«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

ENGANA-ME QUE EU GOSTO!

Loucuras, intolerância, incentivo à violência
e exploração da boa fé dos fiéis

Redação

“Tem gente que precisa tomar tiro!”.
Casado, falante e pai de dois filhos, pastor Lúcio Barreto Júnior
veste roupas de adolescente e se define como
“uma das referências atuais da juventude brasileira”.
Pastor Lucinho "cheira" a Bíblia imitando a maneira que os usuários de cocaína cheiram uma fileira da droga!

Lúcio Barreto Júnior, de 42 anos [na época da reportagem], é um homem bem falante. Casado e pai de dois filhos, uma menina de 13 e um menino de 10 anos de idade, veste roupas de adolescente e, em seu site, se define como “uma das referências atuais da juventude brasileira”.

Essa “referência” da juventude brasileira foi notícia, ao posar para foto com o nariz encostado em um exemplar da Bíblia, como se nela houvesse cocaína, e ele fosse um usuário de droga.

“Se não for radical, não toca o jovem”, explicou seu gesto esse homem já na meia idade. O pastor Lucinho talvez considere radicais suas manifestações no programa da Super Rede de Televisão, uma emissora gospel instalada em Minas Gerais.

Um jovem pergunta: “Um policial em serviço é obrigado a matar alguém para se defender, isso é pecado?”.

Lucinho poderia responder sim ou não, mas prefere se alongar e, fugindo da pergunta, justifica a violência policial. Diz ele folheando a Bíblia, como se estivesse próximo de revelar a verdade incontestável. “Vamos ler a Bíblia, então, porque Lucinho é achômetro, mas a Bíblia é palavra final”, diz.

Em seguida, saca um versículo e o cita fora de contexto. “Não há autoridade que não venha de Deus”, fulmina. Ele continua a leitura até emitir um grunhido, como se tivesse marcado um gol ou disparado um tiro. “Êêêêêêêêêêiiiiiiiiiiiiiiiiiii”, vibra.

“Vou traduzir, vou traduzir!”, diz “a referência” da juventude brasileira.

“Pra-rá-tá-tá-tá-tá… pá!”.

“É, na cara do capeta!”.

Diz, segurando um objeto na mão, como se fosse revólver, apontado para sua audiência.
“Policial, cristão ou não cristão, tá no serviço, tá trabalhando, a Bíblia só te chama de agente de Deus, você é o emissário do Céu, você é Jesus ali protegendo a sociedade.”

O líder da juventude segue na sua pregação:
“Então, chegou o momento, tem que usar o revólver, não tem jeito, irmão, pega o revólver e, ó, não dá pouco tiro não, dá muito tiro, descarrega o tiro. Quando acabar de dar tiro, joga o revólver na cara, joga o que tiver. Se tiver uma arma do Rambo, sapeca tiro no povo.”
Pastor Lucinho empunhando a Bíblia como se fosse uma arma

Antes que alguém pergunte: “Por quê?”, ele responde:
“Porque tem gente que precisa tomar tiro. Precisa tomar tiro por quê? Porque eles estão querendo matar a sociedade.”

Em seguida, o pastor zomba daqueles que poderiam se opor a ele:
“A pessoa vem com o discurso todo bonito: ‘Não, pastor, isso não pode…’ Então espera o tiro do bandido vir no seu filho… Aí, eu quero ver você permanecer com esse discurso.”

O radical Lucinho volta à Bíblia:
“A autoridade está respaldada pela Bíblia e por Deus para sentar tiro na cara do povo que não quer viver de acordo com as nossas leis.”

Lucinho zomba outra vez daqueles que poderiam se opor a ele:
“Ô traficante, por favor, para, moço…”.
“Não é para moço, não”, grita. “É faca na caveira mesmo. E vamos arrepiar o cabelo do sovaco deste povo, porque temos filhos. E a gente tá pondo filho neste mundo é pra quê? Pro bandido vir… Não, senhor.”

Assista ao vídeo onde este pastor incita à violência policial, 
clique abaixo:



Por fim, ele faz a exortação política:
“Você, quando for votar, fica esperto porque você está pondo as pessoas que vão cuidar da gente, e nós temos que ter gente séria, em todos os poderes.”

No encerramento, ele faz um afago:
“E eu mando o meu beijo para a Polícia Militar, para a Polícia Civil e para todas as polícias. Federal, estadual, rodoviária. Beijo para vocês. Que Deus guarde vocês e abençoe vocês todos os dias.”

O programa do pastor Lucinho vai ao ar pela Rede Super de Televisão, emissora que pertenceu ao deputado Dalmir de Jesus, político que ostenta em sua biografia o título de marajá da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde recebia salário de R$ 50 mil.

Depois a emissora passou para o controle da Igreja Batista da Lagoinha, uma das denominações evangélicas que mais crescem no Estado, presidida pelo pastor Márcio Valadão, pai de dois astros da música gospel, Ana Paula Valadão e André Valadão, artistas sob contrato da Som Livre, a gravadora das Organizações Globo.

Márcio é um dos pastores que atenderam à convocação do pastor Silas Malafaia e foram a Brasília manifestar apoio ao deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, que quis votar o projeto de “cura gay”.

Fonte: Pragmatismo Político – Religião – 08/10/2013 – 15h23 – Internet: clique aqui.

Um “show” de como recolher ofertas de fiéis

Irmão Alex 
Ana Paula Valadão - cantora evangélica pertencente à Igreja Batista da Lagoinha (Belo Horizonte - MG)

Eu devo confessar que nesses breves trinta e dois anos de vida pastoral eu já tinha visto e ouvido um ou outro pregador ou pregadora levantar ofertas usando frases que todos estamos acostumados a ver e ouvir nessas ocasiões.

Mas devo dizer que a maneira como a Ana Paula Valadão se comportou no final de um congresso na Igreja Batista da Lagoinha [Belo Horizonte – MG] me deixou chocado ao ver a coragem e a hipocrisia dela em pedir dinheiro, para um dos projetos da igreja. Foi algo, realmente, profissional. Todos os elementos psicológicos e teológicos estão atrelados, de forma sólida, nesse pedido. Usando uma pesada maquiagem negra ao redor dos olhos nossa campeã não podia sequer ficar vermelha diante de tanta covardia. Não tenho dúvidas que o valor recuperado foi extraordinário.

Quando Ana Valadão diz que costuma, muitas vezes, dar tudo o que tem na bolsa e no banco foi o ápice de onde alguém pode chegar mentindo com a nítida intenção de enganar. Gostaria de ver seus extratos de três messes antes e de seis meses depois de uma dessas ocasiões para ter certeza.

Bem, o vídeo ao qual estamos nos referindo poderá ser visto clicando abaixo:



Preste bastante atenção e note como ela é, realmente, perfeita na manipulação, nos gestos, na voz chorosa e nas palavras usadas. Tudo muito bem ensaiado!

Fonte: O Grande Diálogo – Segunda-feira, 25 de novembro de 2013 – 03h29 – Internet: clique aqui.

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