«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Histórias de amor e fé dos mais simples na visita de Papa Francisco

Uma menina paraguaia pede para o Papa ser seu pai

Equipe de Reportagem

Em uma carta, Kiara explica ao Papa que seus pais estão na prisão por causa das drogas. A menor de nove anos poderá cumprimentar o Pontífice durante a sua visita ao Banhado Norte, uma região pobre de Assunção. 
Em Banhado Sul, na região do rio Paraguai, a população pobre vive em barracos feitos
de chapas de zinco, compensados e papelão.
Quando o rio sobe, as casas todas ficam alagadas, bem como, as ruas.

"Eu gostaria que você fosse o meu pai para sempre, porque o meu pai e minha mãe estão na prisão, te amo...” [veja a foto abaixo]. Este é o pedido ao Papa Francisco de Kiara, uma menina de 9 anos que mora no Banhado Sul, região situada às margens do rio Paraguai, e que está muito perto do aterro de lixo Cateura de Assunção.
Trecho da carta escrita à mão, onde Kiara pede que o Papa seja o seu pai...

Em uma carta comovente, escrita à mão, a menor reconhece que gostaria de sentir-se amada, ter uma mãe, um pai, um lar. A iniciativa de escrever para o Santo Padre surgiu do coordenador logístico da visita papal no Banhado Norte, Luis Fretes, que teve a ideia de que todas as crianças do Banhado Sul escrevessem as suas próprias cartas, que ele próprio se encarregaria de entregar ao Pontífice, já que Francisco não visitará esta região da ribeira.

No total, 2.300 crianças escreveram as suas cartas, e, entre todas, destacou a de Kiara. “Somente escrevi o que me falava o coração, já que não tenho nem mãe, moro com os meus avós e se chego a ver e falar, com o Papa, pedirei também que tire a minha mãe da prisão”, explicou a menina que está na escola San Blas de Fe e Alegria.

Sua mãe está na prisão há dois anos por causa do microtráfico, assim como seu padrasto, que a criou desde que ela tinha três anos. Do seu pai biológico se sabe pouco, já que emigrou há muito tempo, disse à imprensa local a família da menor.

Centenas de crianças dos Banhados não só moram no meio da miséria e das inundações, mas também são vítimas da venda e consumo de droga, especialmente o crack.

As pessoas moram em barracos de compensado e chapas de zinco, e cada vez que as chuvas torrenciais provocam o transbordamento do rio Paraguai, as ruas de terra tornam-se atoleiros intransitáveis.
Em Cateura, próximo a Banhado Sul, muitas pessoas vivem próximas ao lixão a céu aberto
e vivem deste material aí coletado!

O Banhado Norte é uma das áreas de extrema pobreza que o papa visitará durante sua passagem pelo Paraguai. Naquele dia Kiara será apresentada a Francisco acompanhada por seu diretor, Germán Acevedo.

Enquanto isso, Magdalena Ramos espera chamar a atenção do Papa quando visite a pequena capela de paredes nuas no Banhado Norte, para que ajude o seu filho, cujos problemas neurológicos congênitos o colocaram na cama. “Gostaria que o Papa o visse e pedisse uma doação de cadeira de rodas e tratamento médico”, disse a mulher de 51 anos, que está desempregada.

Fonte: ZENIT.ORG – Roma, 6 de julho de 2015 – Internet: clique aqui.

“Menina” escapa de temporal e vê Papa Francisco

Rodrigo Cavalheiro
Enviado Especial

Chuva castigou quem dormiu na rua por missa 
Criança segura panfleto com a foto de Papa Francisco,
enquanto participa da Missa no Parque Bicentenário, em Quito, Equador.
A família Ortiz amanheceu ontem encharcada, assim como todos os fiéis que resolveram dormir no Parque Bicentenário, tivessem ou não barraca. "Pelo teto até que não entrava água, mas por baixo ficou inundado. Às 5 horas caiu até granizo", relatou sem perder o bom humor a dona de casa Cecilia Ortiz.

Ela chegou ao parque na noite de segunda-feira, depois de caminhar três horas. Não estava só. Levava as cinco filhas e "Menina" [uma cachorra], de 3 meses, que entrou escondida em uma mochila.

Mascotes estavam proibidos de ver o papa. "Ela se molhou com a gente e agora está sofrendo com o sol", explicava Elizabeth, uma das filhas de Cecilia, agarrada à vira-lata.

Depois de cinco horas de chuva forte da madrugada, sob 10º C, o sol reapareceu na hora da missa e os guarda-chuvas viraram sombrinhas. Cecília estava feliz com o discurso do pontífice. "Quando disse a palavra ditadura, todos aqui aplaudiram", afirmou, referindo-se aos vizinhos de barraca. "Falou dos ricos e do autoritarismo. Tem a ver com o que estamos vivendo", resumiu.

Petrona Soto, de 64 anos, relativizou críticas ao governo. "Ele fez coisas boas, aumentou o salário dos trabalhadores, mas também ruins. Perdi a bolsa que me davam. Disseram que como já tinha aposentadoria (US$ 175) não precisava". Aposentada por invalidez, ela tem próteses nos dois joelhos e problema de coluna. Com uma bengala na mão direita, mancava ao levar às costas, envolta em um lençol, a neta de 1 ano, Belén.
Muitos fiéis acamparam da segunda para a terça-feira a fim de participar
da Missa com o Papa Francisco no Parque Bicentenário em Quito, Equador.
Choveu muito à noite e a temperatura era fria!

A variação do clima foi encarada por Petrona como uma provação. O Parque Bicentenário é o antigo aeroporto de Quito, no centro, adaptado como área de lazer. O papa oficiou a missa em um palco armado na frente dos prédios de embarque e desembarque e sua mensagem chegava aos fiéis na pista de pouso. O mesmo concreto que à noite induziu a água sob as barracas, ao meio-dia, com 17º C, teve o efeito de uma chapa que secou os fiéis, até fazê-los suar.

Carlos Rengel chamava atenção de camisa de manga comprida e gravata. "Sou contador e vim direto do trabalho ontem (segunda-feira) de tarde", justificou-se, como se a profissão exigisse a roupa sob qualquer circunstância. Ele carregava a barraca molhada em que dormiu com a mãe.

Espremido pela multidão que saía vagarosamente após Francisco encerrar o ato com seu clássico "rezem por mim", o pedreiro Cesar Peralta, que também chegou na noite anterior, protegia com a mão esquerda a mulher grávida de seis meses. Com a direita, agarrava o binóculo usado para ver o papa. "Deve se chamar Francisco", disse, referindo-se ao bebê.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Internacional – Quarta-feira, 8 de julho de 2015 – Pg. A9 – Internet: clique aqui.

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