«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 28 de julho de 2015

''É cedo para falar de vida no novo planeta Kepler 452b''

Gabriella Ceraso
Rádio Vaticana
24-07-2015 

Ele se chama "Kepler 452b" e é a outra "Terra possível" que a Nasa identificou na constelação de Cygnus, a 1.400 anos-luz de nós. Um planeta "gêmeo" em tamanho, movimento e características naturais, embora muito distante para ser observado com precisão. No entanto, a imaginação e o entusiasmo, que desde sempre levam o ser humano em busca de vida nas galáxias distantes, já se acenderam.

O novo planeta "Kepler 452 b" parece justamente uma Terra 2.0: tem um diâmetro semelhante – 60% maior – e gira em torno de uma estrela semelhante ao Sol, mas mais velha, com um período de revolução de 385 dias, pouco mais do que o nosso ano, mas, acima de tudo, ele faz isso em uma distância idêntica. E é isso que faz com que os astrônomos exultem.

Conversamos a respeito com o padre José Gabriel Funes, diretor do Observatório do Vaticano: "A novidade dessa descoberta é que estamos diante de um planeta semelhante à Terra, mas um pouco maior, como as que se chamam de 'super-Terras'. Ele gira em torno de uma estrela muito semelhante ao nosso Sol e se encontra naquela que se chama de 'zona de habitabilidade', que poderia ser hospitaleira à vida".

Eis a entrevista.
Pe. José Gabriel Funes - jesuíta e astrônomo, diretor do Observatório Vaticano

Mas também poderia nos dar algumas intuições a mais para entender o que aconteceu originalmente no planeta Terra?

Pe. José G. Funes: Ainda estamos muito longe disso. Primeiro, devemos determinar se se trata de um planeta terrestre, depois, se é da mesma composição e densidade da nossa Terra. Além disso – talvez em 10 anos –, seremos capazes de observar a atmosfera desses planetas e ver se há elementos que nos digam que realmente haja uma possibilidade de vida, como o oxigênio, o hidrogênio, o carbono. Mas o importante é continuar com esses esforços da pesquisa, porque nos ajudam e nos colocam diante de uma perspectiva do ser humano mais ampla do que a de todos os dias. Nesse sentido, eu acho que é uma coisa importante.

Ciência e fé, nesse tipo de pesquisa, estão em harmonia?

Pe. José G. Funes: Não há uma diferença. Os resultados científicos são aqueles que a comunidade científica aceita como válidos. Não há uma "ciência católica" e uma "ciência não católica", há a ciência, que certamente tem um modo de se aproximar da realidade diferente daquele que a religião ou a fé nos dão, mas são duas coisas complementares. Isso certamente! E também podem se ajudar reciprocamente. Eu penso que estamos nesse caminho... Eu diria que a teologia poderá dizer algo sobre esse assunto apenas quando encontrarmos algum resultado científico... É preciso esperar e ter paciência. Enquanto isso, estudamos e continuamos com as nossas pesquisas.

Então, talvez, seja a humildade o que essa descoberta mais nos ensina?

Pe. José G. Funes: Sim, e que há muito caminho a se percorrer, que façamos progressos, e esses progressos sejam realizados graças ao trabalho de muitas pessoas. Isso também demonstra a importância, a meu ver, da ciência e é uma coisa muito bonita, que pode inspirar os jovens.

Traduzido do italiano por Moisés Sbardelotto. Para acessar a versão original, clique aqui.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Segunda-feira, 27 de julho de 2015 – Internet: clique aqui.

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