«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O QUE PENSAR DAS MANIFESTAÇÕES DE ONTEM?

“Vão arrumar uma saída para esta crise,
mas outras vão aparecer”

Entrevista com José Murilo de Carvalho

Gabriel Manzano

Historiador vê Executivo paralisado por incompetência,
Congresso irresponsável, PT desmoralizado, oposição oportunista.
E, apesar dos protestos, “um cheiro de pizza”. 
JOSÉ MURILO DE CARVALHO
Historiador, sociólogo e membro das Academias Brasileira de Letras e de Ciências

Atento às vozes que ontem bradavam “Fora Dilma” e “Fora PT” e aplaudiam a Polícia Federal e o juiz Sérgio Moro em manifestações por todo o País, mas ciente dos recentes acertos entre governo, tribunais e o Senado para garantir no cargo a presidente Dilma Rousseff, o historiador José Murilo de Carvalho diz sentir um “cheiro de pizza indo ao forno”. Isso, porém, não muda o cenário da crise brasileira, afirma. “Vão arrumar uma saída para esta, mas outras crises vão aparecer”.

Do alto de seus 50 anos de janela – de idade, são 75 – ele recorre à ironia para comparar a crise de hoje com outras mais antigas e famosas. Em 1954, “tudo terminou em tragédia (o suicídio de Getúlio Vargas)”. Em 1964, só não foi pior por causa da “pequena disposição de luta do presidente (João Goulart)”. Em 1992, “tivemos uma opereta (a saída de Fernando Collor)”. Hoje, “temos um drama sem nenhuma grandeza”.

Por que sem grandeza? Porque “em tese, a melhor saída seria a renúncia da presidente e sua substituição pelo vice”. Mas ele não se ilude: “Nada sugere que ela possa ter a grandeza cívica de colocar o interesse nacional acima de sua vaidade”.

Imortal na Academia Brasileira de Letras, integrante da Academia Brasileira de Ciências, Zé Murilo, como o chamam os amigos, é titular de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ] e escreveu clássicos como Os Bestializados e Cidadania no Brasil. Neste balanço sobre o País, ele resume: “Se estivéssemos no parlamentarismo, já teríamos outro primeiro-ministro. Mas o que se vê é que estamos longe, ainda, de ser uma república democrática sustentável”.

Eis a entrevista.

Acha que as manifestações de ontem alteraram alguma coisa no cenário político?

José Murilo de Carvalho: Tudo indica que levaram menos gente às ruas, mas continuam sendo um fenômeno nacional – foram 25 Estados – e desta vez com foco mais definido: em Dilma, no PT e na corrupção. Não reforçaram, nem reduziram o movimento por impeachment. Com isso, as instituições – TCU, STF, Senado — e organizações empresariais – podem sentir-se encorajadas a levar a pizza ao forno. Mas o curso dos acontecimentos continua a depender das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal e do novo herói nacional, Sérgio Moro.

Que comparação o sr. faz entre essa crise e outras famosas da nossa História?

J.M.C.: Se caracterizarmos crise como coincidência de corrupção, estagnação econômica, chefe de Estado impopular e acuado politicamente, é possível sim, até onde alcança minha memória, lembrar as crises de 1954, 1964 e 1992. Em 1954, pela têmpera moral do presidente (Getúlio Vargas), tudo terminou em tragédia. Em 1964, poderia também ter terminado em tragédia pessoal e nacional, com guerra civil, não fosse pela pequena disposição de luta do presidente (João Goulart). Em 1992, tivemos uma opereta (com Fernando Collor). Hoje, por enquanto, temos um drama sem nenhuma grandeza, sem que se possa adivinhar o desenlace. A importante diferença entre as duas primeiras crises e as duas últimas é que nestas está ausente o pretorianismo [intervenção militar], cabendo às forças civis se responsabilizarem totalmente pelo resultado.

Que elementos se juntaram para chegar ao que temos hoje?

J.M.C.: Generalizando, pode-se dizer que a combinação de presidencialismo e voto proporcional, que facilita a multiplicação de partidos, em países de recente expansão do eleitorado e sem partidos consolidados, constitui receita segura para crises. O início da democratização do voto data de 1945 – e os partidos mais antigos, do governo militar. A expansão do eleitorado e a falta de barreiras ao aumento do número de partidos transformaram a criação dos últimos em bom negócio. Chegamos ao que se chamou de presidencialismo de coalizão, depois de cooptação, hoje mais adequadamente descrito como de mensalão, ou petrolão, todos instáveis. Daí me parecer que, passada a crise atual, virão outras. É maldição que afeta quase toda a América ibérica.

As instituições estão funcionando bem, os militares nos quartéis, a imprensa atua sem restrições. O que foi que não funcionou? É um sinal de que a democracia tem seus limites e só ir às urnas votar não basta?

J.M.C.: É verdade, e eu acrescentaria que também estão funcionando bem o Ministério Público, graças à independência que lhe deu a Constituição de 1988 e à nova geração de procuradores que se formou depois, o Judiciário, após a sacudidela que lhe deu Joaquim Barbosa, e a Polícia Federal, que parece estar deixando de ser pau mandado do ministro da Justiça. E mais ainda: a punição dos responsáveis pelo mensalão, acoplada aos resultados até agora exibidos pela Operação Lava Jato, representa pequena revolução em nossa tradição de impunidade dos poderosos. Mas o Legislativo e o Executivo, e junto os partidos políticos, estão longe de um funcionamento satisfatório. Temos um Executivo paralisado por incompetência e arrogância de sua chefe, um Congresso irresponsável, um partido do governo desmoralizado pelas denúncias de corrupção e uma oposição oportunista. Não é bom. Estamos ainda longe de uma república democrática sustentável.

Grandes manifestações do passado contra a ditadura, como a Passeata dos 100 Mil no Rio ou as Diretas Já, tinham um país inteiro unido contra o governo. Hoje não há ligação dos protestos com as instituições políticas. Como resolver isso?

J.M.C.: As manifestações de junho de 2013 foram sintoma da corrosão da legitimidade do sistema representativo. É uma ironia, se nos lembrarmos de que nunca houve tantos brasileiros votando como agora. Passados dois anos das manifestações de 2013, nada foi feito para responder ao que pediam as ruas – essa interlocução não avançou além da retórica. Os partidos mantiveram suas práticas, as eleições continuaram a ser financiadas por dinheiro suspeito, as campanhas se mantiveram sob o comando dos marqueteiros. O resultado da última eleição foi adequadamente considerado estelionato eleitoral, o que lhe tira a legitimidade, embora não a legalidade. A natureza fragmentada e antipolítica do movimento de 2013 também não ajudou. O problema da representatividade do sistema político continua a ser uma pedra no caminho.

Além da crise existencial que abalou o PT, temos hoje uma sociedade complexa, globalizada, com desafios para os quais a esquerda, de modo geral, não tem conseguido dar respostas – veja-se a Grécia e a Espanha. Quanto do enfraquecimento do PT é fruto de erros e abusos de seus líderes e quanto de uma crise de identidade das esquerdas?

J.M.C.: As esquerdas antigas, categoria em que se enquadra a nossa, sempre foram marcadas pelo estatismo [forte presença e atuação do Estado na economia e sociedade], pela alergia ao mercado e à iniciativa individual. Entre nós, ela acoplou ao estatismo a tradição clientelista e patrimonialista. São traços presentes no PT, em convivência com a preocupação tradicional das esquerdas com a promoção da igualdade social, mesmo com arranhões à liberdade. No governo Lula, o estatismo não pôs em risco conquistas importantes da política econômica e concentrou-se na promoção da política social, não sem, ao mesmo tempo, patrocinar práticas clientelistas e antirrepublicanas já devidamente punidas. Creio que a crise do PT tem mais a ver com atraso ideológico, falta de criatividade e mau diagnóstico da realidade brasileira – sem esquecer, naturalmente, os malfeitos – do que com o exemplo das esquerdas europeias que, pelo menos, estão tentando renovar-se. A esquerda do PT ainda apoia o bolivarianismo e o castrismo [regime de Cuba]. É patético. Lembra a frase do Millôr (Fernandes, jornalista carioca falecido): as ideologias, quando ficam velhinhas, vêm morar no Brasil.

Como outras vozes, o sr. acha que a melhor saída é a renúncia da presidente e sua substituição pelo vice. Por quê?

J.M.C.: Porque pouparia à nação os traumas de um eventual processo de impeachment e de uma eventual nova eleição – que, tão próxima da última, se faria em clima de guerra e dificultaria o governo do vencedor, adiando as medidas de recuperação da economia. Dos peemedebistas, pode-se dizer tudo, menos que não sabem fazer política. O vice, como já revelou em ato falho, poderia costurar um arranjo político que destravasse o governo, apaziguasse o Congresso, facilitasse a aprovação das medidas econômicas corretivas e arrastasse o país até 2018. O PSDB não precisaria enfrentar outra guerra eleitoral e, se vencedor, descascar o abacaxi plantado pelo governo Dilma. O PT se livraria do imbróglio criado por Dilma, poderia lamber as feridas em paz e se reinventar, como propôs o próprio Lula.

E continuaria em cena o presidencialismo de coalizão.

J.M.C.: Sim, o problema com esta solução é que o presidencialismo valoriza excessivamente a personalidade dos presidentes, como em 1954, 1961, 1964, 1992. Getúlio reagiu à crise matando-se, Jânio montou a farsa da renúncia, João Goulart fugiu, Collor tentou uma bravata ridícula. No parlamentarismo, já teríamos outro primeiro ministro. A recusa da atual presidente de admitir os erros elementares que cometeu, sua inapetência para o diálogo, sua fixação na imagem de guerrilheira, nada disso sugere que possa ter a grandeza cívica de colocar o interesse nacional acima de sua vaidade. Daí que, realisticamente, pode-se esperar uma saída de acomodação, de arreglo. O Tribunal de Contas da União já ensaia uma pedalada legal. O Senado já está pedalando. Só falta o Supremo Tribunal Federal entrar na dança. Em vez de drama ou tragédia, podemos ter outra opereta barata.

Como historiador experimentado, que já viu tantos altos e baixos, pensando no futuro o sr. está mais para esperançoso ou para desalentado?

J.M.C.: Guardo algumas lembranças desde a crise de 1954, depois revistas em parte pelo estudo. Não há como não reconhecer que o País mudou radicalmente nos últimos 70 anos. Mudou, sobretudo, devido à entrada do povo na política, pelo voto e pelas ruas. Mas a sensação principal que guardo, talvez muito influenciada pelo momento atual, é a de ter vivido um processo de ciclotimia nacional [períodos de excitação, euforia ou hiperatividade, que alternam com outros de depressão, tristeza ou inatividade], de idas e vindas, de avanços e recuos, de esperança e desalento. O País parece ter grande capacidade de se autossabotar. Parecemos incapazes de um esforço concentrado e persistente em torno de objetivos comuns que nos poderiam colocar entre os países capazes de combinar liberdade política e igualdade social. Lembro-me aqui de uma frase de Euclides da Cunha: “Estamos condenados à civilização: ou progredimos ou desaparecemos”. O risco é que não aconteça nenhuma das duas coisas.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Caderno 2 / Direto da Fonte – Sonia Racy – Segunda-feira, 17 de agosto de 2015 – Pg. C2 – Internet: clique aqui.

As manifestações de ontem...

Rudá Guedes Ricci
Manifestação na Avenida Paulista, em frente ao MASP
Domingo, 16 de agosto de 2015

Em março, a Folha de S. Paulo registrava 2 milhões de manifestantes nas ruas. A manchete de hoje dá conta de 750 mil nos atos de ontem. Não dá para enganar: nítido refluxo. Mas o pior foi Belo Horizonte: 6 mil [manifestantes] na terra do senador mineiro que veio à capital mineira só para ser empossado simbolicamente como Presidente da República na reserva. O fiasco foi comentado por todos jornalistas que faziam cobertura do evento.

O que teria acontecido?

Em primeiro lugar, uma incapacidade já percebida das oposições em realizar diagnósticos da conjuntura com velocidade e frieza. Parecem contaminados por uma lógica normativa, estática, em que o desejo parece se constituir num imperativo mágico.

Em segundo lugar, a guinada de vários órgãos da grande imprensa e do alto empresariado, no acordo selado com a cúpula nacional do PMDB. Este acordo teria envolvido a direção tucana paulista, tendo José Serra como mais próximo de Michel Temer e Alckmin estabelecendo roteiros para se alçar à campanha de 2018.

Finalmente, o despreparo político de Aécio Neves para liderar uma articulação nacional. Já havia sinais que não conseguiu liderar e unificar os tucanos e aliados em Minas Gerais, o que teria provocado a derrota eleitoral nos municípios, em 2008, e algo ainda mais profundo nas eleições do ano passado. O senador mineiro não parece talhado para assumir papel de articulador de forças políticas, muito menos para criar ações ofensivas nacionais. Oscila entre a omissão e o ímpeto momentâneo de ocupação de espaços na arena política, mas não parece guiado para acumular forças ou encadear eventos. Sua ação é pontual, efêmera e errática, alterando pautas e agendas e até mesmo deslocamentos que se perdem no tempo.

Enfim, as manifestações de ontem podem se constituir não num trunfo do governo federal, mas numa desorientação - e até motivação para luta interna - das forças oposicionistas. O PSDB é um símbolo oposicionista, mas não uma força real nesta direção.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Segunda-feira, 17 de agosto de 2015 – Internet: clique aqui.

O tempo e o vento das ruas

José Roberto de Toledo

Há pontas soltas demais para o governo achar que ganhou a batalha,
quanto mais a guerra
Boneco inflável representando o ex-presidente Lula vestido de presidiário
Manifestação em Brasília (DF), domingo, 16 de agosto de 2015

Os protestos de 16 de agosto foram do tamanho suficiente para a oposição comemorar e o governo parecer ignorar. Enquanto Aécio Neves saía da janela para a rua a defender o impeachment da presidente, Dilma Rousseff tuitava sobre os Jogos Parapan-Americanos. Universos paralelos apenas na aparência. Nos bastidores, fazem as mesmas contas, com sinais trocados. O governo ganhou tempo, que é tudo o que ele pode ganhar por ora.

Dilma perdeu sua agenda social e econômica. Só lhe resta o cargo. Tenta permanecer na cadeira para ver se a tempestade passa em tempo de ela recuperar parte do poder perdido. Logo, uma manifestação tão grande ou maior do que a de março seria um furacão. Foi mais um tornado. Mostrou o tamanho do antipetismo, com seu foco concentrado em Lula e na presidente. Mesmo forte, o vento foi insuficiente para tirar a sustentação presidencial.

Quanto mais demorar para o impeachment amadurecer, maior a chance de ele passar do ponto. Por uma razão principal: agentes econômicos têm lá suas preferências e simpatias, mas agem de acordo com o que é melhor para o negócio. Em todas as simulações, o pior cenário para a economia é uma crise política sem fim. O eventual apoio à saída de Dilma do poder só seria explícito se viabilizada logo. Rapidez é o nome do jogo.

Parte da oposição entendeu e foi trabalhar. Alguns propuseram a renúncia, porque é instantânea. Só não combinaram com Dilma, que foi à TV dar entrevista dizendo que fica. Outros que têm pressa, pois sua sobrevivência está por um fio, foram mais sofisticados. Prepararam um ataque-surpresa à Linha Maginot petista.

Denunciado por um dos delatores da Lava Jato, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usou todos seus recursos como presidente da Câmara para promover uma blitzkrieg, logo na volta do recesso. Em manobras rápidas e intensas, expôs a fragilidade da base de apoio de Dilma e alinhou suas forças para marchar na direção do impeachment. Mas cometeu o mesmo erro de Hitler: abriu mais frentes de batalha simultâneas do que podia enfrentar.

Enquanto fazia fogo de barragem para votar a rejeição das contas do governo Dilma e abrir espaço para a abertura do processo de impeachment, Cunha brigou com a Advocacia-Geral da União e com a Procuradoria-Geral da República ao mesmo tempo. A frente jurídica é sua Frente Russa. Perdeu no Supremo Tribunal Federal o direito de votar na Câmara as contas presidenciais. O colégio capaz de aprová-las ou rejeitá-las tornou-se o Congresso, em sessão conjunta de deputados e senadores. Aí quem manda é Renan Calheiros, o presidente do Senado – que, de aliado, virou rival.

O senador peemedebista dança conforme a música e faz alianças segundo as circunstâncias. Percebeu que a pauta-bomba de Cunha na Câmara inviabilizaria mais do que o ajuste fiscal do governo: afastaria o apoio do empresariado, principal fonte de financiamento em qualquer eleição. Renan costurou mal alinhavado acordo com o governo para votar uma pauta alternativa. E, assim, tornou-se o fiador da permanência de Dilma no cargo.

Há pontas soltas demais para o governo achar que ganhou a batalha, quanto mais a guerra. Em primeiro lugar, a parceria com Renan é tão firme quanto um prego na areia. O senador é alvo da Lava Jato e corre riscos jurídicos. Se achar que tem mais chance de sobreviver do outro lado, saltará de banda – de novo. Além disso, Cunha está baleado, mas continua vivo e ativo na Câmara.

A economia tem grande chance de piorar antes de começar a melhorar. O aumento do desemprego e a perda de poder de compra podem soprar os protestos contra o governo para além do antipetismo. Uma repetição de junho de 2013 – com manifestações diárias, social e geograficamente diversificadas – seria fatal.

Graças a Renan, ao Supremo Tribunal Federal e à dificuldade da oposição em replicar o 15 de março, o governo ganhou tempo. Só não se sabe para quê.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Política – Segunda-feira, 17 de agosto de 2015 – Pg. A6 – Internet: clique aqui.

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