«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

EMERGÊNCIA INDÚSTRIA BRASILEIRA!

Perto do desastre

Celso Ming

Já se sabia que tinha sido ruim. Foi pior.
Se não foi um desastre, o desempenho da indústria em 2014 ficou muito perto disso

Em dezembro, a produção do setor caiu 2,8% em relação à de novembro, que já tinha sido de queda. Em todo o ano, recuou 3,2%. (Veja o gráfico abaixo.) O resultado deve derrubar ainda mais o PIB [Produto Interno Bruto] do quarto trimestre de 2014, a ser divulgado dia 27 de março.

Este ano de 2015 começa com embalo negativo (carry over) de 4,1%, num quadro de muita força contrária, como adiante se verá. As projeções do mercado para a produção industrial, tal como levantadas semanalmente pelo Banco Central por meio da Pesquisa Focus, parecem otimistas demais: avanço, neste ano, de 0,5%.

Esse desempenho lamentável é consequência do desastre maior, que foi a política econômica (e industrial) do governo anterior.

·        Não serviu para muita coisa a tal desoneração tributária que, só em 2014, levou mais de R$ 100 bilhões do Tesouro.
·        Não adiantaram os quase R$ 400 bilhões em créditos a juros favorecidos do BNDES para os amigos e futuros campeões.
·        Não adiantou a política de reserva de mercado, a título de obrigatoriedade de conteúdo nacional, aos fornecedores da Petrobrás.
·        Também não ajudaram as reduções tributárias na venda de veículos, de aparelhos domésticos e de materiais de construção.

Por trás de tudo está o que a presidente Dilma já vem reclamando: a baixa competitividade do setor. Falta reconhecer que essa situação é consequência da política experimentalista equivocada adotada nos anos anteriores, a mesma que criou demanda interna sem contrapartida no aumento da oferta. Essa demanda interna foi entregue de mão beijada para a indústria do exterior, que supriu o mercado interno por incapacidade competitiva da indústria nacional.

O principal equívoco do primeiro período Dilma foi achar que poderia resgatar a indústria com uma política à base de puxadinhos, sem cuidar, primeiro, dos fundamentos da economia. É a principal razão pela qual também não adianta criar programas de reequipamento e modernização industrial, como pleiteia a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), sem antes afastar as incertezas que estão aí. As contas públicas estão em frangalhos e o risco de que os títulos do Brasil sejam rebaixados ao grau especulativo continua alto.

Como o empresário vai investir se não sabe se vai ter energia elétrica e água tratada para tocar seu negócio? O investimento em serviços públicos também corre risco na medida em que a Operação Lava Jato poderá manter alijadas do mercado as principais empreiteiras do País. Se o governo não sabe como tratar os rombos da Petrobrás, como evitará o desmonte de milhares de fornecedores?

Afora isso, é inevitável que o ajuste das contas públicas provoque certa retração da demanda. E as próprias condições do crédito já não favorecem a expansão do consumo. Ainda ontem, o banqueiro Roberto Setubal (Grupo Itaú) avisou que o estatuto da reserva de domínio já não é garantia suficiente para financiamentos destinados à compra de veículos, dada a forte queda de preços do produto, mesmo com pouco tempo de uso.

Dias mais difíceis virão.

CONFIRA:

O desempenho do setor industrial de bens de capital (máquinas e equipamentos) é ainda mais preocupante do que o do resto da indústria porque reflete a baixa disposição de investir.

Mola

No fundo do poço tem mola, como dizem por aí. Foi o que aconteceu nesta terça-feira com as cotações das ações da Petrobrás. Alta de 15,47% das preferenciais e de 14,24% das ordinárias. O esticão aconteceu apesar do rebaixamento dos títulos pela Fitch, agência de classificação de risco. Reflete a expectativa de que o governo vai trocar a diretoria da empresa.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia – Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015 – Pg. B2 – Internet: clique aqui.

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