«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Por que é difícil o Brasil dar certo?

Elites negam-se a dar sua contribuição para
resolver a crise econômica e social

Redação

Economista Marcio Pochmann* afirma que frente ao esgotamento das políticas anticíclicas país precisa pensar em reformas estruturais, mas que essas esbarram nos ricos e no Congresso dominado pelo capital
Marcio Pochmann - economista e cientista político

As elites brasileiras não aceitam fazer sua contribuição para resolver a situação de crise do país, criticou hoje (29 de julho) o economista, professor e escritor Marcio Pochmann em entrevista à Rádio Brasil Atual. “Os que mandam no país não aceitam pagar mais impostos”, afirmou, destacando que o esgotamento de políticas anticíclicas, como as desonerações da indústria para motivar o consumo, exige que o país adote reformas mais profundas para continuar combatendo a pobreza.

“A economia mundial continua extremamente frágil e o Brasil foi resistindo por mais tempo possível nessa tentativa das políticas anticíclicas. Só que isso acabou levando a uma incapacidade de o país continuar nesse rumo sem que fizesse reformas mais profundas, como é o caso de angariar recursos para o Estado através de uma reforma tributária que onerasse mais os ricos, os poderosos. E isso se tornou difícil e um problema político porque os que mandam no país não aceitam pagar mais impostos”, afirmou.

Pochmann também disse que o país vive “uma luta política em que o Estado tenta se reorganizar, mas há de certa maneira um bloqueio que vem dos ricos, que não aceitam fazer sua contribuição, e isso acaba sendo feito pelos mais pobres e pela parte produtiva e não financeira”, disse. Ele destacou que o setor financeiro hoje opera com taxas de juros extremamente elevadas, com ganhos "extraordinários". "Esse é o problema político do Brasil, é como enfrentar aqueles que se protegem e que mandam no país, em um momento difícil em que a política tem ajudado muito pouco nesse enfrentamento."

Com seu perfil conservador e dominado pelos ditames do capital, o Congresso Nacional também pouco tem feito pouco para que o problema possa ser enfrentado. “O sofrimento da Nação hoje, principalmente os mais pobres, deve-se à ausência de uma maioria política que possa enxergar no país um outro caminho. Vamos lembrar, por exemplo, que o Brasil é um país em que 86% de sua população vivem nas cidades. Os problemas do país são urbanos, é o transporte, saúde, educação, no entanto, entre os eleitos em 2014, a maior bancada parlamentar é formada por ruralistas. Quer dizer, os que estão no Congresso representam interesses do campo e não das cidades. E os interesses das cidades não reverberam ou se transformam em iniciativas que possam ter encaminhamento pelo Legislativo”.

Ouça a íntegra da entrevista de Pochmann para a Rádio Brasil Atual, clicando aqui.

* Marcio Pochmann, gaúcho de Venâncio Aires, formou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1984. Entre 1985 e 1988 concluiu sua pós-graduação em Ciências Políticas e foi supervisor do Escritório Regional do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Distrito Federal, além de docente na Universidade Católica de Brasília. Em 1989, mudou-se para o Estado de São Paulo, onde iniciou seu doutorado – concluído em 1993 – em Ciência Econômica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tornando-se pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), do qual seria diretor-executivo anos mais tarde, assim como membro do corpo docente da Unicamp (Fonte: Wikipédia).

Fonte: Rede Brasil Atual – Economia – 29/07/2015 – 14h07 – Última modificação 29/07/2015 às 14H15 – Internet: clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.