do acionamento das usinas térmicas) ainda não apareceram no IPCA-15 com muita intensidade. A Petrobrás ainda vai repassar o aumento do imposto sobre os combustíveis. Então há uma série de pressões de preços administrados a serem corrigidos", lembrou Cunha.

Alimentos

A corretora Concórdia acredita que a inflação deve se manter pressionada também pelo encarecimento dos alimentos, como resultado da entressafra e da Estiagem que afeta regiões produtoras.

"A tendência é que os preços dos alimentos no atacado e no varejo continuem pressionados entre janeiro e fevereiro, mantendo os indicadores de preço em patamar elevado", avaliou Flávio Combat, economista-chefe da Concórdia.

A alta no custo de vida das famílias em janeiro fez o IPCA-15 acumulado nos últimos 12 meses estourar novamente o teto de tolerância do governo, de 6,5%. A taxa passou de 6,46% no fechamento de 2014 para 6,69% neste mês, o maior resultado desde novembro de 2011.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia & Negócios – Sábado, 24 de janeiro de 2015 – Pg. B5 – Internet: clique aqui.

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