«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A NOSSA APOSENTADORIA EM RISCO!!!

A Previdência ameaçada

Editorial

Uma "sangria desatada não contida" foi como o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz descreveu a previdência brasileira ao comentar o relatório de fiscalização do sistema previdenciário aprovado pela Corte de contas no fim do ano passado. A auditoria, segundo Cedraz - hoje presidente do TCU -, deixou claro que o sistema pode quebrar "se não forem tomadas medidas em tempo hábil".
Aroldo Cedraz (a esquerda) enquanto tomava posse da Presidência do TCU
Tomando como base dados de 2013, o relatório mostrou que o déficit do regime previdenciário dos servidores públicos da União - que atendia cerca de 670 mil servidores civis e 270 mil militares aposentados - foi maior do que o dos cerca de 24 milhões de aposentados da iniciativa privada. Naquele ano os gastos do governo com previdência superaram as despesas com saúde, educação e assistência social somadas. A situação não se modificou.

O déficit dos dois regimes - o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), de responsabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), que atende os servidores públicos - foi de R$ 112,5 bilhões em 2013 e alcançou R$ 123,4 bilhões em 2014. É dinheiro que deixou de ser aplicado em obras e serviços públicos. O rombo dos dois regimes é mais do dobro do que o governo investiu no seu plano mais alardeado, o Programa de Aceleração do Crescimento, no qual foram aplicados R$ 57,7 bilhões no ano passado.

O número de segurados do INSS subiu para 26 milhões no ano passado, enquanto o déficit alcançou R$ 57 bilhões, com aumento de 14% em relação ao rombo de 2013, que foi de R$ 49,9 bilhões. Já o número de aposentados e pensionistas da União manteve-se em torno de 1 milhão de pessoas, mas o déficit do regime próprio dos servidores alcançou R$ 66,7 bilhões, 6,4% mais do que o de 2013, de R$ 62,7 bilhões.

Embora tenha crescido menos, o déficit da previdência do setor público continua muito maior do que o dos trabalhadores da iniciativa privada. A disparidade entre os sistemas fica mais evidente quando se compara o déficit por beneficiário de cada um. No INSS, o déficit por beneficiário ficou em cerca de R$ 2,2 mil, enquanto o rombo do regime do funcionalismo federal superou R$ 60 mil por beneficiário no ano passado.

Aprovada rapidamente pelo Congresso em 2003 com o objetivo de reduzir essa disparidade histórica, a emenda constitucional que institui a previdência complementar no setor público demorou para ser colocada em prática. Na esfera federal, a criação do regime complementar foi proposta em 2007, mas somente em fevereiro de 2013 começou a operar a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) destinada aos servidores do Poder Executivo.

Pelo novo regime, os funcionários que ingressaram no serviço público depois de 31 de janeiro de 2013, bem como os servidores antigos que aderirem à Funpresp, terão aposentadoria limitada ao teto em vigor para os segurados do INSS e a complementação será proporcional aos rendimentos dos recursos que aplicarem no fundo.

Os efeitos da mudança só começarão a surgir nas contas do regime próprio de aposentadoria dos funcionários públicos dentro de alguns anos, quando a Funpresp começar a pagar os benefícios, reduzindo assim os encargos do Tesouro. Até lá, o déficit do sistema previdenciário do setor público continuará a crescer. Para este ano, por exemplo, prevê-se um rombo de R$ 75,4 bilhões. Já o de 2016 dependerá do reajuste que o governo Dilma conceder aos servidores federais, cujos vencimentos não têm acompanhado a inflação nos últimos anos.

O déficit do regime geral, de responsabilidade do INSS, será impulsionado neste ano pela piora do mercado de trabalho, que deverá reduzir a arrecadação. Esse problema conjuntural se somará a outro que há algum tempo preocupa os especialistas em previdência: o aumento da idade média da população, que faz o número de beneficiários crescer mais depressa que o de contribuintes do sistema.

São restrições que fortalecem o alerta do TCU.

Fonte: O Estado S. Paulo – Notas e Informações – Sábado, 21 de fevereiro de 2015 – Pg. A3 – Internet: clique aqui.

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